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Agência Panafricana de Notícias
Uganda defende sistema de modelo múltiplo para gestão de refugiados
Kampala- Uganda (PANA) -- O Presidente ugandês, Yoweri Museveni, apelou para a instalação dum sistema de modelo múltiplo para gerir os refugiados e os deslocados internos baseado na formação escolar e profissional geradora de competências que lhes garantam um futuro melhor.
"A integração urbana dos refugiados é preferível à horizontal zonas rurais que é fonte de conflitos com as comunidades locais", afirmou Museveni dirigindo-se ao Comité de Organização da cimeira especial da União Africana (UA) sobre refugiados e deslocados internos a realizar-se de 19 a 23 de Outubro em Kampala.
Os refugiados devem ser apoiados para que eles possam adquirir competências que lhes permitam evitar os conflitos fundiários com as populações locais, disse.
Assim, inisitiu, eles poderão desempenhar um papel maior quando regressam aos seus países, pelo que "nós devemos escolher a diversificação em vez de fornecer apenas a terra aos refugiados".
Mais de 600 delegados, dos quais 19 chefes de Estado e de Governo africanos são esperados na cimeira de Kampala a decorrer sob o lema "União Africana face ao Desafio do Deslocamento Forçado em África".
A reunião deverá adoptar uma declaração sobre as causas e os problemas dos 17 milhões de deslocados internos e de refugiados do continente.
Os líderes africanos deverão tomar decisões para ajudar o continente a eliminar progressivamente o fenómeno dos deslocamentos à grande escala de populações causados por conflitos ou catástrofes naturais, afirmou Tarsis Kabwejere, ministro ugandês de Socorros em Caso de Catástrofe e Refugiados, que dirige o Comité Organizador.
Museveni considera que o acesso à terra se tornou cada vez mais num problema, em particular devido ao crescimento da população e acrescentou que as autoridades competentes deviam planificar a assistência dos refugiados pelas cidades industriais.
"Manter as pessoas nos campos não faz parte das nossas tradições.
Por que não podemos oferecer aos refugiados outras oportuniades para além da agricultura, uma vez que a terra não estará sempre disponível?", interrogou-se.
Segundo ele, é preciso promover-se o desenvolvimento de centros urbanos industriais onde os refugiados possam adquirir competências e empregos.
O Uganda alberga mais de 155 mil refugiados, maioritariamente cidadãos do Sudão e da República Democrática do Congo, e possuía, há três anos, dois milhões de deslocados internos.
A maioria dos refugiados sudaneses chegaram durante a guerra civil entre o norte e o sul iniciada em 1983.
Na sequência da assinatura do Acordo Global de Paz, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) iniciou o repatriamento de alguns deles.
No entanto, a maioria ficaram no Uganda, alguns estabeleceram no país a sua residência permanente.
"A integração urbana dos refugiados é preferível à horizontal zonas rurais que é fonte de conflitos com as comunidades locais", afirmou Museveni dirigindo-se ao Comité de Organização da cimeira especial da União Africana (UA) sobre refugiados e deslocados internos a realizar-se de 19 a 23 de Outubro em Kampala.
Os refugiados devem ser apoiados para que eles possam adquirir competências que lhes permitam evitar os conflitos fundiários com as populações locais, disse.
Assim, inisitiu, eles poderão desempenhar um papel maior quando regressam aos seus países, pelo que "nós devemos escolher a diversificação em vez de fornecer apenas a terra aos refugiados".
Mais de 600 delegados, dos quais 19 chefes de Estado e de Governo africanos são esperados na cimeira de Kampala a decorrer sob o lema "União Africana face ao Desafio do Deslocamento Forçado em África".
A reunião deverá adoptar uma declaração sobre as causas e os problemas dos 17 milhões de deslocados internos e de refugiados do continente.
Os líderes africanos deverão tomar decisões para ajudar o continente a eliminar progressivamente o fenómeno dos deslocamentos à grande escala de populações causados por conflitos ou catástrofes naturais, afirmou Tarsis Kabwejere, ministro ugandês de Socorros em Caso de Catástrofe e Refugiados, que dirige o Comité Organizador.
Museveni considera que o acesso à terra se tornou cada vez mais num problema, em particular devido ao crescimento da população e acrescentou que as autoridades competentes deviam planificar a assistência dos refugiados pelas cidades industriais.
"Manter as pessoas nos campos não faz parte das nossas tradições.
Por que não podemos oferecer aos refugiados outras oportuniades para além da agricultura, uma vez que a terra não estará sempre disponível?", interrogou-se.
Segundo ele, é preciso promover-se o desenvolvimento de centros urbanos industriais onde os refugiados possam adquirir competências e empregos.
O Uganda alberga mais de 155 mil refugiados, maioritariamente cidadãos do Sudão e da República Democrática do Congo, e possuía, há três anos, dois milhões de deslocados internos.
A maioria dos refugiados sudaneses chegaram durante a guerra civil entre o norte e o sul iniciada em 1983.
Na sequência da assinatura do Acordo Global de Paz, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) iniciou o repatriamento de alguns deles.
No entanto, a maioria ficaram no Uganda, alguns estabeleceram no país a sua residência permanente.