PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Vulcão em Cabo Verde já faz 40 milhões de metros cúbicos de lavas, diz cientista
Praia, Cabo Verde (PANA) - O vulcão na ilha cabo-verdiana do Fogo já libertou para a atmosfera, nos primeiros 30 dias da atividade eruptiva, mais de 220 mil toneladas de dióxido de enxofre (SO2), ou que pode permitir inferir que a quantidade de magma expelida para a superfície se situa na ordem dos 35 a 40 milhões de metros cúbicos, apurou a PANA, terça-feira, de fonte científica.
Estes resultados foram registados durante o primeiro mês do processo eruptivo em curso, iniciado a 23 de novembro último, por técnicos do Observatório Vulcanológico da Universidade de Cabo Verde (OVCV/Uni-CV), apoiados por uma equipa científica do Instituto de Vulcanologia das Canárias (INVOLCAN).
Esta missão científica, que deslocou a Cabo Verde a pedido da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) ao Cabildo Insular de Tenerife, a fim de prestar um serviço de informação científica, e colaborar com a equipa da Uni-CV na gestão científica da erupção, tem estado a avaliar a evolução temporal da emissão de dióxido de enxofre (SO2) na atmosfera através da pluma vulcânica originada pelo processo eruptivo.
As estimativas, 30 dias após a erupção, foram adiantadas por um vulcanólogo espanhol, Nemésio Pérez Rodriguez, que chefia a missão científica do INVOLCAN.
Num comunicado, Rodriguez realça que, tendo em conta a quantidade de dióxido de enxofre expelido para a atmosfera, se pode calcular a de enxofre (S) nas lavas, e também a de magma jorrado para a superfície de Chã das Caldeiras, planalto que serve de base a vários cones vulcânicos da ilha.
Salienta a "importância" das medições, visto que, segundo ele, "o conhecimento e a monitorização diária da emissão de dióxido de enxofre reflete também o montante de gases voláteis do magma”.
Esclarece ainda que “as alterações na emissão de dióxido de enxofre estão também estreitamente ligadas ao aumento ou diminuição da taxa de emissão de lava".
Para realizar este trabalho avaliativo e qualificativo, conforme explica o cientista, o INVOLCAN tem utilizado sensores otimizados e comandados remotamente através de uma posição móvel terrestre que, montados em automóveis, permitem percorrer diariamente entre 15 a 20 quilómetros.
Além de permitir conhecer a concentração linear de dióxido de enxofre, o sensor ótico remoto permite conhecer a velocidade e a direção do vento entre os três mil e os cinco mil metros de altitude, explicou o vulcanólogo espanhol.
Há praticamente duas semanas que a atividade vulcânica tem sido reduzida, embora o vulcão continue a expelir gases, como o dióxido de carbono, para a atmosfera e jorrar lava mas com baixa intensidade, esclarece a mesma fonte.
Segundo informações avançadas por Nadir Cardoso, técnica que integra a equipa da Uni-CV que tem monitorizado a erupção, ainda é "difícil" prever o fim desta tragédia e a evolução da situação.
-0- PANA CS/DD 24dez2014
Estes resultados foram registados durante o primeiro mês do processo eruptivo em curso, iniciado a 23 de novembro último, por técnicos do Observatório Vulcanológico da Universidade de Cabo Verde (OVCV/Uni-CV), apoiados por uma equipa científica do Instituto de Vulcanologia das Canárias (INVOLCAN).
Esta missão científica, que deslocou a Cabo Verde a pedido da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) ao Cabildo Insular de Tenerife, a fim de prestar um serviço de informação científica, e colaborar com a equipa da Uni-CV na gestão científica da erupção, tem estado a avaliar a evolução temporal da emissão de dióxido de enxofre (SO2) na atmosfera através da pluma vulcânica originada pelo processo eruptivo.
As estimativas, 30 dias após a erupção, foram adiantadas por um vulcanólogo espanhol, Nemésio Pérez Rodriguez, que chefia a missão científica do INVOLCAN.
Num comunicado, Rodriguez realça que, tendo em conta a quantidade de dióxido de enxofre expelido para a atmosfera, se pode calcular a de enxofre (S) nas lavas, e também a de magma jorrado para a superfície de Chã das Caldeiras, planalto que serve de base a vários cones vulcânicos da ilha.
Salienta a "importância" das medições, visto que, segundo ele, "o conhecimento e a monitorização diária da emissão de dióxido de enxofre reflete também o montante de gases voláteis do magma”.
Esclarece ainda que “as alterações na emissão de dióxido de enxofre estão também estreitamente ligadas ao aumento ou diminuição da taxa de emissão de lava".
Para realizar este trabalho avaliativo e qualificativo, conforme explica o cientista, o INVOLCAN tem utilizado sensores otimizados e comandados remotamente através de uma posição móvel terrestre que, montados em automóveis, permitem percorrer diariamente entre 15 a 20 quilómetros.
Além de permitir conhecer a concentração linear de dióxido de enxofre, o sensor ótico remoto permite conhecer a velocidade e a direção do vento entre os três mil e os cinco mil metros de altitude, explicou o vulcanólogo espanhol.
Há praticamente duas semanas que a atividade vulcânica tem sido reduzida, embora o vulcão continue a expelir gases, como o dióxido de carbono, para a atmosfera e jorrar lava mas com baixa intensidade, esclarece a mesma fonte.
Segundo informações avançadas por Nadir Cardoso, técnica que integra a equipa da Uni-CV que tem monitorizado a erupção, ainda é "difícil" prever o fim desta tragédia e a evolução da situação.
-0- PANA CS/DD 24dez2014