União Europeia promete a Cabo Verde mais 10 milhões de euros contra covid-19
Praia, Cabo Verde (PANA) – A embaixadora da União Europeia (UE) em Cabo Verde, Sofia Moreira de Sousa, anunciou, quinta-feira, na cidade da Praia, a atribuição ao país de um segundo desembolso que deverá atingir cerca de 1 milhão de contos, aproximadamente 10 milhões de euros, para fazer face aos efeitos da covid-19 (coronavírus), apurou a PANA de fonte segura.
Em declarações à agencia cabo-verdiana de noticias (Inforprsss), Sofia Moreira de Sousa, recordou que, em abril último, a UE já tinha disponibilizado a Cabo Verde cinco milhões de euros, em resposta ao pedido formulado pelo Governo cabo-verdiano, para o ajudar na luta contra o flagelo.
Na entrevista, a diplomata europeia assegurou que já se está a trabalhar num desembolso maior, que, no futuro próximo, será disponibilizado ao país para fazer face a esta crise sanitária planetária.
“Temos uma equipa que tem estado a trabalhar incansavelmente neste sentido, juntamente com o Ministério das Finanças e os serviços respetivos a nível nacional. Estamos a acelerar para que o desembolso ocorra o mais rapidamente possível”, informou.
Neste contexto da pandemia, a diplomata esclareceu que a União Europeia tem sido um “ator que mais tem apoiado os esforços internacionais” de instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas também as de investigação na área da saúde.
Acrescentou que, para além destes esforços globais, Cabo Verde, enquanto membro da comunidade internacional e parceiro privilegiado, é, “obviamente”, beneficiado pela UE e ainda é ajudado enquanto Estado membro da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), com apoios dados a esta organização regional.
No quadro da cooperação bilateral, Sofia de Sousa acentuou que as duas partes estão a redesenhar projetos que estão a ser implementados em Cabo Verde, de forma a poderem dar resposta à situação de emergência, reforçar os cofres do Estado e apoiar as famílias mais vulneráveis.
A representante da UE assegurou que um segundo desembolso acontecerá, mas que ainda não tem uma data específica, porque, prosseguiu, se está ainda a trabalhar com todas as partes e que há também “a necessidade de justificação, que é mais rigorosa.”
Sofia de Sousa sublinhou que não se trata de um “desembolso importante”, mas que não se pode esquecer que ele ocorre numa altura em que os 27 países da UE também sofrem com este vírus que trouxe consequências a nível da saúde e da economia.
Nesta conjuntura, a embaixadora assegurou que a UE está a equacionar uma série de políticas internas, mas que não vai deixar de apoiar os países parceiros.
“É também nos maus momentos que se pode contar com os parceiros. E uma parceria implica benefícios, implica responsabilidade. E é preciso agora que, realmente, ambas as partes mostrem que são capazes de corresponder a esta responsabilidade”, salientou.
Todos estes apoios, justificou, prende-se com a relação estreita entre a União Europeia e Cabo verde, que a seu ver, “não é uma relação entre Estado, mas sim é uma relação entre os povos”.
-0- PANA CS/DD 15maio2020