PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África perde mais de $ 50 milhões por ano devido a movimentos ilícitos de capitais, diz ONU
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – África perde anualmente mais de 50 biliões de dólares americanos devido aos movimentos ilícitos de capitais provenientes dela, o que está muito acima do montante oficial da ajuda ao desenvolvimento concedido ao continente.
Estas revelações foram feitas em Nova Iorque, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), pelo Secretário-Geral (SG) adjunto da referida instituição, Jan Eliasson, durante a cerimónia de abertura da sessão da Comissão de alto nível sobre os movimentos ilícitos de capitais provenientes da África.
Declarou que os 50 biliões de perdas constituem um montante ''surpreendente" que representa os prejuízos causados aos indivíduos, ao desenvolvimento e ao programa de governação da África em geral.
"Se podessemos impedir África de perder recursos com estes movimentos ilícitos, estes fundos poderiam permitir satisfazer as necessidades das populações do continente permitindo-lhes construirem um futuro melhor", indicou.
Preconizou igualmente esforços concertados para resolver o problema de movimentos ilícitos de capitais provenientes de África para garantir o crescimento e o desenvolvimento deste continente.
Presente no evento, o ex-Presidente sul-africano, Thabo Mbeki, considerou que "o dinheiro perdido cada ano é um capital gerado no continente, pertencente ao continente, mas saí por meios ilícitos".
"Cerca de dois terços dos movimentos ilícitos de capitais provêm de atividades das empresas multinacionais, enquanto 30 porcento ou mais provêm diretamente de atividades criminosas, das quais a droga e o tráfico de seres humanos e a corrupção", acrescentou.
Na sua ótica, a abordagem desta matéria deve ter em conta as realidades do continete provedor de fundos ilícitos e dos países que acolhem estes fundos para que as recomendações produzam efeitos nos dois sentidos.
Jan Eliasson e Thabo Mbeki sublinharam a necessidade de esforços a nível mundial para enfrentar o problema de movimentos ilícitos de capitais provenientes da África que paralisaram o desenvolvimento do continente nas últimas décadas.
Presidida por Mbeki, a Comissão de alto nível foi em fevereiro de 2012 pela Comissão Económica das Nações Unidas para a África (CEA) e pela União Africana (UA) para combater este fenómeno negativo de movimentos ilícitos de capitais provenientes do continente negro.
A Comissão reúne-se atualmente nos Estados Unidos com representantes do Governo norte-americano, do setor privado, de universidades, da sociedade civil e das instituições multilaterais para discutir sobre este fenómen, devendo apresentar um relatório final até junho próximo.
-0- PANA AA/VAO/ASA/AAS/CJB/DD 08fev2014
Estas revelações foram feitas em Nova Iorque, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), pelo Secretário-Geral (SG) adjunto da referida instituição, Jan Eliasson, durante a cerimónia de abertura da sessão da Comissão de alto nível sobre os movimentos ilícitos de capitais provenientes da África.
Declarou que os 50 biliões de perdas constituem um montante ''surpreendente" que representa os prejuízos causados aos indivíduos, ao desenvolvimento e ao programa de governação da África em geral.
"Se podessemos impedir África de perder recursos com estes movimentos ilícitos, estes fundos poderiam permitir satisfazer as necessidades das populações do continente permitindo-lhes construirem um futuro melhor", indicou.
Preconizou igualmente esforços concertados para resolver o problema de movimentos ilícitos de capitais provenientes de África para garantir o crescimento e o desenvolvimento deste continente.
Presente no evento, o ex-Presidente sul-africano, Thabo Mbeki, considerou que "o dinheiro perdido cada ano é um capital gerado no continente, pertencente ao continente, mas saí por meios ilícitos".
"Cerca de dois terços dos movimentos ilícitos de capitais provêm de atividades das empresas multinacionais, enquanto 30 porcento ou mais provêm diretamente de atividades criminosas, das quais a droga e o tráfico de seres humanos e a corrupção", acrescentou.
Na sua ótica, a abordagem desta matéria deve ter em conta as realidades do continete provedor de fundos ilícitos e dos países que acolhem estes fundos para que as recomendações produzam efeitos nos dois sentidos.
Jan Eliasson e Thabo Mbeki sublinharam a necessidade de esforços a nível mundial para enfrentar o problema de movimentos ilícitos de capitais provenientes da África que paralisaram o desenvolvimento do continente nas últimas décadas.
Presidida por Mbeki, a Comissão de alto nível foi em fevereiro de 2012 pela Comissão Económica das Nações Unidas para a África (CEA) e pela União Africana (UA) para combater este fenómeno negativo de movimentos ilícitos de capitais provenientes do continente negro.
A Comissão reúne-se atualmente nos Estados Unidos com representantes do Governo norte-americano, do setor privado, de universidades, da sociedade civil e das instituições multilaterais para discutir sobre este fenómen, devendo apresentar um relatório final até junho próximo.
-0- PANA AA/VAO/ASA/AAS/CJB/DD 08fev2014