PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
União Europeia concede doações de 157 milhões de euros à Tunísia
Túnis, Tunísia (PANA) – A União Europeia (UE) concedeu quinta-feira à Tunísia duas doações de 157 milhões de euros para apoiar o relançamento da sua economia e acompanhar a transição democrática lançada neste país após a destituição do regime do Presidente Ben Ali por uma revolta popular em janeiro passado.
A ajuda europeia surge a menos de um mês das eleições previstas na Tunísia para a instauração duma Assembleia Constituinte cuja tarefa essencial será elaborar uma nova Constituição para o país.
O escrutínio será o primeiro a ser organizado no país que desencadeou a chamada « primavera árabe » e deverá ser « o primeiro verdadeiramente democrático desde a independência do país », esperam os atores da cena política tunisina.
As doações foram objeto de duas convenções de financiamento assinadas na capital tunisina pela alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Catherine Ashton, e pelo primeiro-ministro tunisino, Béji Caid Essebsi.
A primeira fornece um apoio de 100 milhões de euros às medidas de relançamento económico recentemente adotadas pelo Governo tunisino.
Segundo um comunicado da UE, ela visa responder aos desafios aos quais a Tunísia deve fazer face, designadamente o desemprego, a pobreza e as desigualdades entre as regiões e que estão na origem da revolta popular, para além dos atentados aos direitos humanos e às liberdades.
A segunda convenção consiste num envelope de 57 milhões de euros para ajudar na gestão dos recursos hídricos para o desenvolvimento rural e agrícola.
A contribuição da UE vem acrescentar-se aos cerca de um bilião e 250 milhões de dólares americanos de empréstimos mobilizados pelo Banco Mundial, pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
Os dois documentos sancionam os trabalhos duma Task Force UE-Tunísia reunida em Túnis durante dois dias com a participação das principais instituições financeiras regionais e internacionais e vários operadores económicos dos países-membros da UE.
Segundo as conclusões da reunião, vários doadores mobilizaram um bilião de euros para apoiar o programa de relançamento tunisino e responder às necessidades a curto prazo da Tunísia.
O representante especial da UE para o Mediterrâneo do Sul, Bernardino Léon, anunciou que negociações vão ser realizadas a partir de sexta-feira pelas duas partes para establecer uma « parceria privilegiada » Tunísia-UE.
A reunião decorreu na presença da presidente da confederação suíça, Michelina Calmy-Rey.
Ela permitiu igualmente abordar a questão da fortuna colocada « fraudulentamente » no estrangeiro pelos próximos do antigo regime tunisino.
Todas as partes exprimiram a sua vontade de trabalhar para acelerar o processo de recuperação desta fortuna em benefício do povo tunisino, apesar da complexidade dos procedimentos judiciais aferentes.
« Uma Tunísia nova desenha-se aberta, dinâmica, próspera e democrática. É um exemplo para toda a região », declarou Ashton durante a cerimónia de encerramento da reunião que ela qualificou de “grande êxito”.
-0- PANA BB/AAS/SOC/MAR/IZ 30set2011
A ajuda europeia surge a menos de um mês das eleições previstas na Tunísia para a instauração duma Assembleia Constituinte cuja tarefa essencial será elaborar uma nova Constituição para o país.
O escrutínio será o primeiro a ser organizado no país que desencadeou a chamada « primavera árabe » e deverá ser « o primeiro verdadeiramente democrático desde a independência do país », esperam os atores da cena política tunisina.
As doações foram objeto de duas convenções de financiamento assinadas na capital tunisina pela alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Catherine Ashton, e pelo primeiro-ministro tunisino, Béji Caid Essebsi.
A primeira fornece um apoio de 100 milhões de euros às medidas de relançamento económico recentemente adotadas pelo Governo tunisino.
Segundo um comunicado da UE, ela visa responder aos desafios aos quais a Tunísia deve fazer face, designadamente o desemprego, a pobreza e as desigualdades entre as regiões e que estão na origem da revolta popular, para além dos atentados aos direitos humanos e às liberdades.
A segunda convenção consiste num envelope de 57 milhões de euros para ajudar na gestão dos recursos hídricos para o desenvolvimento rural e agrícola.
A contribuição da UE vem acrescentar-se aos cerca de um bilião e 250 milhões de dólares americanos de empréstimos mobilizados pelo Banco Mundial, pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
Os dois documentos sancionam os trabalhos duma Task Force UE-Tunísia reunida em Túnis durante dois dias com a participação das principais instituições financeiras regionais e internacionais e vários operadores económicos dos países-membros da UE.
Segundo as conclusões da reunião, vários doadores mobilizaram um bilião de euros para apoiar o programa de relançamento tunisino e responder às necessidades a curto prazo da Tunísia.
O representante especial da UE para o Mediterrâneo do Sul, Bernardino Léon, anunciou que negociações vão ser realizadas a partir de sexta-feira pelas duas partes para establecer uma « parceria privilegiada » Tunísia-UE.
A reunião decorreu na presença da presidente da confederação suíça, Michelina Calmy-Rey.
Ela permitiu igualmente abordar a questão da fortuna colocada « fraudulentamente » no estrangeiro pelos próximos do antigo regime tunisino.
Todas as partes exprimiram a sua vontade de trabalhar para acelerar o processo de recuperação desta fortuna em benefício do povo tunisino, apesar da complexidade dos procedimentos judiciais aferentes.
« Uma Tunísia nova desenha-se aberta, dinâmica, próspera e democrática. É um exemplo para toda a região », declarou Ashton durante a cerimónia de encerramento da reunião que ela qualificou de “grande êxito”.
-0- PANA BB/AAS/SOC/MAR/IZ 30set2011