Agência Panafricana de Notícias

OMS determinada a enfrentar desafios de acesso aos cuidados médicos em Angola

Luanda, Angola (PANA) - O sistema das Nações Unidas está empenhado em enfrentar os desafios do acesso aos cuidados de saúde, garantindo que ninguém seja deixado para trás, declarou segunda-feira em Luanda o representante interino da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Angola, Zabulon Yoti.

“Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) orientam o nosso trabalho, e a saúde está no centro de muitos destes objetivos, especialmente o ODS 3, de assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”, afirmou Yoti, por ocasião do Dia das Nações Unidas, celebrado nessa ocasião em Luanda.

Sublinhou que o mandato fundamental da ONU é promover a paz, o desenvolvimento e os Direitos Humanos.

Em 2024, ao reconhecer que o mundo precisa das Nações Unidas, a OMS destaca “o direito à saúde como um direito humano fundamental” para milhões de pessoas em Angola e não só", disse Yoti, assegurando igualmente que "o acesso a serviços de saúde de qualidade, ao ar puro e à boa nutrição, continua a ser a nossa prioridade”.

Neste dia das Nações Unidas, disse, celebra-se, também, o progresso de Angola na melhoria dos resultados da saúde, graças aos esforços de colaboração entre a OMS, o Governo angolano e homólogos das Nações Unidas.

“Desde a expansão dos programas de vacinação até a melhoria dos serviços de saúde materno-infantil, o nosso trabalho coletivo tem um impacto real na vida de milhões de angolanos”, regozijou-se, frisando que as Nações Unidas envidam esforços para o cumprimento da Agenda 2030

Entre outras intervenções de responsáveis das agências especializadas da ONU, figura a chefe do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, sigla em inglês), Manuela Carneiro, que indicou que o objetivo global do trabalho de assistência da sua instituição, em todos os países, é, em primeiro lugar, garantir um mundo livre de drogas, de crime, de terrorismo e de corrupção, respeitando, simultaneamente, os direitos humanos, empoderando as mulheres, envolvendo os jovens e promovendo a paz e o desenvolvimento.

Por sua vez, o chefe da missão da Organização Internacional para as Migrações (OIM), David Martineau, disse que a sua instituição acredita que a migração pode ser uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento em Angola, “num contexto em que a promessa de não deixar ninguém para trás e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável correm o risco de não serem concretizados.”

Indicou que a OIM está comprometida em apoiar o Governo angolano, na continuação da criação de políticas que favoreçam uma migração regular e na integração dos migrantes nos planos de desenvolvimento, tais como a redução de riscos de desastres e a promoção de sociedades inclusivas, alinhadas aos ODS.

“A OIM pretende trabalhar com o Governo e outros Estados-membros na região na facilitação de caminhos para a migração regular, que abranjam todo o Governo e a sociedade, a fim de facilitar a segurança de pessoas e bens, serviços, conhecimentos e a inovação e, também, abordar e apoiar em questões relacionadas com as mudanças climáticas.

Do seu lado, o diretor do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Custódio Mucavele, considerou a celebração do Dia das Nações Unidas uma oportunidade para se refletir sobre a importância da cooperação internacional, da paz e do desenvolvimento sustentável.

“O FIDA contribui diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, em particular na erradicação da pobreza”, disse, adiantando que a efeméride lembra que “juntos podemos enfrentar os maiores desafios globais.”

Custódio Mucavele disse, ainda, que o FIDA tem desempenhado um papel crucial no apoio ao Governo angolano, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento agrícola sustentável e à melhoria das condições de vida das populações rurais.

Tomando a palavra nessa ocasião, o representante interino da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, sigla em inglês=, Paulo Dias, disse tratar-se de uma oportunidade para se refletir sobre a importância da cooperação internacional, da paz e do desenvolvimento sustentável.

A presença da FAO em Angola e no mundo, disse, contribui diretamente para o alcance de vários ODS da ONU, com especial atenção para o número um, referente à erradicação da pobreza, e o número dois, ao estabelecimento da “Fome Zero”.

Paulo Dias acrescentou que a organização tem desempenhado um papel crucial no apoio técnico ao Governo angolano, no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável da agricultura familiar, facto que, a seu ver, contribui, de forma significativa, para o abastecimento dos mercados nacionais e a geração de emprego, sobretudo em zonas rurais.

-0- PANA JA/DD 5nov2024