PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África do Sul celebra 30º aniversário do massacre racista de Pretória
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – A África do Sul celebrou esta quinta-feira o 30º aniversário do chamado "massacre racista" de 15 de novembro de 1988, no centro da cidade capital, Pretória, que provocou uma onda de choque no Mundo inteiro.
A 15 de novembro de 1988, em plena luz do dia, Barend Strydom, um cidadão sul-africano de raça branca, massacrou sete negros na praça Strijdom, em Pretória, e feriu 15 outros. Uma semana antes, ele abateu uma mulher negra em De Deur, perto de Joanesburgo.
Barend Strydom, igualmente conhecido sob o nome de Lobo Branco, foi agente da Polícia na época do regime de Apartheid, mas foi demitido das suas funções depois de se ter fotografado com um automobilista negro decapitado no local de um acidente rodoviário.
Strydom, que dizia ser cristão, afirmou que meditou e rezou vários dias antes do massacre, e que Deus não lhe dera nenhum sinal a indicar que ele não devia continuar os seus projetos.
O Tribunal soube que ele foi testemunha do suicídio da sua mãe, quando tinha apenas 18 meses. Ele foi condenado à morte, mas o Governo sul-africano decretou uma moratória sobre a pena capital em 1990.
Foi posto em liberdade em 1992 pelo Presidente Frederik Klerk e figurava entre os 150 prisioneiros políticos soltos da cadeia.
A Comissão Verdade e Reconciliação concedeu depois a amnistia a Strydom após as primeiras eleições democráticas de 1994. A Comissão decidiu que ele fez uma divulgação completa dos seus crimes e que eles foram influenciados por motivos políticos.
A analista Estelle Moore declarou que o assassino representava o resultado mais repugnante, mas também inevitável e trágico do regime de Apartheid, um sistema que descrevia os negros como tão inferiores em direitos e na sociedade, que Strydom não os considerava como seres humanos.
"Quando ele disparou contra os seus corpos, era como se eles fossem vermes. Ele não via nenhum inconveniente: era natural para um Boer (fazendeiro), natural para um anticomunista, natural para um cristão. Ele não sentia nenhum remorso e tinha absolutamente razão de predizer que ele não morreria por enforcamento nem passaria a sua vida em prisão”, indicou.
-0- PANA CU/MA/AKA/JSG/SOC/FK/IZ 15nov2018
A 15 de novembro de 1988, em plena luz do dia, Barend Strydom, um cidadão sul-africano de raça branca, massacrou sete negros na praça Strijdom, em Pretória, e feriu 15 outros. Uma semana antes, ele abateu uma mulher negra em De Deur, perto de Joanesburgo.
Barend Strydom, igualmente conhecido sob o nome de Lobo Branco, foi agente da Polícia na época do regime de Apartheid, mas foi demitido das suas funções depois de se ter fotografado com um automobilista negro decapitado no local de um acidente rodoviário.
Strydom, que dizia ser cristão, afirmou que meditou e rezou vários dias antes do massacre, e que Deus não lhe dera nenhum sinal a indicar que ele não devia continuar os seus projetos.
O Tribunal soube que ele foi testemunha do suicídio da sua mãe, quando tinha apenas 18 meses. Ele foi condenado à morte, mas o Governo sul-africano decretou uma moratória sobre a pena capital em 1990.
Foi posto em liberdade em 1992 pelo Presidente Frederik Klerk e figurava entre os 150 prisioneiros políticos soltos da cadeia.
A Comissão Verdade e Reconciliação concedeu depois a amnistia a Strydom após as primeiras eleições democráticas de 1994. A Comissão decidiu que ele fez uma divulgação completa dos seus crimes e que eles foram influenciados por motivos políticos.
A analista Estelle Moore declarou que o assassino representava o resultado mais repugnante, mas também inevitável e trágico do regime de Apartheid, um sistema que descrevia os negros como tão inferiores em direitos e na sociedade, que Strydom não os considerava como seres humanos.
"Quando ele disparou contra os seus corpos, era como se eles fossem vermes. Ele não via nenhum inconveniente: era natural para um Boer (fazendeiro), natural para um anticomunista, natural para um cristão. Ele não sentia nenhum remorso e tinha absolutamente razão de predizer que ele não morreria por enforcamento nem passaria a sua vida em prisão”, indicou.
-0- PANA CU/MA/AKA/JSG/SOC/FK/IZ 15nov2018