África do Sul ultrapassa China em covid-19
Luanda, Angola (PANA) – A África do Sul ultrapassou a China em casos da covid-19, ocupando agora a 20ª posição mundial dos países mais infetados, com 83.890 casos confirmados, contra os 83.325 desta última no 21º posto.
Segundo a atualização diária do Ministério da Saúde feita quinta-feira à noite, a África do Sul conheceu, nas últimas 24 horas, 3.478 novos casos positivos, o que corresponde a um recorde de 7.556 infeções em 48 horas.
As autoridades sanitárias explicam esta ascensão exponencial do país, que passou do 34º lugar mundial ocupado em finais do mês passado para o atual 20º, pela estratégia nacional de massificação dos testes laboratoriais.
Desde o surto da doença, em março passado, o país já realizou um milhão, 229 mil e 98 testes que produziram os 83.890 resultados positivos, repartidos em 1.737 mortes e 44.920 recuperações.
A China, por seu turno, não passou dos 32 casos nas últimas 48 horas, na sequência da nova vaga do vírus declarada recentemente na capital, Beijing.
A manter-se o atual ritmo de progressão da África do Sul, com uma média diária superior aos três mil casos positivos, os próximos “alvos” mais imediatos serão o Qatar e o Canadá, na rota para a disputa do topo da tabela.
Atualmente, o Qatar e o Canadá estão na 19ª e 18ª posições, respetivamente, com 84.441 e 100.220 casos, também depois de superarem a China, mas aparentemente sem “potencial” suficiente para ombrear com a África do Sul na marcha rumo à cimeira mundial agora comandada pelos Estados Unidos.
Alguns analistas observam que a massificação dos testes por si só, e tal como avançada pelas autoridades sanitárias, será insuficiente para explicar esta exponencial ascensão sul-africana que terá superado até países com o mesmo nível de testagem laboratorial ou mesmo superior.
Cita-se com frequência os casos dos Emiratos Árabes Unidos, que já atingiram os três milhões de testes, mas com 43.752 casos positivos confirmados, ocupando atualmente o 29º lugar mundial, bem como a Austrália, na 70ª posição com 7.409 casos apurados em um milhão, 964 mil e 271 análises.
Aponta-se ainda a Polónia, com 31.015 casos em um milhão, 270 mil e 951 testes; o Cazaquistão, com 16.351 casos em um milhão, 239 mil e 138 testes, a Coreia do Sul, com 12.306 casos em um milhão, 158 mil e 63 testes; e a Venezuela, com 3.483 casos em um milhão, 104 mil e 661 exames.
Outros exemplos são Portugal, na 32ª posição mundial com 38.084 casos em um milhão, 32 mil e 68 análises laboratoriais, bem como Bélgica, que apresenta um balanço de 60.348 casos confirmados em um milhão, 56 mil e 26 análises.
Mas em contrapartida, a África do Sul regista igualmente progressos na recuperação dos seus pacientes, reduzindo ao máximo o número de vítimas mortais, e superando muitos países do Mundo e do continente africano.
Em África, onde ocupa o primeiro lugar em número de casos confirmados, é também o país com o maior número de curas, mantendo a segunda posição em relação à quantidade de óbitos (1737), depois do Egito (1938).
Do total de 83.890 casos positivos acumulados, a África do Sul apresenta hoje um saldo de 37.233 doentes ainda ativos e em tratamento nas diferentes unidades sanitárias do país, com uma taxa de recuperação de 53,5 por cento.
No seu último boletim epidemiológico diário, o ministro sul-africano da Saúde, Zwelini Mkhize, fixou a taxa de mortalidade nacional em 2,1 por cento, descrita como uma das mais baixas entre os países mais infetados do Mundo.
Na últimas 24 horas, o país registou 63 novos óbitos provocados pela covid-19, sendo 57 na província do Cabo Ocidental e seis no Cabo Oriental, segundo ainda o ministro Zwelini Mkhize.
-0- PANA IZ 19junho2020