Voos internacionais duplicam-se no primeiro trimestre de 2022 em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – Voos controlados pela FIR Oceânica do Sal praticamente duplicaram-se no primeiro trimestre, face ao mesmo período de 2021, para uma média equivalente a 115 aviões por dia, apurou a PANA, terça-feira, de fonte segura.
De acordo com um boletim estatístico, relativo a janeiro até março últimos, da empresa pública Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) de Cabo Verde, citado pela imprensa local, globalmente, este tráfego totalizou 10.318 sobrevoos no primeiro trimestre, registo semelhante a todo o primeiro semestre do ano de 2021 (10.600) e que se compara com os 4.915 sobrevoos no primeiro trimestre de 2021.
No primeiro trimestre de 2019, antes dos efeitos da pandemia da covid-19, a FIR Oceânica do Sal controlou 13.774 sobrevoos, revelou a ASA, sublinhando, neste boletim, a tendência crescente deste movimento, uma das suas principais receitas, nos últimos meses.
"Houve avanços nos processos de abertura nos países europeus e o levantamento de algumas restrições à circulação impostas pelos governos desses países, dando assim uma maior estabilidade e liberdade de circulação entre os países e continentes, influenciando diretamente o tráfego de sobrevoos na nossa FIR", lê-se no documento.
Os rendimentos da ASA com o setor da navegação aérea cresceram 19 por cento, de 2017 para 2018, para 2.945 milhões de escudos (26,6 milhões de euros), então o equivalente a 43 por cento de todas as receitas da empresa pública que gere os aeroportos do país.
Porém,desapareceram praticamente nos meses que se seguiram à pandemia da covid-19, prosseguiu.
A FIR corresponde a um espaço aéreo delimitado verticalmente a partir do nível médio do mar, sendo a do Sal, que existe desde 1980, limitada lateralmente pelas de Dakar (Senegal), Canárias (Espanha) e Santa Maria (Açores, em Portugal).
Toda esta área está sob a jurisdição das autoridades aeronáuticas cabo-verdianas, tendo a FIR sido criada em 1980.
O Governo cabo-verdiano anunciou em maio corrente que vai atribuir a concessão dos aeroportos e aeródromos do país, atualmente a cargo da empresa pública ASA, à sociedade Vinci Airports SAS, por um período de 40 anos.
Neste negócio, o Estado vai receber 80 milhões de euros, além de bónus das receitas brutas, segundo a mesma fonte.
-0- PANA CS/DD 24maio2022