PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África quer mudar de estratégia agrícola
Dar es-Salaam- Tanzânia (PANA) -- A 20ª reunião do Fórum Económico Mundial (FEM) sobre África terminou no fim de semana em Dar es-Salaam, na Tanzânia, com o compromisso dos participantes de continuar a reflexão para soluções comuns às dificuldades da agricultura no continente.
Componente essencial da economia africana, o setor agrícola é fornecedor de 70 porcento dos empregos em países africanos como a Tanzânia.
Mas, as mudanças climáticas poderão reduzir em 25 porcento a produção agrícola nos próximos anos, "ameaçando igualmente a segurança alimentar e os eventuais rendimentos no plano económico".
"Não acredito na necessidade de cada país ter uma nova abordagem sobre a agricultura", declarou o Vice-Primeiro-Ministro do Zimbabwe, Arthur Mutambra, que questionou o que os países africanos conseguiram fazer das suas visões anteriores.
Para melhorar o perfil da sua agricultura, Mutambra considera que os blocos económicos regionais como a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deverão estudar as suas visões regionais respetivas para permitir à agricultura ocupar um lugar de eleição tanto na vida das populações como na economia em geral.
O continente africano está confrontado com uma necessidade mais urgente de modernizar as suas políticas agrícolas, tendo em conta a explosão demográfica que ela regista, declararam os participantes no FEM.
Explicando as razões do atraso do desenvolvimento agrícola na Etiópia numa altura em que a maior parte da sua população sobrevive graças à ajuda humanitária, o primeiro-ministro, Meles Zenawi, admitiu que o espetro persistente da fome no seu país constitui "um dilema".
A Etiópia conheceu uma grande fome que, conduziu ao derrube, em 1975, do regime do imperador Haile Selassie e uma outra combinada com uma seca que assolou o país em 1984/85 sob o regime ditatorial do coronel Mengistu Haile Mariam.
Meles declarou que, desde a sua ascensão ao poder depois de derrubar o regime de Mengistu, em 1991, "o seu Governo tem conseguido dar uma assistência alimentar às populações confrontadas com um problema de sobrevivência".
A propriedade e a disponibilidade das terras são os factores essenciais que podem fazer da agricultura um motor do desenvolvimento em África.
Na Etiópia, as terras foram nacionalizadas e distribuídas aos camponeses em 1985.
O contrato de cessão de terras não impediu os camponeses na Etiópia de dobrar todos os 10 anos a sua produção alimentar, mas a desnutrição e a insegurança alimentar ameaçam a população.
"Nos últimos 18 anos, surgiram pelo menos 30 milhões de pessoas suplementares por alimentar.
Mas não devemos limitar os nossos nascimentos", declarou Meles.
Segundo o Presidente da Tanzânia, Jakaya Mrisho Kikwete, anfitrião este ano da reunião do FEM, o maior problema de África é a falta de meios.
Os participantes no FEM indicaram que os camponeses necessitaram de ajuda para transformar, para o seu consumo, os produtos da sua colheita dos quais eles conhecem o valor nutritivo.
Além disso, a tecnologia vai tornar a agricultura mais atrativa para os jovens que representam 60 porcento da população em África mas não está interessada por esta atividade que eles julgam aborrecida.
Componente essencial da economia africana, o setor agrícola é fornecedor de 70 porcento dos empregos em países africanos como a Tanzânia.
Mas, as mudanças climáticas poderão reduzir em 25 porcento a produção agrícola nos próximos anos, "ameaçando igualmente a segurança alimentar e os eventuais rendimentos no plano económico".
"Não acredito na necessidade de cada país ter uma nova abordagem sobre a agricultura", declarou o Vice-Primeiro-Ministro do Zimbabwe, Arthur Mutambra, que questionou o que os países africanos conseguiram fazer das suas visões anteriores.
Para melhorar o perfil da sua agricultura, Mutambra considera que os blocos económicos regionais como a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deverão estudar as suas visões regionais respetivas para permitir à agricultura ocupar um lugar de eleição tanto na vida das populações como na economia em geral.
O continente africano está confrontado com uma necessidade mais urgente de modernizar as suas políticas agrícolas, tendo em conta a explosão demográfica que ela regista, declararam os participantes no FEM.
Explicando as razões do atraso do desenvolvimento agrícola na Etiópia numa altura em que a maior parte da sua população sobrevive graças à ajuda humanitária, o primeiro-ministro, Meles Zenawi, admitiu que o espetro persistente da fome no seu país constitui "um dilema".
A Etiópia conheceu uma grande fome que, conduziu ao derrube, em 1975, do regime do imperador Haile Selassie e uma outra combinada com uma seca que assolou o país em 1984/85 sob o regime ditatorial do coronel Mengistu Haile Mariam.
Meles declarou que, desde a sua ascensão ao poder depois de derrubar o regime de Mengistu, em 1991, "o seu Governo tem conseguido dar uma assistência alimentar às populações confrontadas com um problema de sobrevivência".
A propriedade e a disponibilidade das terras são os factores essenciais que podem fazer da agricultura um motor do desenvolvimento em África.
Na Etiópia, as terras foram nacionalizadas e distribuídas aos camponeses em 1985.
O contrato de cessão de terras não impediu os camponeses na Etiópia de dobrar todos os 10 anos a sua produção alimentar, mas a desnutrição e a insegurança alimentar ameaçam a população.
"Nos últimos 18 anos, surgiram pelo menos 30 milhões de pessoas suplementares por alimentar.
Mas não devemos limitar os nossos nascimentos", declarou Meles.
Segundo o Presidente da Tanzânia, Jakaya Mrisho Kikwete, anfitrião este ano da reunião do FEM, o maior problema de África é a falta de meios.
Os participantes no FEM indicaram que os camponeses necessitaram de ajuda para transformar, para o seu consumo, os produtos da sua colheita dos quais eles conhecem o valor nutritivo.
Além disso, a tecnologia vai tornar a agricultura mais atrativa para os jovens que representam 60 porcento da população em África mas não está interessada por esta atividade que eles julgam aborrecida.