África primeira vítima de fuga ao fisco, diz governante tunisino
Túnis, Tunísia (PANA) – África é o primeiro continente onde se regista a mais importante transferência ilegal dos capitais, e a primeira vítima da fuga ao fisco, revelou, quarta-feira, o ministro tunisino das Finanças, Ridha Chalghoum.
Chalghoum falava à margem do Fórum Mundial sobre a Transparência e Troca de Informações com Objetivos Fiscais iniciadou em Paris (França), no mesmo dia.
No encontro estão presentes centenas de delegados representantes de jurisdições, de organizações internacionais e de grupos regionais para reforçarem a luta da comunidade internacional contra a fuga ao fisco.
O governante garantiu ao fórum, o primeiro do género sobre África, a adesão da Tunísia à transparência fiscal e à luta contra a fuga ao fisco.
Mencionando novos dados sobre empresas digitais, que realizam importantes lucros nesta matéria, o ministro indicou que o Fórum frisou a necessidade, para os países em desenvolvimento, de se dotarem de capacidades que lhe permitam repatriar as taxas sobre multinacionais, que causaram avultadas perdas aos países africanos.
O volume de perdas em África, devidas à fuga ao fisco, estima-se em 73 biliões de dólares americanos, entre 2005 e 2015, soube-se durante reuniões anuais da assosiação dos Bancos Centrais organizadas no Cairo (Egito), ocorridas em 2018.
O Fórum Internacional sobre a Transparência e Troca de Informações de Objetivos Fiscais foi criado em 2009 por um grupo de 20 organizações de cooperação económica e de desenvolvimento, com o objetivo de aplicar os critérios internacionais nas trocas de informações depois de constatado o perigo que representa a fuga ao fisco nas importações dos países.
O Fórum conta hoje 150 países membros, incluindo a Tunísia que aderiu em 2004.
-0- PANA YY/IN/BEH/MAR/DD 27nov2019