Agência Panafricana de Notícias

União Europeia determinada a encorajar iniciativa económica na Líbia

Túnis, Tunísia (PANA) - A União Europeia (UE) é determinada a encorajar qualquer iniciativa económica ou da sociedade líbia que acompanha o diálogo político em curso atualmente neste país com vista a pôr termo à crise.

Esta declaração foi feita num comunicado, terça-feira última, pelo Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Federica Mongherini.

Segundo o comunicado divulgado pelo gabinete de Mongherini, fez estes pronunciamentos quando comentava uma reunião organizada no mesmo dia em Bruxelas (Bélgica) com empresários líbios, sob a égide do Banco Mundial (BM) e da Missão das Nações Unidas de Apoio à Líbia (MANUL).

A UE partilha a convição dos empresários líbios sobre a necessidade de se garantir um ambiente estável e protegido com vista a realizar um desenvolvimento económico sustentável no país, lê-se na nota.

Mongherini sublinhou, para o efeito, "a necessidade de um apoio a todas as partes da sociedade líbia para uma solução política negociada" desta crise.

Os participantes na reunião de Bruxelas abordaram questões ligadas à situação económica na Líbia e exprimiram a sua preocupação em relação à deterioração da situação financeira e o caso do setor informal no país, o que, a seu ver, ameaça o país de falência.

Segundo observadores, as diligências em curso nos bastidores de capitais europeias, marcadas por uma tentativa de constranger as forças legais líbias a aceitarem uma solução a que adirão, visam dar à Europa a maior parte de projetos de reconstrução deste país, já parceiro comercial dos Europeus.

Segundo fontes europeias, a UE faz tudo para não perder a Líbia como fonte importante de petróleo e de gás, por um lado, e, por outro, como mercado comercial.

Por conseguinte, ela tenta assim impedir a Líbia de se virar para a Rússia ou a China, à semelhança do Egito que trabalha para novos horizontes com estes dois grandes pólos para diversificar a sua cooperação e evitar depender totalmente do Ocidente e das suas políticas.

-0- PANA AD/IN/TBM/SOCMAR/DD 11março2015