PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África regista progressos contrastados para alcance dos ODM
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – A menos de cinco anos da data limite para os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), os progressos para a realização dos objetivos do desenvolvimento social são ainda lentos e contrastados em África, segundo o relatório económico sobre África de 2011 lançado terça-feira em Addis Abeba, Etiópia.
Sob o lema « Gerir o Desenvolvimento : O Papel do Estado », o relatório indica que, para além da retoma económica, houve um recuo na desnutrição em vários países africanos e progressos consideráveis no domínio da educação, com um salto nas taxas de matrículas no ensino primário dos 54 porcento em 1990 para os 76 porcento em 2008.
No plano da saúde, nota o documento, alguns países africanos obtiveram alguns progressos na realização dos ODM, sobretudo em relação à pandemia do HIV/Sida, tanto na redução da incidência do HIV como no tratamento antirretroviral (ARV).
Entre 2001 e 2009, a incidência do HIV diminuiu 25 porcento em 22 países subsarianos, onde 37 porcento dos adultos e crianças elegíveis ao tratamento antirretroviral beneficiaram desse tratamento até finais de 2009, indica o relatório.
Nas projeções para 2011, o documento nota que as perspetivas gerais são boas, prevendo-se que a África Ocidental se torne, pelo terceiro ano consecutivo, na região com o crescimento mais rápido do continente, seguida da África Oriental.
A taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da África Ocidental acelerou-se, nomeadamente no Gana, na Libéria e na Serra Leoa.
A Guiné e o Níger conseguiram sair das taxas de crescimento negativas do PIB observadas nos anos precedentes, enquanto a Nigéria, a maior economia da sub-região, registou um crescimento de 7,8 porcento contra sete por cento em 2009.
Porém, as penúrias de eletricidade e a incerteza política provocaram, na Côte d'Ivoire, uma redução do crescimento do PIB do país.
Por seu turno, o desempenho de crescimento impressionante de países da África Oriental como a Etiópia, o Rwanda, a Tanzânia e o Uganda continuou em 2010, ao passo que outros países como as ilhas Comores conheceram sérias dificuldades.
Na África Central, o crescimento da maior parte dos países foi inferior a cinco porcento em 2010, excetuando-se o Congo, que conheceu um desempenho de crescimento fenomenal graças à subida da produção de petróleo, e o Gabão, onde a economia cresceu fortemente sob o efeito do crescimento do investimento público e da intensificação das atividades mineiras.
Por seu turno, a África do Norte, conheceu uma nítida subida do crescimento do PIB através da Líbia, da Mauritânia, do Egito, do Sudão e da Tunísia, enquanto que, em Marrocos, o crescimento económico baixou devido essencialmente à má produção agrícola após a colheita excecional de 2008/2009.
Para a África Austral, a maior economia da subregião (África do Sul) apresentou um forte desempenho económico, ao passo que o Malawi, Moçambique e a Zâmbia registaram um crescimento total da atividade económica à semelhança do Botswana e da Namíbia e contrariamente à Swazilândia e a Angola que não realizaram um bom desempenho.
O relatório deplora que, até agora, a recuperação económica não se tenha traduzido na redução do desemprego, sendo os níveis de crescimento e de criação de empregos no continente extremamente dececionantes em 2010, devido à má qualidade da educação e à estrutura económica estreita dos países africanos.
Tendo em conta estes resultados, muitos países africanos devem consolidar a retoma nascente de maneira a impulsionar a transformação estrutural necessária das suas economias, evitando os desequilíbrios macroeconómicos insustentáveis, sublinha o relatório.
-0- PANA IT/JSG/MAR/IZ 29março2011
Sob o lema « Gerir o Desenvolvimento : O Papel do Estado », o relatório indica que, para além da retoma económica, houve um recuo na desnutrição em vários países africanos e progressos consideráveis no domínio da educação, com um salto nas taxas de matrículas no ensino primário dos 54 porcento em 1990 para os 76 porcento em 2008.
No plano da saúde, nota o documento, alguns países africanos obtiveram alguns progressos na realização dos ODM, sobretudo em relação à pandemia do HIV/Sida, tanto na redução da incidência do HIV como no tratamento antirretroviral (ARV).
Entre 2001 e 2009, a incidência do HIV diminuiu 25 porcento em 22 países subsarianos, onde 37 porcento dos adultos e crianças elegíveis ao tratamento antirretroviral beneficiaram desse tratamento até finais de 2009, indica o relatório.
Nas projeções para 2011, o documento nota que as perspetivas gerais são boas, prevendo-se que a África Ocidental se torne, pelo terceiro ano consecutivo, na região com o crescimento mais rápido do continente, seguida da África Oriental.
A taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da África Ocidental acelerou-se, nomeadamente no Gana, na Libéria e na Serra Leoa.
A Guiné e o Níger conseguiram sair das taxas de crescimento negativas do PIB observadas nos anos precedentes, enquanto a Nigéria, a maior economia da sub-região, registou um crescimento de 7,8 porcento contra sete por cento em 2009.
Porém, as penúrias de eletricidade e a incerteza política provocaram, na Côte d'Ivoire, uma redução do crescimento do PIB do país.
Por seu turno, o desempenho de crescimento impressionante de países da África Oriental como a Etiópia, o Rwanda, a Tanzânia e o Uganda continuou em 2010, ao passo que outros países como as ilhas Comores conheceram sérias dificuldades.
Na África Central, o crescimento da maior parte dos países foi inferior a cinco porcento em 2010, excetuando-se o Congo, que conheceu um desempenho de crescimento fenomenal graças à subida da produção de petróleo, e o Gabão, onde a economia cresceu fortemente sob o efeito do crescimento do investimento público e da intensificação das atividades mineiras.
Por seu turno, a África do Norte, conheceu uma nítida subida do crescimento do PIB através da Líbia, da Mauritânia, do Egito, do Sudão e da Tunísia, enquanto que, em Marrocos, o crescimento económico baixou devido essencialmente à má produção agrícola após a colheita excecional de 2008/2009.
Para a África Austral, a maior economia da subregião (África do Sul) apresentou um forte desempenho económico, ao passo que o Malawi, Moçambique e a Zâmbia registaram um crescimento total da atividade económica à semelhança do Botswana e da Namíbia e contrariamente à Swazilândia e a Angola que não realizaram um bom desempenho.
O relatório deplora que, até agora, a recuperação económica não se tenha traduzido na redução do desemprego, sendo os níveis de crescimento e de criação de empregos no continente extremamente dececionantes em 2010, devido à má qualidade da educação e à estrutura económica estreita dos países africanos.
Tendo em conta estes resultados, muitos países africanos devem consolidar a retoma nascente de maneira a impulsionar a transformação estrutural necessária das suas economias, evitando os desequilíbrios macroeconómicos insustentáveis, sublinha o relatório.
-0- PANA IT/JSG/MAR/IZ 29março2011