União Europeia condena novos atentados terroristas no Burkina Faso
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - A Delegação da União Europeia (UE) e os chefes das Missões diplomáticas dos Estados-Membros da UE, no Burkina Faso, condenaram quarta-feira os ataques terroristas que mergulharam o país no luto, matando cerca de 50 pessoas, na semana passada.
Num comunicado chegada à PANA, em Ouagadougou, a UE "deplora profundamente" estes ataques e condena as mortes cobardes e indiscriminadas de civis e membros das forças de defesa e segurança.
Apresenta as suas condolências e a plena solidariedade para com as famílias das vítimas, o Governo e toda a população do Burkina Faso.
A UE e os seus Estados-Membros reiteram às autoridades burkinabes o seu "apoio inabalável na luta contra o terrorismo", afirmando que "esta luta deve ser sempre conduzida no estrito respeito pelos direitos humanos e no mais compromisso com as regras de empenhamento armado prescritas pelo Direito Humanitário Internacional".
"Incentivamos as autoridades e instituições do Burkina Faso a envidarem todos os esforços necessários para atingir este objetivo, esclarecerem as recentes alegações de abusos, manterem e reforçarem ainda mais a confiança entre as forças de defesa e segurança e a população e para lutar eficazmente contra a impunidade", acrescentam.
A UE e os seus Estados-Membros continuam plenamente empenhados, no Burkina Faso, com a firme determinação de continuar a contribuir para o reforço do Estado de Direito, da segurança, da estabilidade, da coesão social e do progresso económico e social que o povo do Burkina Faso merece, asseguram os signatários do comunicado.
Na sexta-feira, 29 de maio de 2020, homens armados atacaram um comboio de comerciantes, na estrada para Titao, em Sollé, na província de Loroum, no norte do país.
Este ataque custou a vida a 15 pessoas e fez muitos feridos e desaparecidos.
No dia seguinte, sábado, 30 de maio de 2020, por volta do meio-dia, o mercado de gado de Kompiembiga, na província de Kompienga (leste), teve a mesma sorte, com 25 civis mortos e vários feridos.
No mesmo dia, um comboio humanitário sob escolta que regressava da cidade de Foubé foi atacado, no eixo Foubé-Barsalogho, na região centro-Norte, fazendo 10 mortos (cinco civis e cinco gendarmes).
No espaço de 48 horas, estes três ataques causaram a morte de pelo 50 pessoas (45 civis e cinco gendarmes).
-0- PANA TNDD/DIM/IZ 03junho2020