Zuma condena comissão sobre corrupção na África do Sul
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - O ex-Presidente sul-africano, Jacob Zuma, criticou no sábado a Comissão de Inquérito por tê-lo convocado para comparecer perante ela, em novembro.
O ex-Presidente Zuma declarou estar preocupado com um relato do Sunday Times segundo o qual a comissão está a investigar atualmente sobre as contas bancárias dos seus filhos.
Declarou que, além da "teimosia" da comissão de lhe pedir as suas contas, os seus filhos são vítimas de "investigações clandestinas".
"Os meus filhos vivem as suas vidas separadamente e devem ser tratados como qualquer filho ou pessoa que não se tenha envolvido em qualquer delito. Até ao momento, não lhes foi dada nenhuma notificação a indicar que eles estão implicados de alguma", declarou Zuma num comunicado.
Afirma ter tolerado um assédio intenso e a difamação implacável durante 25 anos.
"Os meus oponentes agora decidiram atingir os meus filhos e é aqui que eu digo párem e declaro que este assédio aos meus filhos é uma declaração de guerra (...) Já estou farto. Eu e a minha família não conhecemos a paz sob o Apartheid e ainda assim continuamos marcados na África do Sul pós-Apartheid ", acrescentou.
A Fundação Jacob Zuma declarou na semana passada que a Comissão "nada mais é do que uma bastardização dos processos jurídicos que visam alcançar objetivos políticos para aqueles que puxam os fios".
Zuma recusou-se a comparecer à comissão no mês passado, alegando que tinha outros compromissos.
O advogado Paul Pretorius, que representa a equipa jurídica da comissão, declarou a Zondo que 34 testemunhas, que compareceram perante a comissão, implicaram Zuma em actos de corrupção. Portanto, é necessário que testemunha.
-0- PANA CU/AR/ASA/TBM/MAR/IZ 19out2020