Dakar, Senegal (PANA) – O chefe de Estado senegalês, Macky Sall, reafirmou quarta-feira, em Dakar, a sua decisão de não legalizar a homossexualidade, uma posição que exprimiu em 2013 durante a visita ao Senegal pelo então Presidente americano, Barack Obama.
"Não se pode pedir ao Senegal que legalize a homossexualidade e amanhã será a Gay Pride. Isto não é possível”, declarou à imprensa no termo de uma entrevista com o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau.
A questão foi levantada durante o seu encontro com Trudeau, chegado terça-feira à noite a Dakar para uma visita oficial de três dias.
"Evidentemente, respeito a sua escolha (de Trudeau) de ser defensor dos direitos, não sou menos um. Só que as leis do nossos país obedecem a normas que são o condensado dos nossos valores de cultura e de civilização. Com efeito, estas leis são o reflexo desta visão, da nossa maneira de viver e de ser. Isto nada tem a ver com a homofobia”, acrescentou o Presidente Sall.
Lembrou que o Senegal é um Estado de Direito mas que as suas leis proíbem algumas práticas atentatórias contra os bons costumes do país, nomeadamente a homossexualidade.
"É isto que se aplica, mas os que têm uma orientação sexual segundo a sua escolha não são objeto de exclusão”, disse.
A visita de Trudeau destinou-se a reforçar as relações entre o Canadá e o Senegal, dois países cuja cooperação data do início de 1960.
-0- PANA AAS/BEH/MAR/IZ 12fev2020