PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Última homenagem a Nino Vieira paralisa e comove Bissau
Bissau- Guiné-Bissau (PANA) -- A cidade de Bissau, que acordou terça- feira quase sem vida em virtude da tolerância de ponto decretada pelas autoridades locais para as exéquias do Presidente João Bernardo "Nino" Vieira, foi "pequena" para acomodar a azáfama que acompanhou o cortejo fúnebre que fez jorrar lágrimas no interior das viaturas e fora delas.
O trajecto escolhido, desde o edifício da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento) até ao Cemitério Municipal de Bissau, acabou por ficar tão estreito de tão apinhado de gente, entre mulheres, homens, jovens e crianças, que não quiseram esperar para "ouvir dizer" mas testemunhar tudo sobre esta viagem do seu Presidente para a sua última morada.
Com efeito, e aparentemente para a surpresa das forças da ordem, centenas de populares "invadiram" as ruas do percurso fúnebre, uns estáticos e outros em movimento, para seguir a caravana de viaturas que, por várias vezes, viu a sua passagem bloqueada incluindo a própria ambulância que transportava os restos mortais.
Foram situações que chegaram a parecer meio embaraçosas que, nalgumas ocasiões, obrigaram os polícias e os militares em serviço a fazer uso da força para dispersar as multidões e liberar a passagem dos automóveis cujos ocupantes iam desde familiares e amigos do falecido, membros do Governo e do Corpo Diplomático a governantes estrangeiros, entre outros.
Mas, mesmo assim, os purinhos e outros meios violentos utilizados pelas forças da ordem em nada desencorajaram a determinação popular de ir até ao fim.
E, chegados ao cemitério, onde lhes foi vedada inicialmente a entrada, preferiram a "paciência do Chinês" até ao termo do enterro e ao consequente abandono do local pelas várias entidades presentes quando, em alvoroço, os "interditos" quase que arrombaram o portão de entrada até chegarem à campa.
Ultrapassada esta etapa, abriu-se um novo alvoroço já que todos queriam estar, ao mesmo tempo, o mais próximo possível do túmulo para conseguir pelo menos uma ou algumas fotografias desta estrutura com a ajuda das novas tecnologias que hoje transformaram o telefone móvel num autêntico dispositivo "all in one", com uma multiplicidade de funções.
Pelo caminho, não eram poucos aqueles que ficaram com os olhos todos vermelhos de tanto chorar e de tantas lágrimas, sobretudo entre as donas de casa e jovens raparigas que assistiam à passagem da caravana de pé, a partir dos muros dos seus quintais ou à beira da estrada.
"Mataram-no porquê, meu Deus? Por quê fizeram isso, ele mão merecia isso.
Ele era muito amado, era nosso pai ", eram alguns choros que se podia ouvir, combinando com rios de lágrimas visíveis nos olhos de várias faces nuas ou cobertas com lenços de bolso.
Uma dessas donas de casa em lágrimas que consentiu falar à PANA mas sem aceitar identificar-se desabafou que "este homem fez muito pela Guiné-Bissau e pelos Guineenses.
Todos nós, Guineenses, temos uma dívida moral muito grande com ele.
Mesmo admitindo que ele tenha também os seus pecados, é preciso saber que todos nós pecamos".
"Mas Deus é grande e os que fizeram isso com ele, hão-de, um dia, também pagar pelo que fizeram porque os pecados que este homem tenha cometido não chegam para merecer tamanho castigo para a família", disse a senhora que tinha ao seu lado um adolescente exibindo um cartaz com os dizeres "Vota no Nino", lembrando as fases campanha eleitoral.
Mas estes depoimentos contrastam com outros recolhidos de pessoas aparentemente críticas ao passado de Nino Vieira que consideram que "este homem pagou pelos crimes que cometeu", em alusão aos erros que lhe são apontados como a tortura ou eliminação dos seus adversários políticos.
O trajecto escolhido, desde o edifício da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento) até ao Cemitério Municipal de Bissau, acabou por ficar tão estreito de tão apinhado de gente, entre mulheres, homens, jovens e crianças, que não quiseram esperar para "ouvir dizer" mas testemunhar tudo sobre esta viagem do seu Presidente para a sua última morada.
Com efeito, e aparentemente para a surpresa das forças da ordem, centenas de populares "invadiram" as ruas do percurso fúnebre, uns estáticos e outros em movimento, para seguir a caravana de viaturas que, por várias vezes, viu a sua passagem bloqueada incluindo a própria ambulância que transportava os restos mortais.
Foram situações que chegaram a parecer meio embaraçosas que, nalgumas ocasiões, obrigaram os polícias e os militares em serviço a fazer uso da força para dispersar as multidões e liberar a passagem dos automóveis cujos ocupantes iam desde familiares e amigos do falecido, membros do Governo e do Corpo Diplomático a governantes estrangeiros, entre outros.
Mas, mesmo assim, os purinhos e outros meios violentos utilizados pelas forças da ordem em nada desencorajaram a determinação popular de ir até ao fim.
E, chegados ao cemitério, onde lhes foi vedada inicialmente a entrada, preferiram a "paciência do Chinês" até ao termo do enterro e ao consequente abandono do local pelas várias entidades presentes quando, em alvoroço, os "interditos" quase que arrombaram o portão de entrada até chegarem à campa.
Ultrapassada esta etapa, abriu-se um novo alvoroço já que todos queriam estar, ao mesmo tempo, o mais próximo possível do túmulo para conseguir pelo menos uma ou algumas fotografias desta estrutura com a ajuda das novas tecnologias que hoje transformaram o telefone móvel num autêntico dispositivo "all in one", com uma multiplicidade de funções.
Pelo caminho, não eram poucos aqueles que ficaram com os olhos todos vermelhos de tanto chorar e de tantas lágrimas, sobretudo entre as donas de casa e jovens raparigas que assistiam à passagem da caravana de pé, a partir dos muros dos seus quintais ou à beira da estrada.
"Mataram-no porquê, meu Deus? Por quê fizeram isso, ele mão merecia isso.
Ele era muito amado, era nosso pai ", eram alguns choros que se podia ouvir, combinando com rios de lágrimas visíveis nos olhos de várias faces nuas ou cobertas com lenços de bolso.
Uma dessas donas de casa em lágrimas que consentiu falar à PANA mas sem aceitar identificar-se desabafou que "este homem fez muito pela Guiné-Bissau e pelos Guineenses.
Todos nós, Guineenses, temos uma dívida moral muito grande com ele.
Mesmo admitindo que ele tenha também os seus pecados, é preciso saber que todos nós pecamos".
"Mas Deus é grande e os que fizeram isso com ele, hão-de, um dia, também pagar pelo que fizeram porque os pecados que este homem tenha cometido não chegam para merecer tamanho castigo para a família", disse a senhora que tinha ao seu lado um adolescente exibindo um cartaz com os dizeres "Vota no Nino", lembrando as fases campanha eleitoral.
Mas estes depoimentos contrastam com outros recolhidos de pessoas aparentemente críticas ao passado de Nino Vieira que consideram que "este homem pagou pelos crimes que cometeu", em alusão aos erros que lhe são apontados como a tortura ou eliminação dos seus adversários políticos.