PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Vizinhos da Líbia pedem fim da violência
Hammamet, Tunísia (PANA) - Os Estados vizinhos da Líbia pediram a "cessação completa das operações militares" neste país da África do Norte rico em petróleo mas a braços com o caos de segurança desde o derrube do poder ditatorial de Muamar Kadafi em 2011.
Reunidos durante dois dias na capital tunisina, os ministros dos Negócios Estrangeiros consideraram que o diálogo é o "único caminho para resolver a crise na Líbia."
Participaram na reunião, realizada esta semana na cidade de Hammamet, a 70 quilómetros ao norte de Túnis, os chefes da diplomacia da Tunísia, da Argélia, do Tchad, do Níger e do Sudão bem como o vice-ministro do Egito e representantes da Liga dos Estados Árabes e da União Africana.
Devido aos confrontos armados em Trípoli e ao consequente fecho do seu aeroporto, o ministro líbio dos Negócios Estrangeiros, Mohamed Abdelaziz, não pôde deslocar-se a Hammamet e foi substituído pelo embaixador da Líbia em Túnis.
Na declaração final do encontro, os participantes defendem a necessidade do respeito pela unidade da Líbia, da sua soberania e da sua integridade territorial.
A nota sublinha, por outro lado, "a necessidade de resolver os focos do terrorismo na Líbia, que são uma fonte de preocupação para a Líbia e os Estados vizinhos imediatos".
Os participantes criaram dois grupos de trabalho, sendo o primeiro composto por especialistas, liderados pela Argélia, e encarregado de "monitorar o desenrolar das questões de segurança e militares, incluindo o controlo de fronteiras."
Terá também como tarefa "ajudar a conceber um processo bem definido para a recuperação de armas pesadas, de maneira gradual e tratando esta questão com a seriedade requerida, tendo em vista a ameaça que ela faz pesar sobre a segurança e estabilidade da Líbia e dos países vizinhos."
De acordo com o presidente tunisino Moncef Marzouki, que abriu a conferência, serão criadas forças comuns entre a Líbia e os seus vizinhos para proteger as fronteiras entre si, numa decisão já aprovada pela Líbia.
O segundo grupo de trabalho, de caráter político e presidido pelo Egito, vai encarregar-se de realizar contactos com as componentes da classe política e da sociedade civil na Líbia, para encontrar uma solução à crise da Líbia através do diálogo.
Ambos os grupos devem apresentar as suas recomendações, no final de julho, ao chefe da diplomacia tunisina, Mongi Hamdi, que vai submetê-las à próxima conferência ministerial prevista para a primeira quinzena de agosto próximo, no Cairo.
-0- PANA BB/BEH/DIM/IZ 17julho2014
Reunidos durante dois dias na capital tunisina, os ministros dos Negócios Estrangeiros consideraram que o diálogo é o "único caminho para resolver a crise na Líbia."
Participaram na reunião, realizada esta semana na cidade de Hammamet, a 70 quilómetros ao norte de Túnis, os chefes da diplomacia da Tunísia, da Argélia, do Tchad, do Níger e do Sudão bem como o vice-ministro do Egito e representantes da Liga dos Estados Árabes e da União Africana.
Devido aos confrontos armados em Trípoli e ao consequente fecho do seu aeroporto, o ministro líbio dos Negócios Estrangeiros, Mohamed Abdelaziz, não pôde deslocar-se a Hammamet e foi substituído pelo embaixador da Líbia em Túnis.
Na declaração final do encontro, os participantes defendem a necessidade do respeito pela unidade da Líbia, da sua soberania e da sua integridade territorial.
A nota sublinha, por outro lado, "a necessidade de resolver os focos do terrorismo na Líbia, que são uma fonte de preocupação para a Líbia e os Estados vizinhos imediatos".
Os participantes criaram dois grupos de trabalho, sendo o primeiro composto por especialistas, liderados pela Argélia, e encarregado de "monitorar o desenrolar das questões de segurança e militares, incluindo o controlo de fronteiras."
Terá também como tarefa "ajudar a conceber um processo bem definido para a recuperação de armas pesadas, de maneira gradual e tratando esta questão com a seriedade requerida, tendo em vista a ameaça que ela faz pesar sobre a segurança e estabilidade da Líbia e dos países vizinhos."
De acordo com o presidente tunisino Moncef Marzouki, que abriu a conferência, serão criadas forças comuns entre a Líbia e os seus vizinhos para proteger as fronteiras entre si, numa decisão já aprovada pela Líbia.
O segundo grupo de trabalho, de caráter político e presidido pelo Egito, vai encarregar-se de realizar contactos com as componentes da classe política e da sociedade civil na Líbia, para encontrar uma solução à crise da Líbia através do diálogo.
Ambos os grupos devem apresentar as suas recomendações, no final de julho, ao chefe da diplomacia tunisina, Mongi Hamdi, que vai submetê-las à próxima conferência ministerial prevista para a primeira quinzena de agosto próximo, no Cairo.
-0- PANA BB/BEH/DIM/IZ 17julho2014