PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
XIV Cimeira da OIF incapaz de buscar acordo sobre resolução de crise no leste da RD Congo
Kinshasa, RD Congo (PANA) – Os chefes de Estado e de Governo dos países membros da Organização Internacional da Francofonia (OIF) não conseguiram encontrar um acordo sobre a condenação da ação dos grupos armados no leste da República Democrática do Congo (RDC)), indicou domingo à PANA uma fonte segura em Kinshasa.
O desacordo entre estes dirigentes foi observado sábado último, primeiro dia dos trabalhos da XIV Cimeira da OIF que terminou domingo, de acordo com a fonte.
Debates que continuaram à porta fechada até 20 horas do sábado não permitiram à Cimeira encontrar um compromisso sobre a resolução proposta pela RD Congo que foi compulsivamente impugnada pelo Rwanda.
"É uma resolução em três parágrafos. Os dois primeiros estabelecem a lista das violações dos direitos humanos e dos crimes cometidos no leste da RD Congo. O terceiro parágrafo condena a ação destes grupos armados e exige uma ação judicial contra a mesma. E justamente a este nível que se situa o impasse", revelou à PANA um participante nestas discussões à porta fechada dos chefes de Estado e de Governo da OIF.
"A ministra rwandesa dos Negócios Estrangeiras, Louise Mushikiwabo, tomou por duas vezes a palavra diante dos chefes de Estado para reafirmar a oposição do seu país sobre este texto", acrescentou.
Segundo uma fonte interna à OIF, se os chefes de Estado e de Governo não conseguirem entender-se, a resolução deverá ser adotada com a reserva explícita do Rwanda.
O Conselho Permanente da Francofonia (CPF) e a Conferência Ministerial (CMF), que se reuniram em sessões preparatórias para a Cimeira, não conseguiram ultrapassar a oposição entre o Rwanda e a RD Congo sobre o projeto de resolução.
Apesar de a RD Congo ter aceite que os atos da Frente Democrática de Libertação do Rwanda (FDLR, rebelião rwandesa no território congolês) fossem denunciados no texto, ao mesmo tempo que os do M23 (rebelião congolesa alegadamente apoiada pelo Rwanda), o Rwanda mantém a sua reserva, de acordo com a mesma fonte.
A XIV Cimeira da Francofonia analisou, por outro lado, outras crises que assolam o continente, nomeadamente na Côte d’Ivoire, em Madagáscar, na Guiné-Conakry, no Mali e na Guiné-Bissau.
Os trabalhos retomaram domingo de manhã com a análise da situação da língua francesa no mundo.
Terra de nascimento da Francofonia, África é a única região do mundo onde o francês continua a progredir.
Cerca de 80 porcento dos 700 milhões de francófonos do mundo serão africanos em 2050, soube-se da mesma fonte.
Após os debates sobre a língua francesa, a Cimeira debruçou-se sobre as implicações económicas e ambientais no espaço francófono.
Os dois assuntos já foram introduzidos por alguns oradores da cerimónia de abertura da Cimeira que decorrou sob o lema "Francofonia: Implicações Ambientais e Económicas face à Governação Mundial".
Os chefes de Estado e de Governo dos 75 países membros da OIF e observadores findaram domingo os seus trabalhos com a adoção duma "Declaração de Kinshasa" que designou o Senegal como país anfitrião da XV Cimeira em 2013.
-0- PANA SEI/JSG/IBA/CJB/DD 15out2012
O desacordo entre estes dirigentes foi observado sábado último, primeiro dia dos trabalhos da XIV Cimeira da OIF que terminou domingo, de acordo com a fonte.
Debates que continuaram à porta fechada até 20 horas do sábado não permitiram à Cimeira encontrar um compromisso sobre a resolução proposta pela RD Congo que foi compulsivamente impugnada pelo Rwanda.
"É uma resolução em três parágrafos. Os dois primeiros estabelecem a lista das violações dos direitos humanos e dos crimes cometidos no leste da RD Congo. O terceiro parágrafo condena a ação destes grupos armados e exige uma ação judicial contra a mesma. E justamente a este nível que se situa o impasse", revelou à PANA um participante nestas discussões à porta fechada dos chefes de Estado e de Governo da OIF.
"A ministra rwandesa dos Negócios Estrangeiras, Louise Mushikiwabo, tomou por duas vezes a palavra diante dos chefes de Estado para reafirmar a oposição do seu país sobre este texto", acrescentou.
Segundo uma fonte interna à OIF, se os chefes de Estado e de Governo não conseguirem entender-se, a resolução deverá ser adotada com a reserva explícita do Rwanda.
O Conselho Permanente da Francofonia (CPF) e a Conferência Ministerial (CMF), que se reuniram em sessões preparatórias para a Cimeira, não conseguiram ultrapassar a oposição entre o Rwanda e a RD Congo sobre o projeto de resolução.
Apesar de a RD Congo ter aceite que os atos da Frente Democrática de Libertação do Rwanda (FDLR, rebelião rwandesa no território congolês) fossem denunciados no texto, ao mesmo tempo que os do M23 (rebelião congolesa alegadamente apoiada pelo Rwanda), o Rwanda mantém a sua reserva, de acordo com a mesma fonte.
A XIV Cimeira da Francofonia analisou, por outro lado, outras crises que assolam o continente, nomeadamente na Côte d’Ivoire, em Madagáscar, na Guiné-Conakry, no Mali e na Guiné-Bissau.
Os trabalhos retomaram domingo de manhã com a análise da situação da língua francesa no mundo.
Terra de nascimento da Francofonia, África é a única região do mundo onde o francês continua a progredir.
Cerca de 80 porcento dos 700 milhões de francófonos do mundo serão africanos em 2050, soube-se da mesma fonte.
Após os debates sobre a língua francesa, a Cimeira debruçou-se sobre as implicações económicas e ambientais no espaço francófono.
Os dois assuntos já foram introduzidos por alguns oradores da cerimónia de abertura da Cimeira que decorrou sob o lema "Francofonia: Implicações Ambientais e Económicas face à Governação Mundial".
Os chefes de Estado e de Governo dos 75 países membros da OIF e observadores findaram domingo os seus trabalhos com a adoção duma "Declaração de Kinshasa" que designou o Senegal como país anfitrião da XV Cimeira em 2013.
-0- PANA SEI/JSG/IBA/CJB/DD 15out2012