Congresso togolês elege Presidente da República
Lomé, Togo (PANA) - O Congresso togolês marcou uma etapa histórica ao eleger, por unanimidade, Jean-Lucien Savi de Tové Presidente da República, soube a PANA de fonte oficial.
Esta eleição, oficializada sábado último, 3 de maio de 2025, surge num contexto de entrada em vigor da V República, instaurando assim um regime parlamentar, em que a função presidencial se torna essencialmente honorífica.
A transição segue-se à designação de Faure Gnassingbé (chefe do Estado cessante) como presidente do Conselho de Ministros, que, doravante, detém o essencial do poder executivo.
Até então opositor, Jean-Lucien Savi de Tové, obteve os 150 votos do Parlamento reunido em Congresso e prestou juramento a 3 de maio de 2025, em conformidade com a nova Constituição.
Esta lhe confere o papel de encarnação da unidade nacional, de garante da Constituição e da continuidade do Estado, limitando no entanto os seus poderes à acreditação de embaixadores, ao acolhimento de diplomatas e ao direito de indulto individual.
“Perante Deus e perante o povo togolês, único detentor da soberania nacional, nós, Jean Lucien Savi Tové, Presidente da República do Togo, eleito em conformidade com as leis da República, juramos solenemente fidelidade à Constituição da República e comprometemo-nos a consagrar os nossos esforços ao bem-estar do povo togolês e trabalhar em prol da consolidação da unidade nacional”, declarou o novo chefe do Estado togolês.
Por sua vez, o presidente do Congresso, Kodjo Adedze, saudou esta eleição como “um momento de consolidação da democracia togolesa e respeito da vontade do povo, expresso através da nova Constituição."
”Em nome dos presidentes das duas câmaras do Parlameno, endereçamos à sua Excelência senhor Presidente da República as nossas calorosas e respeitosas saudações pela sua brilhante eleição. A sua eleição denota a confiança depositada na sua pessoa, traduz igualmete o reconhecimento das suas qualidades de estadista, do seu compromisso com um Togo reconciliado e próspero", prosseguiu.
De facro a instauração da V República marcou uma viragem política no Togo, transformando o regime num sistema parlamentar onde o papel presidencial é largamente honorífico.
Faure Gnassingbé, que governou o país durante cerca de 20 anos, conserva o essencial das suas prerrogativas executivas, ao ser eleito presidente do Conselho de Ministros togolês, pedra angular do poder político, segundo a mesma fonte,