União Europeia financia proteção de migrantes no Sahel
Niamey, Níger (PANA) - O ministro nigerino do Interior e Segurança, Alkache Alhada, lançou, quinta-feira, em Niamey, um projeto de apoio à proteção dos migrantes mais vulneráveis, na África Ocidental, com financiamento do Fundo Fiduciário de Emergência da União Europeia (UE).
Avaliado em 13 biliões de francos CFA, o projeto será implementado em 12 países do Sahel e Lago Tchad por um consórcio de três ONG, designadamente Cruz Vermelha Espanhola, como agência líder; Caritas-Suíça e Save The Children.
Ao lançar o projeto, o ministro do Interior nigerino afirmou que o fenómeno migratório, devido à sua escala e às questões socioeconómicas, políticas e culturais que lhe estão subjacentes, é uma grande preocupação a nível mundial.
Observou que o Níger aparece "como uma encruzilhada e uma importante zona de trânsito num sistema complexo".
Em termos de fluxos que entram na cidade de Agadez (norte), não menos de 100 mil migrantes foram registados, em 2015, contra apenas cerca de 10 mil, em 2018.
Mais de biliões 262 milhões de francos CFA serão injetados, no Níger, e esta ação será realizada em complementaridade com outras ações regionais e nacionais, disse, por sua vez, o encarregado de Negócios da União Europeia no Níger, Olai Voionma.
"A precariedade económica, o baixo nível de formação e a falta de oportunidades de emprego, bem como os factores de instabilidade e insegurança são as principais razões que levam as pessoas a abandonar os seus locais de residência para migrar para as costas atlânticas e mediterrânicas", disse Olai Voionmaa.
Por seu lado, o presidente da Cruz Vermelha do Níger, Ali Bandiaré, lembrou que, nas últimas décadas, "os movimentos migratórios no mundo assumiram proporções nunca antes atingidas até agora".
Estudos realizados por organizações internacionais estimam que vários milhões de pessoas vivem atualmente longe de casa, incluindo refugiados e pessoas deslocadas pela guerra.
-0- PANA SA/JSG/DIM/IZ 30out2020