Agência Panafricana de Notícias

África determinada a reduzir fractura digital

Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- A 14ª cimeira ordinária da União Africana, que se iniciará domingo em Addis Abeba, vai dar as directivas fortes para acelerar a redução da fratura digital entre o restante do mundo e a África que apenas conta actualmente 2,5 porcento de utentes da Internet, disse sexta- feira em Addis Abeba o comissário da UA encarregue das Novas Tecnologias, Comunicação e Informação (NTIC).
Jean-Pierre Onvehoun Ezin, que falava durante uma conferência de imprensa, justificou a escolha das TIC como tema da 14ª cimeira pela vontade dos dirigentes africanos de fazer delas uma preocupação essencial nacional e continental.
"Os nossos chefes de Estados estão conscientes das implicações das TIC.
E cada país está interessado por elas em função dos seus meios.
Desta vez, vamos rumo a um procedimento africano colectivo.
Enquanto Comissão da UA, esperamos uma directiva clara dos nossos chefes de Estado nesta área", disse.
O Comissário para as NTIC da UA exortou igualmente os países africanos a aproveitarem a banda larga que cobre o continente para acelerar o desenvolvimento das TIC, sobretudo o uso de alta velocidade.
"A banda larga que atraversa o mar cobre quase todo o continente.
Temos de tirar proveito disso para conectar as nossas cidades e até as nossas aldeias.
Temos de nos consciencializar das possibilidades que nos oferece a nossa posição geográfica", sustentou.
Segundo Onvehoun Ezin, a África possui, em matéria de TIC uma experiência com que pode contar para reduzir facilmente o seu atraso.
"O mundo deve invenções das TIC de primeira ordem a jovens Africanos que, por não terem oportunidades no seu país, foram colocar o seu conhecimento ai serviço de outras regiões do mundo.
A nossa ambição é trazer de volta todos estes jovens inventores em África", assegurou o comissário da UA.
A 14ª cimeira da UA decorrerá durante três dias sob o lema "As tecnologias da Comunicação e Informação (TIC) em África: desafios e perspectiva para o desenvolvimento".
Os chefes de Estado vão discutir igualmente sobre diversas crises que sacudem o continente, incluindo as da Somália, da Guiné-Conakry, de Darfur (oeste sudanês), de Madagáscar e das ilhas Comores.