PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Violências ameaçam eleições na Nigéria
Lagos, Nigéria (PANA) – A imprensa nigeriana destacou esta segunda-feira a onda de violência que ameaça as eleições gerais de abril próximo no país, citando os exemplos do assistente de um candidato a governador estadual que teve uma orelha cortada bem como dum simpatizante da oposição ferido a tiro na perna e dum responsável partidário da oposição assassinado.
As eleições devem começar no próximo sábado e estes cenários refletem, segundo a mesma fonte, a agravação da violência em todo o país a poucos dias deste escrutínio que vai durar três semanas para eleger os deputados federais e estaduais, os governadores estaduais e o Presidente da República.
O Governo Federal pretende implementar fortes medidas de segurança para limitar esta epidemia de violência que poderá prejudicar as eleições, segundo os analistas.
O Presidente cessante, Goodluck Jonathan, reuniu-se com os líderes religiosos cristãos e muçulmanos para lhes solicitar a convencer os seus fiéis a ajudar a travar esta espiral de violência.
Os partidos políticos, por sua vez, atribuem-se a responsabilidade uns aos outros, com a oposição a alegar que a "vontade deseperada" do partido no poder, o Partido Democrático Popular (PDP) de ganhar estas eleições a todo o custo "está por detráz destas violências".
Por seu turno, o partido no poder também acusa a oposição de incentivar os seus apoiantes à violência.
A Polícia parece impotente, em particular num contexto em que a oposição acusa o inspetor-geral da Polícia, Hafiz Ringim, de parcialidade e exige a sua demissão antes das eleições.
«Nós não confiamos no Hafiz Ringim à frente da Polícia pelo que exigimos a sua demissão imediata», declarou segunda-feira o principal partido da oposição, o Congresso para a Ação da Nigéria (ACN).
Este partido alega que o chefe da Polícia conluiou-se com o Governo do Estado de Akwa Ibom, controlado pelo PDP, no sul da Nigéria, para prender e julgar por alegada traição o seu candidato a governador, na sequência da vaga de violência que abalou este Estado na semana passada e que fez vários mortos e avultados danos materiais.
A Nigéria tem uma história de eleições violentas e manchadas de fraudes, mas o respeitado presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), Attahiru Jega, e o Presidente Jonathan prometeram eleições gerais livres, justas, credíveis e sem violências em 2011.
Estas promessas não são confirmadas pelos acontecimentos no terreno, enquanto que se aproxima a data das eleições, o que levou os responsáveis políticos e religiosos a exortar o Governo a agir rapidamente.
Para piorar a situação, o principal grupo rebelde da região petrolífera do Delta do Níger, o Movimento para a Emancipação do Delta do Niger (MEND), e o grupo islâmico fundamentalista do Estado de Borno, no norte do país, ameaçaram as eleições.
Por outro lado, as violências étnico-religiosas no Estado de Plateau são consideradas uma ameça para as eleições.
Enquanto o MEND alertou os Nigerianos a evitarem comícios políticos, afirmando que poderiam explodir bombas, o grupo extremista Boko Haram continua a visar altos responsáveis políticos e da segurança depois de já ter assassinado muitos deles.
O último destes assassinatos teve lugar domingo, em Maiduguri, capital do Estado de Borno, onde um dos responsáveis do Partido Democrático de Todos os Nigerianos (PDTN), Alhaji Modu Makanike, foi baleado por quatro homens armados depois de assistir a uma reunião política.
Aparentemente desgatado com o surto da violência, o Presidente Jonathan prevê implantar fortes medidas de segurança antes das eleições.
O quotidiano privado "THISDAY" noticiou segunda-feira que o Presidente pode solicitar a aprovação do principal conselho consutivo presidencial, o Conselho de Estado, para reforçar as medidas de segurança e jugular a violência que atinge cada vez mais Estados da Federação.
Mas os defensores dos direitos cívicos manifestaram-se preocupados pelo facto de que esse reforço das medidas de segurança possa ser uma manobra do partido no poder para afastar os candidatos da oposição popular antes das eleições.
-0- PANA SEG/FJG/AAS/IBA/CCF/IZ 28março2011
As eleições devem começar no próximo sábado e estes cenários refletem, segundo a mesma fonte, a agravação da violência em todo o país a poucos dias deste escrutínio que vai durar três semanas para eleger os deputados federais e estaduais, os governadores estaduais e o Presidente da República.
O Governo Federal pretende implementar fortes medidas de segurança para limitar esta epidemia de violência que poderá prejudicar as eleições, segundo os analistas.
O Presidente cessante, Goodluck Jonathan, reuniu-se com os líderes religiosos cristãos e muçulmanos para lhes solicitar a convencer os seus fiéis a ajudar a travar esta espiral de violência.
Os partidos políticos, por sua vez, atribuem-se a responsabilidade uns aos outros, com a oposição a alegar que a "vontade deseperada" do partido no poder, o Partido Democrático Popular (PDP) de ganhar estas eleições a todo o custo "está por detráz destas violências".
Por seu turno, o partido no poder também acusa a oposição de incentivar os seus apoiantes à violência.
A Polícia parece impotente, em particular num contexto em que a oposição acusa o inspetor-geral da Polícia, Hafiz Ringim, de parcialidade e exige a sua demissão antes das eleições.
«Nós não confiamos no Hafiz Ringim à frente da Polícia pelo que exigimos a sua demissão imediata», declarou segunda-feira o principal partido da oposição, o Congresso para a Ação da Nigéria (ACN).
Este partido alega que o chefe da Polícia conluiou-se com o Governo do Estado de Akwa Ibom, controlado pelo PDP, no sul da Nigéria, para prender e julgar por alegada traição o seu candidato a governador, na sequência da vaga de violência que abalou este Estado na semana passada e que fez vários mortos e avultados danos materiais.
A Nigéria tem uma história de eleições violentas e manchadas de fraudes, mas o respeitado presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), Attahiru Jega, e o Presidente Jonathan prometeram eleições gerais livres, justas, credíveis e sem violências em 2011.
Estas promessas não são confirmadas pelos acontecimentos no terreno, enquanto que se aproxima a data das eleições, o que levou os responsáveis políticos e religiosos a exortar o Governo a agir rapidamente.
Para piorar a situação, o principal grupo rebelde da região petrolífera do Delta do Níger, o Movimento para a Emancipação do Delta do Niger (MEND), e o grupo islâmico fundamentalista do Estado de Borno, no norte do país, ameaçaram as eleições.
Por outro lado, as violências étnico-religiosas no Estado de Plateau são consideradas uma ameça para as eleições.
Enquanto o MEND alertou os Nigerianos a evitarem comícios políticos, afirmando que poderiam explodir bombas, o grupo extremista Boko Haram continua a visar altos responsáveis políticos e da segurança depois de já ter assassinado muitos deles.
O último destes assassinatos teve lugar domingo, em Maiduguri, capital do Estado de Borno, onde um dos responsáveis do Partido Democrático de Todos os Nigerianos (PDTN), Alhaji Modu Makanike, foi baleado por quatro homens armados depois de assistir a uma reunião política.
Aparentemente desgatado com o surto da violência, o Presidente Jonathan prevê implantar fortes medidas de segurança antes das eleições.
O quotidiano privado "THISDAY" noticiou segunda-feira que o Presidente pode solicitar a aprovação do principal conselho consutivo presidencial, o Conselho de Estado, para reforçar as medidas de segurança e jugular a violência que atinge cada vez mais Estados da Federação.
Mas os defensores dos direitos cívicos manifestaram-se preocupados pelo facto de que esse reforço das medidas de segurança possa ser uma manobra do partido no poder para afastar os candidatos da oposição popular antes das eleições.
-0- PANA SEG/FJG/AAS/IBA/CCF/IZ 28março2011