PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Wade acusa Europa de separar África do Norte do continente africano
Dakar- Senegal (PANA) -- O Presidente senegalês, Abdoulaye Wade, criticou vivamente a "estratégia da Europa" de separar a África do Norte da do sul do Sara pela criação da União para o Mediterrâneo (UPM).
"A estratégia da Europa é clara.
Ela consiste, através da instauração da União para o Mediterrâneo, em separar a África do Norte e a África Subsariana", declarou o Presidente Wade na abertura segunda- feira, em Dakar, do simpósio sobre os Estados Unidos de África.
Fundada a 13 de Julho de 2008 por iniciativa do Presidente francês, Nicolas Sarkozy, a UPM agrupa os Estados-membros da União Europeia e os vizinhos africanos do Mediterrâneo (Argélia, Egipto, Marrocos, Mauritânia e Tunísia).
Apenas a Líbia, no Norte de África, se recusou a participar nesta união, reafirmando a sua ancoragem na União Africana (UA).
Wade convidou, durante a sua intervenção, os dirigentes da África do Norte a pronunciar-se claramente sobre esta situação, lamentando a ausência da sua reacção, "quando precisamos de saber se estes Estados vão connosco para os Estados Unidos de África".
Sobre a questão da migração, o chefe de Estado senegalês denunciou o encerramento das fronteiras da Europa à África Subsariana.
"Encerram-nos todas as portas da Europa e abre-se uma pequena passagem através dos vistos.
É inaceitável", denunciou.
O Presidente senegalês condenou igualmente a política de "imigração escolhida" aplicada pela Europa sob proposta de Nicolas Sarkozy.
Segundo Wade, que criticou esta política "que consiste em pilhar África dos seus cérebros", Europa quer com ela "tomar os nossos engenheiros, os nossos sábios, universitários e outras pessoas qualificadas".
Contudo, o chefe de Estado senegalês disse-se oposto à emigração clandestina e reafirmou a sua vontade de lutar contra este fenómeno que aumenta diariamente.
Segundo ele, isto explica os acordos que assinou com alguns países europeus para perseguir os candidatos à emigração clandestina.
"Não quero que os Africanos abandonem o seu continente", lançou diante dos intelectuais, que ele convida a trabalhar para África.
O simpósio sobre os Estados Unidos de África que termina quinta-feira na capital senegalesa deve reflectir sobre o federalismo em África numa abordagem pluridisciplinar que abrange, nomeadamente, os aspectos constitucionais, políticos, económicos, sociais e culturais do Estado federal à escala do continente".
Cerca de 300 universitários, pesquisadores e intelectuais de África e da diáspora bem como decisores políticos participam nesta conferência organizada pela Universidade Cheikh Anta Diop de Dakar e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Senegal.
"A estratégia da Europa é clara.
Ela consiste, através da instauração da União para o Mediterrâneo, em separar a África do Norte e a África Subsariana", declarou o Presidente Wade na abertura segunda- feira, em Dakar, do simpósio sobre os Estados Unidos de África.
Fundada a 13 de Julho de 2008 por iniciativa do Presidente francês, Nicolas Sarkozy, a UPM agrupa os Estados-membros da União Europeia e os vizinhos africanos do Mediterrâneo (Argélia, Egipto, Marrocos, Mauritânia e Tunísia).
Apenas a Líbia, no Norte de África, se recusou a participar nesta união, reafirmando a sua ancoragem na União Africana (UA).
Wade convidou, durante a sua intervenção, os dirigentes da África do Norte a pronunciar-se claramente sobre esta situação, lamentando a ausência da sua reacção, "quando precisamos de saber se estes Estados vão connosco para os Estados Unidos de África".
Sobre a questão da migração, o chefe de Estado senegalês denunciou o encerramento das fronteiras da Europa à África Subsariana.
"Encerram-nos todas as portas da Europa e abre-se uma pequena passagem através dos vistos.
É inaceitável", denunciou.
O Presidente senegalês condenou igualmente a política de "imigração escolhida" aplicada pela Europa sob proposta de Nicolas Sarkozy.
Segundo Wade, que criticou esta política "que consiste em pilhar África dos seus cérebros", Europa quer com ela "tomar os nossos engenheiros, os nossos sábios, universitários e outras pessoas qualificadas".
Contudo, o chefe de Estado senegalês disse-se oposto à emigração clandestina e reafirmou a sua vontade de lutar contra este fenómeno que aumenta diariamente.
Segundo ele, isto explica os acordos que assinou com alguns países europeus para perseguir os candidatos à emigração clandestina.
"Não quero que os Africanos abandonem o seu continente", lançou diante dos intelectuais, que ele convida a trabalhar para África.
O simpósio sobre os Estados Unidos de África que termina quinta-feira na capital senegalesa deve reflectir sobre o federalismo em África numa abordagem pluridisciplinar que abrange, nomeadamente, os aspectos constitucionais, políticos, económicos, sociais e culturais do Estado federal à escala do continente".
Cerca de 300 universitários, pesquisadores e intelectuais de África e da diáspora bem como decisores políticos participam nesta conferência organizada pela Universidade Cheikh Anta Diop de Dakar e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Senegal.