PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
União Africana adverte de crueldade de milícias Al Shabab na Somália
Paris, França (PANA) - O representante especial da União Africana (UA) na Somália, Boubacar Gaoussou Diarra, afirmou segunda-feira que "mesmo se as milícias islamitas somalís, Al Shabab, perderam vários terrenos que ocupavam nestes últimos tempos, eles continuam potencialmente danosos".
Falando durante uma entrevista à PANA, Diarra considerou que a perda de várias cidades pelos Al Shabab é mais uma retaguarda táctica que uma verdadeira derrota militar.
"Ainda estamos longe do fim do reinado dos Al Shababs. Até agora, os Al Shababs não enfrentaram diretamente as nossas forças. Quando marchamos em direção a grandes cidades, eles preferiram desistir simplesmente", advertiu.
Segundo o representante especial da UA na Somália, as milícias islamitas somalís complicam a missão da força de paz africana na Somália servindo-se das populações civis como escudo humano.
"Os Al Shababs, que conhecem o terreno e as populações, misturam-se com civis antes cada uma das nossas operações. Depois, ele voltam a carga quando menos se espera para cometer atentados mortais contra a AMISOM (Missão da União Africana e da ONU na Somália). Somos contudo obrigados a conciliar a luta contra os Al Shababs e o rumo das populações civis no seis das quais eles se escondem", frisou o ex-ministro maliano da Justiça.
Ele admitiu além disso que a vitória da AMISOM e do Governo Federal de Transição (TFG) da Somália sobre as milícias islamitas não pode realizar-se sem uma estratégia que associe esforços militares a gestos de reconciliação nacional.
"Para além da derrota destas milícias no terreno, devemos trabalhar para a reconciliação nacional na Somália. A aposta mais importante consiste em mostrar às populações que os Al Shababs nada lhes podem dar e que a sua salvação está pelo contrário no processo político conduzido pelas autoridades federais de transição", indicou o representante especial da UA na Somália.
Na sua ótica, é preciso associar aos esforços de reconciliação inter-somalí, a satisfação das necessidades práticas dos Somalís em matéria de educação, saúde e acesso à água potável.
-0- PANA SEI/TBM/IBA/MAR/DD 05setembro2012
Falando durante uma entrevista à PANA, Diarra considerou que a perda de várias cidades pelos Al Shabab é mais uma retaguarda táctica que uma verdadeira derrota militar.
"Ainda estamos longe do fim do reinado dos Al Shababs. Até agora, os Al Shababs não enfrentaram diretamente as nossas forças. Quando marchamos em direção a grandes cidades, eles preferiram desistir simplesmente", advertiu.
Segundo o representante especial da UA na Somália, as milícias islamitas somalís complicam a missão da força de paz africana na Somália servindo-se das populações civis como escudo humano.
"Os Al Shababs, que conhecem o terreno e as populações, misturam-se com civis antes cada uma das nossas operações. Depois, ele voltam a carga quando menos se espera para cometer atentados mortais contra a AMISOM (Missão da União Africana e da ONU na Somália). Somos contudo obrigados a conciliar a luta contra os Al Shababs e o rumo das populações civis no seis das quais eles se escondem", frisou o ex-ministro maliano da Justiça.
Ele admitiu além disso que a vitória da AMISOM e do Governo Federal de Transição (TFG) da Somália sobre as milícias islamitas não pode realizar-se sem uma estratégia que associe esforços militares a gestos de reconciliação nacional.
"Para além da derrota destas milícias no terreno, devemos trabalhar para a reconciliação nacional na Somália. A aposta mais importante consiste em mostrar às populações que os Al Shababs nada lhes podem dar e que a sua salvação está pelo contrário no processo político conduzido pelas autoridades federais de transição", indicou o representante especial da UA na Somália.
Na sua ótica, é preciso associar aos esforços de reconciliação inter-somalí, a satisfação das necessidades práticas dos Somalís em matéria de educação, saúde e acesso à água potável.
-0- PANA SEI/TBM/IBA/MAR/DD 05setembro2012