PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África do Sul apresenta desculpas à Nigéria pela deportação de seus cidadãos
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – O Governo sul-africano apresentou quinta-feira as suas desculpas à Nigéria pelo tratamento dados aos 125 Nigerianos detidos e deportados na última semana à sua chegada ao Aeroporto Internacional Oliver Tambo de Joanesburgo.
Estes Nigerianos foram recambiados por possuírem alegadamente falsas cadernetas de vacinação contra a febre amarela.
O vice-ministro das Relações Internacionais, Ebrahim Ebrahim, disse que o Governo sul-africano dirigiu uma carta de desculpas ao Governo nigeriano, indicando que o seu país "tomou nota da reação à decisão de impedir a entrada dos visitantes nigerianos".
Pouco antes, o ministro dos Serviços Presidenciais, Collins Chabane, anunciou, durante uma conferência de imprensa na Cidade do Cabo, que uma equipa foi formada para levar a cabo um inquérito sobre o caso.
Disse, por outro lado, que o Governo manifestou "a sua consternação e pesar" por este incidente que gerou um litígio diplomático entre a Nigéria e a África do Sul.
Na quarta-feira, os Serviços de Migração do aeroporto internacional Murtala Mohamed de Lagos, capital económica da Nigéria, recambiaram um terceiro grupo de 32 passageiros sul-africanos.
Os viajantes sul-africano foram deportados por "falta de documentos em dia", elevando para 116 o total de Sul-Africanos proibidos de entrar no território negeriano desde segunda-feira.
No entanto, este número continua ainda inferior ao dos Nigerianos (125) recambiados quinta-feira última no aeroporto internacional Oliver Tambo de Joanesburgo, por terem alegadamente apresentado falsos certificados de vacinação contra a febre amarela, segundo os Serviços de Migração sul-africanos.
As represálias diplomáticas entre as duas potências africanas, que têm uma história em matéria de cooperação e de boas relações que data da era do apartheid, mancharam as suas relações bilaterais.
O antigo Presidente sul-africano, Thabo Mbeki, fez parte das centenas de Sul-Africanos que receberam um visto e foram acolhidos na Nigéria à custa do Governo nigeriano em sinal de solidariedade para com o Congresso Nacional Africano (ANC) no auge do apartheid.
A Nigéria acredita que a razão avançada para justificar a deportação dos seus cidadãos, na origem do conflito diplomático, é apenas uma máscara destinada a cobrir o mau tratamento permanente dos seus cidadãos por este país da África Austral.
No entanto, o embaixador da África do Sul na Nigéria, Kingsley Mabolo, que foi convocado pelo Ministério nigeriano dos Negócios Estrangeiros para se explicar sobre a deportação dos passageiros nigerianos, assegurou que uma caderneta de vacinação em dia contra a febre amarela não era exigida apenas aos Nigerianos, mas também aos cidadãos de todos os países situados na cintura da febre amarela.
As autoridades sanitárias da Nigéria estimam que a África do Sul pecou em continuar a exigir esta caderneta de vacinação aos Nigerianos pois o último caso desta doença foi registado na Nigéria em 1995.
Por outro lado, segundo estas últimas, se países como o Reino Unido, os Estados Unidos e outros deixaram de pedir as cadernetas de vacinação contra a febre amarela dos viajantes nigerianos, não há razão para que a África do Sul continue a fazê-lo.
Enquanto isso, esforços diplomáticos para resolver a crise estão em curso a nível das duas partes.
"Estamos muito otimistas quanto ao resultado da reunião entre Mabolo e as autoridades nigerianas. Estão em curso concertações em torno duma próxima declaração pública. A Embaixada continua a receber informações sobre este caso. Posso assegurar-vos que, ao mais alto nível, estamos a tratar disso", indicou o porta-voz da Embaixada da África do Sul, Mothusi Choeunyane, ao diário "Guardian".
-0- PANA CU/VAO/FJG/AAS/IBA/CJB/IZ 09março2012
Estes Nigerianos foram recambiados por possuírem alegadamente falsas cadernetas de vacinação contra a febre amarela.
O vice-ministro das Relações Internacionais, Ebrahim Ebrahim, disse que o Governo sul-africano dirigiu uma carta de desculpas ao Governo nigeriano, indicando que o seu país "tomou nota da reação à decisão de impedir a entrada dos visitantes nigerianos".
Pouco antes, o ministro dos Serviços Presidenciais, Collins Chabane, anunciou, durante uma conferência de imprensa na Cidade do Cabo, que uma equipa foi formada para levar a cabo um inquérito sobre o caso.
Disse, por outro lado, que o Governo manifestou "a sua consternação e pesar" por este incidente que gerou um litígio diplomático entre a Nigéria e a África do Sul.
Na quarta-feira, os Serviços de Migração do aeroporto internacional Murtala Mohamed de Lagos, capital económica da Nigéria, recambiaram um terceiro grupo de 32 passageiros sul-africanos.
Os viajantes sul-africano foram deportados por "falta de documentos em dia", elevando para 116 o total de Sul-Africanos proibidos de entrar no território negeriano desde segunda-feira.
No entanto, este número continua ainda inferior ao dos Nigerianos (125) recambiados quinta-feira última no aeroporto internacional Oliver Tambo de Joanesburgo, por terem alegadamente apresentado falsos certificados de vacinação contra a febre amarela, segundo os Serviços de Migração sul-africanos.
As represálias diplomáticas entre as duas potências africanas, que têm uma história em matéria de cooperação e de boas relações que data da era do apartheid, mancharam as suas relações bilaterais.
O antigo Presidente sul-africano, Thabo Mbeki, fez parte das centenas de Sul-Africanos que receberam um visto e foram acolhidos na Nigéria à custa do Governo nigeriano em sinal de solidariedade para com o Congresso Nacional Africano (ANC) no auge do apartheid.
A Nigéria acredita que a razão avançada para justificar a deportação dos seus cidadãos, na origem do conflito diplomático, é apenas uma máscara destinada a cobrir o mau tratamento permanente dos seus cidadãos por este país da África Austral.
No entanto, o embaixador da África do Sul na Nigéria, Kingsley Mabolo, que foi convocado pelo Ministério nigeriano dos Negócios Estrangeiros para se explicar sobre a deportação dos passageiros nigerianos, assegurou que uma caderneta de vacinação em dia contra a febre amarela não era exigida apenas aos Nigerianos, mas também aos cidadãos de todos os países situados na cintura da febre amarela.
As autoridades sanitárias da Nigéria estimam que a África do Sul pecou em continuar a exigir esta caderneta de vacinação aos Nigerianos pois o último caso desta doença foi registado na Nigéria em 1995.
Por outro lado, segundo estas últimas, se países como o Reino Unido, os Estados Unidos e outros deixaram de pedir as cadernetas de vacinação contra a febre amarela dos viajantes nigerianos, não há razão para que a África do Sul continue a fazê-lo.
Enquanto isso, esforços diplomáticos para resolver a crise estão em curso a nível das duas partes.
"Estamos muito otimistas quanto ao resultado da reunião entre Mabolo e as autoridades nigerianas. Estão em curso concertações em torno duma próxima declaração pública. A Embaixada continua a receber informações sobre este caso. Posso assegurar-vos que, ao mais alto nível, estamos a tratar disso", indicou o porta-voz da Embaixada da África do Sul, Mothusi Choeunyane, ao diário "Guardian".
-0- PANA CU/VAO/FJG/AAS/IBA/CJB/IZ 09março2012