África do Sul apela à calma face a tensões em Gaza
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - O Departamento das Relações Internacionais e Cooperação (DIRCO, sigla em inglês) considerou "contraproducente" para a África do Sul cortar relações com Israel., soube a PANA de fonte oficial.
A consideração foi tecida depois de a Assembleia Nacional sul-africana ter aprovado uma moção, apelando ao Governo para fechar a sua embaixada em Tel Aviv, a capital de Israel, e, da mesma forma, a embaixada de Israel em Pretória, a capital sul-africana.
A resolução da Assembleia Nacional abre caminho à rutura dos laços diplomáticos entre os dois países até que Tel Aviv aceite um cessar-fogo e se envolva em negociações restritivas sob os auspícios das Nações Unidas.
Contudo, a resolução não é juridicamente vinculativa para o Governo, e o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, ainda não a revisou.
Na sua carta semanal à Nação, Ramaphosa sublinhou que, embora o conflito entre Israel e a Palestina tenha despertado fortes emoções, os sul-africanos devem fazer tudo para não agravar a situação.
Segundo ele, não há lugar na África do Sul para violência ou ameaças de violência contra aqueles que tenham opiniões contrárias.
Também não há espaço para qualquer forma de preconceito ou racismo no país, disse o chefe do Estado.
“Por mais fortes que sejam as nossas opiniões sobre esta questão, devemos fazer tudo para este conflito não nos colocar uns contra outros, como sul-africanos”, alertou.
O Presidente Ramaphosa sublinhou que o apoio à luta palestiniana não pode ser equiparado ao anti-semitismo.
-0- PANA CU/RA/MTA/IS/SOC/MAR/DD 24novembro2023