PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Onda de optimismo antecede XII cimeira da UA em Addis Abeba
Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- Os trabalhos da XII cimeira da União Africana (UA) iniciar-se-ao domingo na capital etíope com um ambiente de optimismo caracterizado por uma vontade de se dar o primeiro passo no processo de proclamação do governo federal africano que dotará o continente negro de um verdadeiro executivo, nomeadamente após a retirada (do poder) de um dos mais fervorosos defensores da "abordagem gradual" e da filosofia de "passo a passo", o ex- Presidente sul-africano, Thabo Mbeki.
O optimismo que marca o ambiente desta cimeira vê-se através de vários sinais, nomeadamente o notado há alguns dias em Tripoli (Líbia), a capital da iniciativa do projecto unionista africano, e onde uma evolução foi registada na atitude líbia que acredita cada vez mais na possibilidade do lançamento do governo federal africano com os países já prontos para embarcar neste navio.
Tripoli esperava até agora a formação do executivo continental com o acordo de todos os países membros da UA.
Por outro lado, o guia líbio, Muamar Kadafi, vê, no recurso às massas populares africanas a fim de tirar este projecto unionista da morosidade de cimeiras fechadas e de discussões intermináveis, uma última oportunidade para incitar "os indecisos e os duvidosos" a despertarem e tirarem as lições daqueles que caíram por terem simplesmente tentado retardar a reivindicação das populações africanas desejosas da unidade, e a começarem a pensar em "colocar nos carrís o comboio da unidade", estacionado no cais desde há demasiado tempo e que poderá lá ficar definitivamente, face às exigências da mundialização, com aqueles que já estão prontos e que esperam pelos atrasados.
Segundo vários peritos africanos presentes em Addis Abeba, a grave crise financeira mundial representa hoje um factor estimulante que ajuda a construir um espaço africano unido e capaz de ser um interlocutor tão potente como a China ou a União Europeia (UE) no quadro da busca de alternativas.
Numerosos observadores estimam, no mesmo contexto, que o facto de certos países continuarem a entrincheirar-se atrás da ilusão da "soberania nacional" já não é convincente.
Eles pensam igualmente que este argumento se tornou num objecto de zombaria pois, frisam, grandes potências económicas, tais como a China e a UE, continuam a lutar para obter um lugar na nova carta do mundo ao passo que micro Estados se gabam da sua soberania nacional que é apenas uma simples tinta no papel da sua magra constituição.
Por outro lado, a chegada de Barack Obama, um mestiço nascido dum pai queniano e duma mãe branca de nacionalidade americana, à Casa Branca em Washington, nos Estados Unidos de América, pode servir de indicador forte ao continente africano, mesmo se África não espera dele grande coisa na medida em que ele não adquiriu esta posição por milagre, mas pelo preço de enormes sacrifícios feitos ao longo de muitas décadas no quadro da luta corajosa dos Negros pela conquista dos seus direitos.
Todavia, tendo em conta as origens africanas de Obama, uma esperança nasceu nos Africanos, nomeadamente após as declarações deste último segundo as quais ele vai dar uma maior prioridade às questões de desenvolvimento.
No entanto, interroga-se hoje em Addis Abeba se os indecisos face ao projecto do executivo federal africano compreenderão finalmente que o desenvolvimento do continente africano não se realizará com micro Estados perdidos no meio de espaços gigantes mas si com um espaço africano unificado que responda às exigências da nova carta do mundo.
O optimismo que marca o ambiente desta cimeira vê-se através de vários sinais, nomeadamente o notado há alguns dias em Tripoli (Líbia), a capital da iniciativa do projecto unionista africano, e onde uma evolução foi registada na atitude líbia que acredita cada vez mais na possibilidade do lançamento do governo federal africano com os países já prontos para embarcar neste navio.
Tripoli esperava até agora a formação do executivo continental com o acordo de todos os países membros da UA.
Por outro lado, o guia líbio, Muamar Kadafi, vê, no recurso às massas populares africanas a fim de tirar este projecto unionista da morosidade de cimeiras fechadas e de discussões intermináveis, uma última oportunidade para incitar "os indecisos e os duvidosos" a despertarem e tirarem as lições daqueles que caíram por terem simplesmente tentado retardar a reivindicação das populações africanas desejosas da unidade, e a começarem a pensar em "colocar nos carrís o comboio da unidade", estacionado no cais desde há demasiado tempo e que poderá lá ficar definitivamente, face às exigências da mundialização, com aqueles que já estão prontos e que esperam pelos atrasados.
Segundo vários peritos africanos presentes em Addis Abeba, a grave crise financeira mundial representa hoje um factor estimulante que ajuda a construir um espaço africano unido e capaz de ser um interlocutor tão potente como a China ou a União Europeia (UE) no quadro da busca de alternativas.
Numerosos observadores estimam, no mesmo contexto, que o facto de certos países continuarem a entrincheirar-se atrás da ilusão da "soberania nacional" já não é convincente.
Eles pensam igualmente que este argumento se tornou num objecto de zombaria pois, frisam, grandes potências económicas, tais como a China e a UE, continuam a lutar para obter um lugar na nova carta do mundo ao passo que micro Estados se gabam da sua soberania nacional que é apenas uma simples tinta no papel da sua magra constituição.
Por outro lado, a chegada de Barack Obama, um mestiço nascido dum pai queniano e duma mãe branca de nacionalidade americana, à Casa Branca em Washington, nos Estados Unidos de América, pode servir de indicador forte ao continente africano, mesmo se África não espera dele grande coisa na medida em que ele não adquiriu esta posição por milagre, mas pelo preço de enormes sacrifícios feitos ao longo de muitas décadas no quadro da luta corajosa dos Negros pela conquista dos seus direitos.
Todavia, tendo em conta as origens africanas de Obama, uma esperança nasceu nos Africanos, nomeadamente após as declarações deste último segundo as quais ele vai dar uma maior prioridade às questões de desenvolvimento.
No entanto, interroga-se hoje em Addis Abeba se os indecisos face ao projecto do executivo federal africano compreenderão finalmente que o desenvolvimento do continente africano não se realizará com micro Estados perdidos no meio de espaços gigantes mas si com um espaço africano unificado que responda às exigências da nova carta do mundo.