Agência Panafricana de Notícias

Zuma descarta ameaça de revolução de tipo árabe na África do Sul

Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – O vento da revolta que soprou nos países árabes não afetará a África do Sul, segundo o Presidente Jacob Zuma.

Falando na inauguração do Centro de Pesquisa sobre a Mediação Africana de Durban, terça-feira, o Presidente Zuma indicou que os confrontos na África do Norte e no Médio Oriente eram o resultado do cansaço das populações de serem governadas por regimes autocráticos.

« Houve muitas especulações sobre a causa destes confrontos. A resposta é simplesmente que os povos desejam participar na gestão dos assuntos dos seus próprios países. Eles desejam Governos que representam as suas aspirações », afirmou.

Para Zuma, nada pode travar povos que aspiram à liberdade. Ele lembrou que a
história da África do Sul mostrou que nenhuma força, por tão poderosa que seja, pode opor-se a um povo que deseja a mudança.

« O exílio, a tortura, a prisão ou mesmo os assassinatos não conseguiram impedir as massas da África do Sul de reclamar pela liberdade e não foram bem sucedidos noutros lugares », acrescentou.

O Centro de Pesquisa sobre a Mediação Africana é uma divisão da Associação dos Provedores de Justiça Africanos (AOMA), uma organização que se consagra ao respeito pela boa governação, pelo Estado de direito e pelos direitos humanos apoiando, desenvolvendo e protegendo a independência das instituições de mediação em todo o continente.

Este centro terá a missão de sensibilizar as populações à existência das instituições de mediação, produzindo, protegendo e divulgando informações relativas a estas instituições e efetuando buscas sobre as tendências e as práticas ligadas a estas instituições em África.

Os 36 provedores de justiça membros da AOMA, liderados pelo seu presidente e provedor de justiça de Angola, Paulo Tjipilica, assistiram à inauguração do centro.

-0- PANA CU/SEG/FJG/JSG/MAR/IZ 16março2011