PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Um morto na 2ª volta das presidenciais no Mali
Bamako, Mali (PANA) - O responsável de uma mesa de voto na segunda volta das eleições presidenciais de domingo no Mali foi morto, no mesmo dia, por homens armados, suspeitando-se de um ataque extremista, anunciaram fontes segurança.
Segundo uma das fontes, os ‘jihadistas’ teriam chegado pelas 13:30 locais a uma mesa de voto em Arkodia, a cerca de 100 quilómetros a sudoeste de Timbuktu, onde a vítima tentou fugir, mas “os ‘jihadistas’ dispararam contra ele e mataram-no”.
“Seis pessoas entraram na mesa de voto e assassinaram o presidente”, confirmou fonte próxima da Polícia maliana, acrescentando que os atacantes “impediram a votação”.
Segundo o Centro de Observação de Cidadania do Mali, que tem mais de dois mil observadores no terreno, quatro trabalhadores “foram molestados” e a mesa de voto “foi queimada”.
Os grupos ‘jihadistas’, expulsos desta região em 2013 por uma intervenção militar francesa, consideraram esta eleição uma "ilusão".
Também no norte do Mali, na aldeia de Kiname, a 120 quilómetros de Timbuktu, “homens armados chegaram e incendiaram todos os materiais eleitorais, antes de partirem”, descreveu um habitante local.
Os observadores relataram ainda que não houve votação em outras mesas no país devido a “ameaças à segurança”, mas não mencionaram a existência de mais vítimas.
Na primeira volta das presidenciais, em 29 de julho, os extremistas mataram três pessoas que trabalhavam nas eleições e destruíram alguns materiais de voto.
Além disso, cerca de três porcento dos cerca de 23 mil locais de voto permaneceram fechados devido à violência, impedindo cerca de 250 mil eleitores de ir às urnas, sobretudo no centro e no norte do país.
Para evitar que esta situação se repita, cerca de 36 mil militares, mais seis mil do que na primeira volta, foram mobilizados para garantir a segurança do escrutínio, com o apoio dos capacetes azuis da Missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), das forças francesas da operação Barkhane e, no norte, onde o Estado tem pouca ou nenhuma presença, por grupos armados signatários do acordo de paz.
Esta segunda volta foi disputada pelo Presidente cessante, Ibrahim Boubacar Keïta (IBK), e pelo líder da oposição, Soumaila Cissé, os dois primeiros classificados da primeira volta com 41,7 e 17,7 porcento dos votos respetivamente.
Os dois também se defrontaram na última edição das presidenciais em 2013, quando IBK venceu com mais de 77 porcento dos votos.
Mais de 8,4 milhões de eleitores do Mali foram às urnas domingo para votar nesta segunda volta, em que IBK é considerado favorito face a Soumaila Cissé.
Dos 22 candidatos que participaram na primeira volta, vários posicionaram-se a favor de IBK, enquanto outros se mantiveram neutros e declararam não apoiar nenhum dos dois candidatos.
A neutralidade foi o caso de dois dos principais opositores neste escrutínio, que ocuparam o terceiro e o quarto posto na primeira ronda, ou seja, o empresário Aliou Diallo, que obteve 8,03 porcento dos votos, e o ex-primeiro-ministro Cheick Modibo Diarra (7,39%).
O país vive uma situação de insegurança e crise política desde o golpe de Estado militar de 2012, a que se seguiu uma rebelião independentista dos tuaregues no norte, apoiados por grupos jihadistas locais.
-0- PANA IZ 13agosto2018
Segundo uma das fontes, os ‘jihadistas’ teriam chegado pelas 13:30 locais a uma mesa de voto em Arkodia, a cerca de 100 quilómetros a sudoeste de Timbuktu, onde a vítima tentou fugir, mas “os ‘jihadistas’ dispararam contra ele e mataram-no”.
“Seis pessoas entraram na mesa de voto e assassinaram o presidente”, confirmou fonte próxima da Polícia maliana, acrescentando que os atacantes “impediram a votação”.
Segundo o Centro de Observação de Cidadania do Mali, que tem mais de dois mil observadores no terreno, quatro trabalhadores “foram molestados” e a mesa de voto “foi queimada”.
Os grupos ‘jihadistas’, expulsos desta região em 2013 por uma intervenção militar francesa, consideraram esta eleição uma "ilusão".
Também no norte do Mali, na aldeia de Kiname, a 120 quilómetros de Timbuktu, “homens armados chegaram e incendiaram todos os materiais eleitorais, antes de partirem”, descreveu um habitante local.
Os observadores relataram ainda que não houve votação em outras mesas no país devido a “ameaças à segurança”, mas não mencionaram a existência de mais vítimas.
Na primeira volta das presidenciais, em 29 de julho, os extremistas mataram três pessoas que trabalhavam nas eleições e destruíram alguns materiais de voto.
Além disso, cerca de três porcento dos cerca de 23 mil locais de voto permaneceram fechados devido à violência, impedindo cerca de 250 mil eleitores de ir às urnas, sobretudo no centro e no norte do país.
Para evitar que esta situação se repita, cerca de 36 mil militares, mais seis mil do que na primeira volta, foram mobilizados para garantir a segurança do escrutínio, com o apoio dos capacetes azuis da Missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), das forças francesas da operação Barkhane e, no norte, onde o Estado tem pouca ou nenhuma presença, por grupos armados signatários do acordo de paz.
Esta segunda volta foi disputada pelo Presidente cessante, Ibrahim Boubacar Keïta (IBK), e pelo líder da oposição, Soumaila Cissé, os dois primeiros classificados da primeira volta com 41,7 e 17,7 porcento dos votos respetivamente.
Os dois também se defrontaram na última edição das presidenciais em 2013, quando IBK venceu com mais de 77 porcento dos votos.
Mais de 8,4 milhões de eleitores do Mali foram às urnas domingo para votar nesta segunda volta, em que IBK é considerado favorito face a Soumaila Cissé.
Dos 22 candidatos que participaram na primeira volta, vários posicionaram-se a favor de IBK, enquanto outros se mantiveram neutros e declararam não apoiar nenhum dos dois candidatos.
A neutralidade foi o caso de dois dos principais opositores neste escrutínio, que ocuparam o terceiro e o quarto posto na primeira ronda, ou seja, o empresário Aliou Diallo, que obteve 8,03 porcento dos votos, e o ex-primeiro-ministro Cheick Modibo Diarra (7,39%).
O país vive uma situação de insegurança e crise política desde o golpe de Estado militar de 2012, a que se seguiu uma rebelião independentista dos tuaregues no norte, apoiados por grupos jihadistas locais.
-0- PANA IZ 13agosto2018