PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África Oriental contra "dolarização" da economia regional
Nairobi, Quénia (PANA) – Os governadores dos bancos centrais da África Oriental lançaram uma batalha contra a "dolarização" crescente da economia regional e o efeito contagioso de uma procura também crescente de consumidores no Sudão Sul, enquanto a região se dirige para uma unidade económica.
Os governadores dos bancos centrais dos cinco países da África Oriental (Burundi, Quénia, Rwanda, Tanzânia e Uganda) lamentaram o efeito crescente da "dolarização", estimada em 27 a 30 porcento de todos os depósitos bancários e considerada como um fator de risco para a estabilidade monetária.
Eles queixaram-se dos efeitos de uma economia cada vez mais "dolarizada", sublinhando que a conversão das divisas era igualmente responsável pela inflação crescente na região.
Por exemplo, o governador do Banco Central da Tanzânia, Benno Ndulu, disse durante uma reunião regional em Nairobi, quarta-feira, que uma parte considerável (28 porcento) do dinheiro consagrado às importações de crude resulta da taxa de câmbio, o que levou a "uma forte inflação e enfraquecimento das moedas locais na África Oriental".
No encontro organizado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) sobre os meios de conter os efeitos da crise da dívida da Zona Euro, Ndulu convidou os bancos centrais da África Oriental a reavaliarem os seus métodos de pesquisa e a concentrarem-se nos setores capazes de pressionar mais ainda a taxa de inflação.
Na região da África Oriental, todos os importadores de crude registaram uma alta da sua taxa de inflação.
A Tanzânia registou a taxa de inflação sobre os produtos alimentares mais elevada, que é atualmente de 47,8 porcento contra 27 porcento no Uganda, 38 porcento no Quénia e 35 porcento no Rwanda e 18 porcento na África do Sul.
De acordo com Ndulu, é necessária uma fórmula regional para harmonizar a recolha de dados sobre a inflação e a inflação dos preços dos produtos alimentares "é evidentemente mais forte na Tanzânia", onde foram recolhidos dados em 18 cidades e comunidades rurais mais afastadas, envolvendo os lares mais pobres.
Por seu turno, o diretor de Pesquisa do Banco Central do Uganda, Adam Mugume, indicou que a duplicação dos preços do açucar em Kampala e noutras regiões do país e a procura crescente dos consumidores no norte ugandês e no Sudão Sul orientou em parte a procura de produtos importados no Uganda.
"As nossas importações passam pelo Sudão Sul e são na sua maioria de produtos nacionais que acentuam a inflação", disse Mugume aos 40 delegados e oito governadores de banco central presentes na reunião.
O encontro dos governadores foi convocado para se discutir uma resposta estatégica à inflação atribuída à "dolarização", à depreciação das moedas locais como consequência de uma procura de crédito estimulada localmente pelas importações e pela crise da dívida da Zona Euro.
-0- PANA AO/SEG/FJG/JSG/CJB/IZ 14fev2012
Os governadores dos bancos centrais dos cinco países da África Oriental (Burundi, Quénia, Rwanda, Tanzânia e Uganda) lamentaram o efeito crescente da "dolarização", estimada em 27 a 30 porcento de todos os depósitos bancários e considerada como um fator de risco para a estabilidade monetária.
Eles queixaram-se dos efeitos de uma economia cada vez mais "dolarizada", sublinhando que a conversão das divisas era igualmente responsável pela inflação crescente na região.
Por exemplo, o governador do Banco Central da Tanzânia, Benno Ndulu, disse durante uma reunião regional em Nairobi, quarta-feira, que uma parte considerável (28 porcento) do dinheiro consagrado às importações de crude resulta da taxa de câmbio, o que levou a "uma forte inflação e enfraquecimento das moedas locais na África Oriental".
No encontro organizado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) sobre os meios de conter os efeitos da crise da dívida da Zona Euro, Ndulu convidou os bancos centrais da África Oriental a reavaliarem os seus métodos de pesquisa e a concentrarem-se nos setores capazes de pressionar mais ainda a taxa de inflação.
Na região da África Oriental, todos os importadores de crude registaram uma alta da sua taxa de inflação.
A Tanzânia registou a taxa de inflação sobre os produtos alimentares mais elevada, que é atualmente de 47,8 porcento contra 27 porcento no Uganda, 38 porcento no Quénia e 35 porcento no Rwanda e 18 porcento na África do Sul.
De acordo com Ndulu, é necessária uma fórmula regional para harmonizar a recolha de dados sobre a inflação e a inflação dos preços dos produtos alimentares "é evidentemente mais forte na Tanzânia", onde foram recolhidos dados em 18 cidades e comunidades rurais mais afastadas, envolvendo os lares mais pobres.
Por seu turno, o diretor de Pesquisa do Banco Central do Uganda, Adam Mugume, indicou que a duplicação dos preços do açucar em Kampala e noutras regiões do país e a procura crescente dos consumidores no norte ugandês e no Sudão Sul orientou em parte a procura de produtos importados no Uganda.
"As nossas importações passam pelo Sudão Sul e são na sua maioria de produtos nacionais que acentuam a inflação", disse Mugume aos 40 delegados e oito governadores de banco central presentes na reunião.
O encontro dos governadores foi convocado para se discutir uma resposta estatégica à inflação atribuída à "dolarização", à depreciação das moedas locais como consequência de uma procura de crédito estimulada localmente pelas importações e pela crise da dívida da Zona Euro.
-0- PANA AO/SEG/FJG/JSG/CJB/IZ 14fev2012