PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África do Sul preocupada com violência no Burundi
Cidade de Cabo, África do Sul (PANA) - O Governo sul-africano exprimiu a sua preocupação depois de informado sobre uma onda de violência acrescida e violações dos direitos humanos no Burundi.
Num comunicado divulgado no local, o Ministério sul-africano das Relações Internacional e Cooperação notou que a instabilidade atual pode ter um impacto nos países vizinhos da região da África Oriental.
O porta-voz do Governo, Clayson Monyela, indicou que os ataques levados a cabo por rebeldes armados nas bases militares dentro e em redor de Bujumbura, a 11 de dezembro corrente, ocasionou, além disso, graves preocupações por parte da comunidade internacional, incluindo a África do Sul.
"A África do Sul apela a todas as partes burundesas em conflito a empreenderem imediatamente um diálogo iniciando rapidamente a mediação levada a cabo pelo Presidente Yoweri Museveni do Uganda, nomeado como tal pela Comunidade da África Oriental (CAE)", afirmou.
Monyela acrescentou que o Governo sul-africano apoia o reforço urgente e o desdobramento, pelo Conselho de Paz e Segurança (CSP) da União Africana (UA), de observadores militares, dos direitos humanos e de Polícia.
Exortou igualmente os parceiros doadores de fundo a reconsiderarem a decisão de reduzir o financiamento suscetível de agravar os níveis já elevados de pobreza no Burundi.
Analistas receiam, cada vez mais, que possa repetir-se a violência étnica que desembocou no genocídio de 1994 no Rwanda.
O recrudescimento de violência em Bujumbura foi desencadeado em abril por protestos contra a decisão controversa do então Presidente cessante burundês, Pierre Nkurunziza, de se apresentar para um terceiro mandato à frente do país.
Como argumento, Nkurunziza dizia que o seu primeiro mandato, enquanto Presidente, de 2005 a 2010, não tinha nada ver com o limite constitucional de dois mandatos, por ter sido escolhido pela Assembleia Nacional.
O Secretário-Geral (SG) da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, considerou, esta semana, que o Burundi está à beira duma guerra civil que poderá inflamar a região.
Por sua vez, a UA advertiu que não permitirá que um genocídio tenha lugar no Burundi.
"África não vai permitir que um outro genocídio tenha lugar no seu solo", sublinhou o CSP da UA, acrescentando haver "uma necessidade urgente de agir para cessar massacres".
Os Estados Unidos e o Canadá exortaram os seus cidadãos a deixarem o país.
-0- PANA CU/VAO/AKA/IS/MAR/DD 19dez2015
Num comunicado divulgado no local, o Ministério sul-africano das Relações Internacional e Cooperação notou que a instabilidade atual pode ter um impacto nos países vizinhos da região da África Oriental.
O porta-voz do Governo, Clayson Monyela, indicou que os ataques levados a cabo por rebeldes armados nas bases militares dentro e em redor de Bujumbura, a 11 de dezembro corrente, ocasionou, além disso, graves preocupações por parte da comunidade internacional, incluindo a África do Sul.
"A África do Sul apela a todas as partes burundesas em conflito a empreenderem imediatamente um diálogo iniciando rapidamente a mediação levada a cabo pelo Presidente Yoweri Museveni do Uganda, nomeado como tal pela Comunidade da África Oriental (CAE)", afirmou.
Monyela acrescentou que o Governo sul-africano apoia o reforço urgente e o desdobramento, pelo Conselho de Paz e Segurança (CSP) da União Africana (UA), de observadores militares, dos direitos humanos e de Polícia.
Exortou igualmente os parceiros doadores de fundo a reconsiderarem a decisão de reduzir o financiamento suscetível de agravar os níveis já elevados de pobreza no Burundi.
Analistas receiam, cada vez mais, que possa repetir-se a violência étnica que desembocou no genocídio de 1994 no Rwanda.
O recrudescimento de violência em Bujumbura foi desencadeado em abril por protestos contra a decisão controversa do então Presidente cessante burundês, Pierre Nkurunziza, de se apresentar para um terceiro mandato à frente do país.
Como argumento, Nkurunziza dizia que o seu primeiro mandato, enquanto Presidente, de 2005 a 2010, não tinha nada ver com o limite constitucional de dois mandatos, por ter sido escolhido pela Assembleia Nacional.
O Secretário-Geral (SG) da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, considerou, esta semana, que o Burundi está à beira duma guerra civil que poderá inflamar a região.
Por sua vez, a UA advertiu que não permitirá que um genocídio tenha lugar no Burundi.
"África não vai permitir que um outro genocídio tenha lugar no seu solo", sublinhou o CSP da UA, acrescentando haver "uma necessidade urgente de agir para cessar massacres".
Os Estados Unidos e o Canadá exortaram os seus cidadãos a deixarem o país.
-0- PANA CU/VAO/AKA/IS/MAR/DD 19dez2015