Agência Panafricana de Notícias

África do Sul evita polemizar sobre assassinato de ex-chefe da Inteligência rwandesa

Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - O Ministério sul-africano das Relações Internacionais recusou-se segunda-feira a reagir às declarações do Presidente rwandês, Paul Kagamé, que deixou entender que o seu Governo poderá estar por detrás do assassinato do seu dissidente Patrick Karegeya, antigo chefe dos Serviços Secretos rwandeses.

Este último foi encontrado estrangulado no início deste mês num hotel de luxo de Joanesburgo, capital económica sul-africana.

Em declarações feitas domingo na capital rwandesa, Kigali, e retomadas pela imprensa local, Kagamé teria sentenciado que os que prejudicam o seu próprio país "geralmente se expõem a consequências graves, onde quer que se encontrem".

Ele acrescentou que a sua missão de Presidente consistia em defender o Rwanda contra "os que desejam destruir o que construímos".

Estes pronunciamentos ecoaram comentários anteriores do primeiro-ministro rwandês, Pierre Habumuremyi, que foi citado como tendo afirmado que "trair os cidadãos e o país que fez de si um homem tem sempre as suas consequências".

O porta-voz do Ministério sul-africano das Relações Internacionais e Cooperação, Clayson Monyela, assegurou estar ao corrente das declarações de Kagamé, mas que estas não afetavam os laços diplomáticos entre a África do Sul e o Rwanda.

Ele notou que o Presidente rwandês não citou "nenhum indivíduo nem país" nas suas declarações de domingo e que não cabe à África do Sul decifrar o que ele quis dizer.

-0- PANA CU/SEG/NFB/JSG/MAR/IZ 13jan2014