PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África instada a reduzir atraso na educação infantil
Moscovo- Rússia (PANA) -- Os países africanos foram instados, segunda-feira, por um especialista em questões educativas no continente a darem prova de vontade política e criatividade para reduzir o atraso de África em matéria de educação e proteção da pequena infância.
Com efeito, de acordo com estatísticas apresentadas na abertura, segunda-feira, em Moscovo, da primeira Conferência Mundial sobre Educação e Proteção da Pequena Infância, apenas 15 porcento de crianças têm acesso à educação pré- escolar na África subsariana.
No entanto, "a esperança em reduzir este atraso é permitida", de acordo com Hamidou Boukary, especialista principal da Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA), que participa no encontro de Moscovo.
"É preciso, para tal, além da forte vontade política, uma criatividade acertada e, neste processo, podemos apoiarmo-nos nas estruturas comunitárias das aldeias africanas, pois já existe nas nossas estruturas tradicionais mecanismos de assistência às crianças pelos avós", explicou à PANA.
Lamentando as estratégias educativas adotadas após as independências, sublinhou a importância da educação básica para os outros sub-setores educativos.
"A ausência de preparação à entrada do ensino primário através duma educação básica explica, na maioria dos casos, a taxa elevada de insucesso escolar que registamos em África.
O ensino pré-escolar não é um luxo; é o fundamento dos outros sub-setores", sustentou Boukary, exortando vivamente os países africanos a terem uma visão holística da educação a fim de assegurar a continuidade entre os diferentes níveis do setor educativo.
Segundo ele, deu-se, durante muito tempo, uma atenção particular aos setores primário, secundário e superior, deixando de lado o pré-escolar o que "resultou num balanço muito mitigado".
"Temos de estar definitivamente convencidos de que o ensino pré-escolar prepara a criança a um melhor êxito escolar", sustentou.
Uma sessão especial será organizada terça-feira em Moscovo sobre a experiência africana na educação e na proteção da pequena infância, na presença do ministro queniano da Educação, Sam Ongeri, que preside atualmente à Conferência dos Ministros Africanos da Educação (COMIFAD).
A sessão será marcada por comunicações do secretário executivo da ADEA, Ahlin Byll-Cataria; da diretora do Escritório Regional da UNESCO para África (BREDA), Ann-Thérèse Ndong Jatta, e de Adama Ouane, diretor do Instituto da UNESCO (Organização das Nações para a Educação, Ciência e Cultura) para a aprendizagem ao longa da vida, sediado em Hamburgo.
Os participaantes vão discutir igualmente as conclusões e as recomendações da IV Conferência Internacional Africana sobre o Desenvolvimento da Pequena Infância, decorrida em Novembro de 2009 em Dakar.
Cerca de 65 ministros, provenientes de todas as regiões do mundo, participem nesta primeira Conferência Mundial sobre Educação e Proteção da Pequena Infância.
Após sessões plenárias e ateliês temáticos, os delegados vão adotar, quarta-feira à noite, um Plano Mundial de Ação a favor da pequena infância.
Com efeito, de acordo com estatísticas apresentadas na abertura, segunda-feira, em Moscovo, da primeira Conferência Mundial sobre Educação e Proteção da Pequena Infância, apenas 15 porcento de crianças têm acesso à educação pré- escolar na África subsariana.
No entanto, "a esperança em reduzir este atraso é permitida", de acordo com Hamidou Boukary, especialista principal da Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA), que participa no encontro de Moscovo.
"É preciso, para tal, além da forte vontade política, uma criatividade acertada e, neste processo, podemos apoiarmo-nos nas estruturas comunitárias das aldeias africanas, pois já existe nas nossas estruturas tradicionais mecanismos de assistência às crianças pelos avós", explicou à PANA.
Lamentando as estratégias educativas adotadas após as independências, sublinhou a importância da educação básica para os outros sub-setores educativos.
"A ausência de preparação à entrada do ensino primário através duma educação básica explica, na maioria dos casos, a taxa elevada de insucesso escolar que registamos em África.
O ensino pré-escolar não é um luxo; é o fundamento dos outros sub-setores", sustentou Boukary, exortando vivamente os países africanos a terem uma visão holística da educação a fim de assegurar a continuidade entre os diferentes níveis do setor educativo.
Segundo ele, deu-se, durante muito tempo, uma atenção particular aos setores primário, secundário e superior, deixando de lado o pré-escolar o que "resultou num balanço muito mitigado".
"Temos de estar definitivamente convencidos de que o ensino pré-escolar prepara a criança a um melhor êxito escolar", sustentou.
Uma sessão especial será organizada terça-feira em Moscovo sobre a experiência africana na educação e na proteção da pequena infância, na presença do ministro queniano da Educação, Sam Ongeri, que preside atualmente à Conferência dos Ministros Africanos da Educação (COMIFAD).
A sessão será marcada por comunicações do secretário executivo da ADEA, Ahlin Byll-Cataria; da diretora do Escritório Regional da UNESCO para África (BREDA), Ann-Thérèse Ndong Jatta, e de Adama Ouane, diretor do Instituto da UNESCO (Organização das Nações para a Educação, Ciência e Cultura) para a aprendizagem ao longa da vida, sediado em Hamburgo.
Os participaantes vão discutir igualmente as conclusões e as recomendações da IV Conferência Internacional Africana sobre o Desenvolvimento da Pequena Infância, decorrida em Novembro de 2009 em Dakar.
Cerca de 65 ministros, provenientes de todas as regiões do mundo, participem nesta primeira Conferência Mundial sobre Educação e Proteção da Pequena Infância.
Após sessões plenárias e ateliês temáticos, os delegados vão adotar, quarta-feira à noite, um Plano Mundial de Ação a favor da pequena infância.