PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Vistos de entrada entravam comércio e empregos em África, diz BAD
Marraquexe, Marrocos (PANA) - África é uma das regiões no mundo onde o visto de entrada é muito mais exigido, segundo o vice-presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Mthuli Ncube.
Ncube falava sobre as desvantagens no desenvolvimento do comércio, diante dum painel organizado no fim de semana em Marraquexe, no sul de Marrocos, por ocasião das Assembleias Gerais do BAD.
Advertiu que as restrições em matéria de visto de entrada podem fazer perder oportunidades económicas ao Comércio Intrarregional e à economia de serviços como o turismo e os serviços médicos de um país para outro ou estudos.
O painel foi organizado pelo Fórum Económico Mundial e pelo BAD para discutir sobre as implicações das restrições em matéria de visto de entrada em África.
"A circulação de talentos e pessoas está no coração da integração regional e é um pilar fundamental da Estratégia Decenal do Banco. 25 porcento de todas as trocas comerciais em África dependem do setor informal, nomeadamente na África Ocidental. Se a obrigatoriedade de visto de entrada for suprimida, então o comércio informal vai explodir", indicou Ncube.
Segundo o comissário encarregue da Política Macroeconómica na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Ibrahim Bocar Ba, os Africanos emigram principalmente para outros países africanos.
"No seio da CEDEAO, mais de 80 porcento das migrações são intrarregionais. No entanto, os Africanos necessitam de visto de entrada para 80 porcento dos países africanos. Estas restrições são mais fortes para os Africanos que se deslocam para o interior de África que para os Europeus e os Norteamericanos", indicou.
O diretor-geral da Planificação do Ministério da Planificação Económica e Financeira do Rwanda, Léonard Rugwabiza, partilhou as lições do seu país, nomeadamente em matéria de gestão biométrica das suas fronteiras.
Mencionou a redução pelo seu país das restrições em matéria de transferência de serviços para os serviços de engenharia e os jurídicos, mas igualmente os vistos de entrada à chegada para todos os cidadãos africanos desde 1 de janeiro de 2013.
Segundo ele, o Rwanda, com um número limitado de Embaixadas no estrangeiro, introduziu igualmente o e-visto de entrada para reduzir os custos e obrigações para as pessoas que desejem obter o visto de entrada.
Desde que o Rwanda abriu as suas fronteiras, o turismo proveniente dos países africanos aumentou 24 porcento, o comércio, outrora orientado para a Europa e a América do Norte, virou para os países vizinhos e as trocas com estes aumentaram 50 porcento em 2012 e 70 porcento com a República Democrática do Congo, indicou Tugwabiza.
O membro do Conselho de Administração do Grupo Dabashill, Andul Awl acredita, por seu turno, que o setor privado é o motor do crescimento e que é preciso melhorar o clima para o setor dos negócios.
Contudo, os vistos de entrada continuam um obstáculo maior e criam restrições nas transações, acrescentou.
-0- PANA MA/NFB/JSG/MAR/DD 02junho2013
Ncube falava sobre as desvantagens no desenvolvimento do comércio, diante dum painel organizado no fim de semana em Marraquexe, no sul de Marrocos, por ocasião das Assembleias Gerais do BAD.
Advertiu que as restrições em matéria de visto de entrada podem fazer perder oportunidades económicas ao Comércio Intrarregional e à economia de serviços como o turismo e os serviços médicos de um país para outro ou estudos.
O painel foi organizado pelo Fórum Económico Mundial e pelo BAD para discutir sobre as implicações das restrições em matéria de visto de entrada em África.
"A circulação de talentos e pessoas está no coração da integração regional e é um pilar fundamental da Estratégia Decenal do Banco. 25 porcento de todas as trocas comerciais em África dependem do setor informal, nomeadamente na África Ocidental. Se a obrigatoriedade de visto de entrada for suprimida, então o comércio informal vai explodir", indicou Ncube.
Segundo o comissário encarregue da Política Macroeconómica na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Ibrahim Bocar Ba, os Africanos emigram principalmente para outros países africanos.
"No seio da CEDEAO, mais de 80 porcento das migrações são intrarregionais. No entanto, os Africanos necessitam de visto de entrada para 80 porcento dos países africanos. Estas restrições são mais fortes para os Africanos que se deslocam para o interior de África que para os Europeus e os Norteamericanos", indicou.
O diretor-geral da Planificação do Ministério da Planificação Económica e Financeira do Rwanda, Léonard Rugwabiza, partilhou as lições do seu país, nomeadamente em matéria de gestão biométrica das suas fronteiras.
Mencionou a redução pelo seu país das restrições em matéria de transferência de serviços para os serviços de engenharia e os jurídicos, mas igualmente os vistos de entrada à chegada para todos os cidadãos africanos desde 1 de janeiro de 2013.
Segundo ele, o Rwanda, com um número limitado de Embaixadas no estrangeiro, introduziu igualmente o e-visto de entrada para reduzir os custos e obrigações para as pessoas que desejem obter o visto de entrada.
Desde que o Rwanda abriu as suas fronteiras, o turismo proveniente dos países africanos aumentou 24 porcento, o comércio, outrora orientado para a Europa e a América do Norte, virou para os países vizinhos e as trocas com estes aumentaram 50 porcento em 2012 e 70 porcento com a República Democrática do Congo, indicou Tugwabiza.
O membro do Conselho de Administração do Grupo Dabashill, Andul Awl acredita, por seu turno, que o setor privado é o motor do crescimento e que é preciso melhorar o clima para o setor dos negócios.
Contudo, os vistos de entrada continuam um obstáculo maior e criam restrições nas transações, acrescentou.
-0- PANA MA/NFB/JSG/MAR/DD 02junho2013