CAADP intensifica produção alimentar sustentável em África
Addis Abeba, Etiópia (PANA) - A estratégia e o plano de ação do Programa Integrado de Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP) , para os próximos 10 anos, visam intensificar a produção alimentar sustentável, a agroindustrialização e o comércio, com o fito de transformarem os sistemas agroalimentares do continente africano, soube a PANA de fonte oficial.
De acordo com o mesmo plano, estes esforços centram-se no reforço dos sistemas de insumos agrícolas, na promoção de práticas amigas do ambiente, na adoção de tecnologias emergentes, na promoção do desenvolvimento agroempresarial e no reforço das cadeias de valor regionais.
A meta é aumentar a produtividade e posicionar os produtos agrícolas africanos de forma competitiva nos mercados continentais e mundiais, segundo o mesmo documento.
De acordo com o CAADP, impulsionar o investimento e o financiamento da transformação implica melhorar os investimentos agrícolas públicos e privados, aumentar a despesa pública específica do setor, desenvolver projetos emblemáticos e alavancar modelos de financiamento inovadores.
Estas medidas são vitais para ultrapassar obstáculos e acelerar o crescimento dos sistemas agroalimentares.
No tocante à garantia da segurança alimentar e nutricional, a agenda prioriza o uso da agricultura para melhorar a nutrição, fortalecendo políticas e programas relacionados com o avanço nos sistemas de segurança alimentar para abordar a desnutrição de forma holística, promovendo dietas mais saudáveis para todos os africanos.
Na vertente da promoção da inclusão e de meios de subsistência equitativos, o objetivo é abordar as desigualdades nos sistemas agroalimentares.
As intervenções incluirão a melhoria da infraestrutura rural, a expansão do acesso a recursos para grupos marginalizados, a implementação de medidas de proteção social e a capacitação económica de mulheres e jovens.
A nova estrategia pós-Malabo, está orientado pelos princípios da apropriação nacional, da inclusão e sustentabilidade para construir sistemas agroalimentares resilientes no reforço das capacidades humanas e institucionais e no aumento da capacidade de adaptação dos sistemas aos choques.
“A promoção de uma agricultura inteligente em termos climáticos e a diversificação serão fundamentais para a resiliência a longo prazo”, lê -se no documento.
Este quadro integrado da agricultura vai promover a inclusão de meios de subsistência equitativos, de forma a inverter desigualdades nos sistemas agroalimentares, intervenções estas que incluem a melhoria das infraestuturas rurais, a expansão do acesso a recursos para grupos marginalizados, a implementação de medidas de proteção social e a capacitação económica de mulheres e jovens.
Segundo a mesma plataforma, na sua visão estratégica, é crucial compreender os principais fatores e tendências que irão influenciar os sistemas agroalimentares na próxima década, sobretudo no tocante à rápida urbanização e à mudança dos padrões de consumo alimentar para refeições prontas a consumir.
As preocupações estendem-se pelo aumento da procura de produtos diversificados e de alta qualidade devido ao crescimento económico e a uma classe média em crescimento, que estão a impulsionar as cadeias de valor agroalimentares.
Segundo uma nota, estes fatores realçam a necessidade de políticas que apoiem as indústrias de transformação como elos críticos entre os agricultores e os mercados em expansão.
O aproveitamento das receitas minerais para financiar as iniciativas do CAADP pode apoiar ainda mais as intervenções para o aumento do valor, devido às vulnerabilidades do mercado e às estratégias de adaptação, assegurando um crescimento sustentável em todos os sistemas agroalimentares de África.
O mesmo aproveitamento faz parte de uma estratégia adotada para esta nova etapa.
-0- PANA JF/DD 19março2025