União Europeia rejeita tomada de poder no Gabão
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - A União Europeia (UE) rejeitou quinta-feira a tomada do poder na quarta-feira por um grupo de soldados no Gabão.
"A União Europeia rejeita a tomada do poder pela força no Gabão e apela a todas as partes para que mostrem moderação", afirmou uma declaração da UE, que precisava que "os desafios que o Gabão enfrenta devem ser resolvidos respeitando simultaneamente os princípios do Estado de direito, constitucional ordem e democracia.
A União Europeia também levantou “sérias preocupações sobre a gestão do processo eleitoral no Gabão que precedeu o golpe militar” e afirma que “o diálogo inclusivo e objectivo é a forma de garantir o respeito pela vontade do povo gabonês”.
Por sua vez, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, afirmou numa declaração quarta-feira, que acompanha com “grande preocupação” a situação na República do Gabão e “condena veementemente” a tentativa de golpe de Estado no país como uma solução para a actual crise pós-eleitoral.
Na manhã de quarta-feira, em comunicado, os soldados gaboneses derrubaram o presidente Ali Bongo e criaram um Comité para a Transição e Restauração das Instituições (CTRI) com o objetivo de “defender a paz no país”, três dias após as eleições gerais.
A Comissão Nacional Eleitoral proclamou Ali Bongo vencedor das eleições do passado sábado com 64,27%. O seu principal adversário, o adversário Albert Ondo Ossa que obteve 30,77%, descreveu as eleições como fraudulentas.
A destituição do Presidente cessante poderia fim ao governo da família Bongo, que durou cerca de cinquenta anos.
-0- PANA TNDD/IS/SOC/MAR 31agosto2023