PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Wade pede implicação de Marrocos na integração africana
Dakar- Senegal (PANA) -- O Presidente senegalês, Abdoulaye Wade, defendeu segunda-feira, em Dakar, a implicação de Marrocos no processo de construção dos Estados Unidos de África.
Segundo Wade, é impossível ir para os Estados Unidos de África sem Marrocos que ele considera "um país de África que representa uma potência".
"Marrocos bateu-se não só pela independência dos países deste continente, mas também pela constituição da Organização de Unidade Africana (OUA).
Não é justo querer afastar este país", declarou.
Falando durante a cerimónia de abertura dum simpósio de quatro dias sobre "os Estados Unidos de África", o Presidente Wade instou os intelectuais africanos a reflectir sobre o caso de Marrocos e tentar encontrar soluções.
O simpósio é co-organizado pela Universidade Cheikh Anta Diop de Dakar e pelo Ministério senegalês dos Negócios Estrangeiros, agrupando assim cerca de 300 decisores políticos, universitários, pesquisadores e intelectuais de África e da sua diáspora.
Marrocos continua um Estado africano não membro da União Africana (UA) na sequência da sua retirada, a 12 de Novembro de 1984, da então Organização de Unidade Africana (OUA) agora transformada em UA.
Esta atitude foi em protesto contra a admissão no seio da OUA da República Árabe Sarauí Democrática (RASD), uma ex-colónia espanhola, considerada por Marrocos como uma "província secessionista marroquina".
Na altura, as autoridades marroquinas consideraram que a OUA, ao aceitar nas suas fileiras a RASD como membro, transgredia o artigo IV da sua Carta proclamada a 25 de Maio de 1963, em Addis Abeba (Etiópia).
Esta Carta estipula que "qualquer Estado africano independente e soberano pode tornar-se membro da organização" o que, na opinião de Marrocos, não foi o caso porque a RASD não dispunha de "nenhumas atribuições de um Estado".
Perante esta "violação flagrante da Carta", Marrocos resolveu retirar-se da organização panafricana de que foi um dos membros fundadores por ter participado no lançamento da ideia da sua criação.
Segundo Wade, é impossível ir para os Estados Unidos de África sem Marrocos que ele considera "um país de África que representa uma potência".
"Marrocos bateu-se não só pela independência dos países deste continente, mas também pela constituição da Organização de Unidade Africana (OUA).
Não é justo querer afastar este país", declarou.
Falando durante a cerimónia de abertura dum simpósio de quatro dias sobre "os Estados Unidos de África", o Presidente Wade instou os intelectuais africanos a reflectir sobre o caso de Marrocos e tentar encontrar soluções.
O simpósio é co-organizado pela Universidade Cheikh Anta Diop de Dakar e pelo Ministério senegalês dos Negócios Estrangeiros, agrupando assim cerca de 300 decisores políticos, universitários, pesquisadores e intelectuais de África e da sua diáspora.
Marrocos continua um Estado africano não membro da União Africana (UA) na sequência da sua retirada, a 12 de Novembro de 1984, da então Organização de Unidade Africana (OUA) agora transformada em UA.
Esta atitude foi em protesto contra a admissão no seio da OUA da República Árabe Sarauí Democrática (RASD), uma ex-colónia espanhola, considerada por Marrocos como uma "província secessionista marroquina".
Na altura, as autoridades marroquinas consideraram que a OUA, ao aceitar nas suas fileiras a RASD como membro, transgredia o artigo IV da sua Carta proclamada a 25 de Maio de 1963, em Addis Abeba (Etiópia).
Esta Carta estipula que "qualquer Estado africano independente e soberano pode tornar-se membro da organização" o que, na opinião de Marrocos, não foi o caso porque a RASD não dispunha de "nenhumas atribuições de um Estado".
Perante esta "violação flagrante da Carta", Marrocos resolveu retirar-se da organização panafricana de que foi um dos membros fundadores por ter participado no lançamento da ideia da sua criação.
