África pode cumprir com prazo de 2030 para ODD, diz Presidente rwandês
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – Ocontinente africano está em atraso em termo de realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODD), declarou terça-feira em Nova Iorque o Presidente rwandês, Paul Kagame.
Na tribuna da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kagame aludia aos 17 objetivos adotados por dirigentes do planeta
Os dirigentes da planeta adotaram os 17 objetivos, há quatro anos, para erradicarem a extrema pobreza, reduzirem desigualdades sociais, estimularem o crescimento económico e protegerem o mundo.
Os ODD são igualmente os "Objetivos de África”, frisou Kagamé, acrescentando que os 55 membros da UA esforçam-se para cumprir o prazo de 2030.
"Em julho próximo, por exemplo, os prazos comerciais vão arrancar na Zona de Livre-Comércio Continental Africana, a mais importante no mundo. Mas, África continua em atraso em relação às outras regiões, em matéria de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. E isto, apesar de o nosso continente conter várias economias mais dinâmicas no mundo”, lamentou.
"O crescimento deve ser totalmente inclusivo para que as desigualdades no interior dos países continuem a diminuir. Os fundamentos necessários para se provocar esta transformação já estão no local. Graças a um esforço concertado que envolve todos os parceiros, nomeadamente o setor privado, é realmente possível recuperar-se o tempo perdido em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, defendeu.
O Presidente Kagamé acredita que a comunidade internacional está numa encruzilhada para determinar se o multilateralismo vai persistir ou será enterrado.
Para ele, é claro que os países têm agora “roteiros claramente definidos” como os ODD, mas também relativamente aos cuidados de saúde e a mudança climática.
Segundo um comunicado da ONU, os dirigentes dos 193 países membros da ONU estão em Nova Iorque esta semana para o debate anual da Assembleia-Geral, devendo igualmente participar em cinco cimeiras importantes consagradas aos desafios mundiais.
Segunda-feira última, os países adotaram a Declaração Política das Nações Unidas sobre a Cobertura Sanitária Universal.
Kagamé revelou que mais de 90 por cento dos Rwandeses têm uma cobertura social, o que provocou melhorias “significativas” do seu estado de saúde.
"Isto mostra que é possível para os países, independentemente do seu nível de rendimentos, tornar os cuidados de saúde acessível a todos”, concluiu.
-0- PANA MA/NFB/TBM/MAR/DD 25set2019