Agência Panafricana de Notícias

União Europeia desembolsa 200.000 euros para ajudar congoleses refugiados no Burundi

Bujumbura, Burundi (PANA) - A União Europeia (UE) disponibilizou 200.000 euros com ajuda humanitária para apoiar congoleses requerentes de asilo em massa no Burundi, soube a PANA junto duma representação local do Escritório das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (OCHA).

Num comunicado, o OCHA indica que, face a uma crise humanitária que se agrava rapidamente, o fundo visa a fornecer uma assistência vital a milhares de pessoas em situação de disgraça. 

O conflito armado em curso no leste da República Democrática do Congo provocou um êxodo massivo, com mais de 65.000 pessoas refugiadas no Burundi, ou seja, “um dado que não para de aumentar todos os dias”, segundo o mesmo documento.

O OCHA deplora que “muitos destes refugiados congoleses estejam a viver em condições extremamente precárias, nomeadamente em abrigos sobrepovoados e sem acesso suficiente às infraestruturas sanitárias.”

O afluxo de refugiados agrava os desafios existentes, pressionando assim a economia local e infraestruturas, e exacerbando ainda as condições de vida já frágeis das comunidades de acolhimento" no Burundi, lamenta o OCHA.

O comunicado precisa que o financiamente da UE reforçará os esforços da Cruz Vermelha do Burundi para dar ajuda essencial, nomeadamente abrigos de emergência, produtos de primeira necessidade, acesso à água potável, aos cuidados médicos e à higiene.

Prevê-se igualmente, de acordo com a mesma fonte, a abertura de pontos de serviços humanitarios nos principais pontos de entrada, bem como medidas reforçadas de proteção e apoio às populações vulneráveis, lê-se na nota.

O emprenndimento, a ser feito durante um período de quatro meses até finais de junho de 2025, proporcionará serviços vitais imediatos a pelo menos 6.000 requerentes de asinlo e beneficiará  20.000 pessoas deslocadas e membros das comunidades de acolhimento.

A maioria destes refugiados fogem de atos de violência nas províncias de Kivu-Norte e Sul (leste), onde se confrontam as Forças Armadas da RDC (FARDC) com os rebeldes do Movimento de 23 de Março de 2009 )M23), apoiados, segundo diversos relatórios internacionais, pelo Rwanda.

-0- PANA FB/JSG/DD 19março2025