Agência Panafricana de Notícias

África precisa de quatro milhões de professores para alcançar Educação Para Todos

Lomé, Togo (PANA) – África precisa entre dois milhões 400 mil e quatro milhões de professores qualificados para alcançar a meta da Educação Para Todos (EPT), bem como os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) até 2015, daí a necessidade de desenvolvimento profissional constante dos docentes no continente.

Esta revelação foi feita por peritos reunidos em Lomé, no Togo, no âmbito da Conferência Pan-Africana sobre o Desenvolvimento Profissional dos Professores em África, cujo objetivo é encontrar meios de colmatar este enorme défice.

O primeiro-ministro togolês, Gilbert Houngbo, presidiu quarta-feira à abertura oficial desta conferência, que está a decorrer sob o lema « O Desenvolvimento do Professor no Contexto duma Reforma dos Sistemas Educativos em África ».

Este encontro é organizada conjuntamente pela União Africana (UA), pelo Ministério togolês do Ensino Primário e Secundário e Alfabetização, pela representação regional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em África-BREDA, pela Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA) e por outras agências onusinas.

Considera-se que, geralmente, os sistemas educativos africanos se debatem na sua maioria principalmente com a falta de professores qualificados.

Os peritos indicam que esta situação obriga os Estados membros a tomarem decisões, fixarem prioridades, políticas e estratégias apropriadas e identificar mecanismos de execução sustentáveis a diversos níveis.

Os participantes nesta conferência, que termina sexta-feira, trabalharão no sentido de dar prioridade a soluções aplicáveis.

A conferência, presenciada por 13 ministros africanos da Educação, entre outros, tem por objetivo fornecer orientações aos Governos e insistir na importância do estabelecimento de parcerias sólidas entre uma larga gama de atores.

Ela vai igualmente passar em revista os conhecimentos sobre a situação dos docentes através das investigações efetuadas em África nestes últimos cinco anos, avaliando ao mesmo tempo as forças e fraquezas das políticas de ensino atuais a níveis regional, sub-regional e local.

No seu discurso de abertura, o primeiro-ministro togolês, Gilbert Fossoun Houngbo, chamou a atenção do público sobre a importância de haver professores qualificados no continente sublinhando que a reforma dos sistemas educativos atualmente em curso só poderá exitar se houver um número suficiente de docentes qualificados de alto nível.

-0- PANA PR/SEG/FJG/TBM/FK/DD 14abril2011