PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Um livro sobre "Independências armadilhadas" em África publicado em Paris
Doualá- Camarões (PANA) -- Um livro sobre a maneira como e as condições em quais as independências foram concedidas em África, nomeadamente nos Camarões e na República Democrática do Congo (RDC), acaba de ser editado na editora L'Harmattan em Paris (França), soube sexta-feira a PANA junto do autor, Daniel Yagnye Tom.
Intitulada "África: Meio século de independências armadilhadas - Casos dos Camarões e da RD Congo", a obra de 230 páginas demostra com detalhes e de modo cronológico que "as independências dadas aos países africanos em geral, e aos Camarões e à RDC em particular, foram armadilhadas a partida".
"Quem é o responsável pelos estragos das independências : são as potências colonizadoras que estabeleceram regras de partida e/ou os dirigentes africanos que se conformaram com isto por escolha ou por obrigação ?", pergunta-se o autor do livro.
Para Tom, as responsabilidades são partilhadas mas "a culpa principal do Estado actual do continente é nossa".
"Uma causa fundamental provem da forma e do contéudo das independências obtidas do colonizador e muitas vezes concedidas já armadilhadas a partida", prosseguiu.
O autor estima que "o que vivemos hoje é a consequência lógica do que foi programado pelas potências coloniais encurraladas para as independências nos anos 1950 e 60".
Daniel Yagnye Tom disse à PANA que "a escolha dos Camarões e da RDC foi guiada pelo destino comum de Ruben Um Nyobe e Patrice-Emery Lumumba apesar de os dois heróis terem tido rumos diferentes quando estavam a ser silenciados".
"As potências colonizadoras não permitiram a Ruben Um Nyobe aproximar-se do poder nos Camarões mas permitiram a Patrice-Emery Lumumba saboreá-lo na RD Congo a fim de o corromper.
Infelizmente para estas potências, nenhum dos dois deixou-se corromper, o que culminou no seu assassinato a 13 de Setembro de 1958 e a 17 de Janeiro de 1961, respectivamente", prosseguiu o autor camaronês.
O livro sublinha igualmente o papel e as missões desempenhadas pela França, a Bélgica, pelos Estados Unidos, pela Organização das Nações Unidas (ONU), e pelos chefes de Estado africanos como o falecido Joseph Désiré Mobutu do ex- Zaire (actual RDC), "no confisco de independências verdadeiras em África".
Daniel Yagnye Tom, nascido nos Camarões em 1955, é um destes numerosos Camaroneses quer foram obrigados a exilar-se.
Médico neurólogo, ele reside em Angola e é, desde 1977, militante da União das Populações dos Camarões (UPC, oposição).
Ele é autor da obra "UPCc face ao marasmo camaronês - o espírito de Abril como apoio !" publicado no L'Harmattan em 2004.
Intitulada "África: Meio século de independências armadilhadas - Casos dos Camarões e da RD Congo", a obra de 230 páginas demostra com detalhes e de modo cronológico que "as independências dadas aos países africanos em geral, e aos Camarões e à RDC em particular, foram armadilhadas a partida".
"Quem é o responsável pelos estragos das independências : são as potências colonizadoras que estabeleceram regras de partida e/ou os dirigentes africanos que se conformaram com isto por escolha ou por obrigação ?", pergunta-se o autor do livro.
Para Tom, as responsabilidades são partilhadas mas "a culpa principal do Estado actual do continente é nossa".
"Uma causa fundamental provem da forma e do contéudo das independências obtidas do colonizador e muitas vezes concedidas já armadilhadas a partida", prosseguiu.
O autor estima que "o que vivemos hoje é a consequência lógica do que foi programado pelas potências coloniais encurraladas para as independências nos anos 1950 e 60".
Daniel Yagnye Tom disse à PANA que "a escolha dos Camarões e da RDC foi guiada pelo destino comum de Ruben Um Nyobe e Patrice-Emery Lumumba apesar de os dois heróis terem tido rumos diferentes quando estavam a ser silenciados".
"As potências colonizadoras não permitiram a Ruben Um Nyobe aproximar-se do poder nos Camarões mas permitiram a Patrice-Emery Lumumba saboreá-lo na RD Congo a fim de o corromper.
Infelizmente para estas potências, nenhum dos dois deixou-se corromper, o que culminou no seu assassinato a 13 de Setembro de 1958 e a 17 de Janeiro de 1961, respectivamente", prosseguiu o autor camaronês.
O livro sublinha igualmente o papel e as missões desempenhadas pela França, a Bélgica, pelos Estados Unidos, pela Organização das Nações Unidas (ONU), e pelos chefes de Estado africanos como o falecido Joseph Désiré Mobutu do ex- Zaire (actual RDC), "no confisco de independências verdadeiras em África".
Daniel Yagnye Tom, nascido nos Camarões em 1955, é um destes numerosos Camaroneses quer foram obrigados a exilar-se.
Médico neurólogo, ele reside em Angola e é, desde 1977, militante da União das Populações dos Camarões (UPC, oposição).
Ele é autor da obra "UPCc face ao marasmo camaronês - o espírito de Abril como apoio !" publicado no L'Harmattan em 2004.