PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Uganda acusa ONG de atiçar conflitos em África
Mombasa- Quénia (PANA) -- O ministro ugandês da Educação, Bataringaya Kamanda, denunciou segunda-feira, em Mombasa (Quénia), uma alegada implicação de Organizações não Governamentais no prolongamento de vários conflitos em muitos países africanos e no mundo inteiro.
De acordo com ele, muitas dessas ONG utilizam o pretexto de ajuda humanitária para se instalarem em zonas de conflito onde "ajudam a perpetrar as crises como forma de perpetuarem a sua presença".
"Muitas dessas organizações só aparecem quando e onde há crise e procuram criar as condições para o seu prolongamento", declarou Kamanda durante os debates da conferência regional sobre "Educação para Paz" que decorre de 14 a 16 deste mês em Mombasa.
O ministro reagia a algumas intervenções sobretudo de representantes da sociedade civil que tentaram imputar aos políticos africanos e às potências ocidentais o fomento das guerras em África.
Sem descartar porém tal responsabilidade da classe política africana e do Ocidente, Kamanda instou os participantes a discutir também, com profundidade, o papel da sociedade civil e sobretudo das ONG na prevenção e resolução de conflitos em África ou no fomento delas.
Segundo ele, as ONG estão envolvidas na continuação das crises porque estas "garantem a sua sobrevivência pela manutenção dos financiamentos dos doadores sob o pretexto de assistir as suas vítimas".
"O prolongamento dos conflitos em África assegura-lhes fontes de financiamento e o seu fim implicaria o desemprego", afirmou indicando que esta experiência já foi vivida em países como Angola, Uganda, RD Congo e Quénia e que ainda persiste noutros como o Sudão.
Sem no entanto citar nomes de tais organizações, o ministro lembrou que essas situações obrigaram, por exemplo, o chefe de Estado ugandês, Yoweri Museveni, a expulsar recentemente algumas ONG que operavam no país à semelhança do que aconteceu no Sudão.
Kamanda denunciou inclusive que muitas das ONG assistem directamente as rebeliões armadas sobretudo no transporte do armamento que é utilizado nos conflitos que provocam o sofrimento das populações.
Por seu turno, uma das intervenientes cuja dissertação provocou a reacção de Kamanda, reconheceu existirem certas ONG de má fé que acabam por manchar o bom nome das demais mas insistiu que, apesar disso, "existem outras que têm feito um grande trabalho que está à vista de todos".
A conferência regional de Mombasa, uma cidade turística e portuária no sudeste do Quénia, foi co-organizada pela Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA) e pelo Ministério queniano da Educação.
O objectivo do encontro dirigido aos países africanos em situação de conflito ou pós-conflito é oferecer um espaço de diálogo e de troca de experiências sobre o papel da Educação na prevenção e resolução de conflitos.
Os seus promotores acreditam que o sistema de educação e ensino pode servir de instrumento de prevenção de crises, inculcando nos membros da sociedade valores e princípios geradores da cultura da paz.
De acordo com ele, muitas dessas ONG utilizam o pretexto de ajuda humanitária para se instalarem em zonas de conflito onde "ajudam a perpetrar as crises como forma de perpetuarem a sua presença".
"Muitas dessas organizações só aparecem quando e onde há crise e procuram criar as condições para o seu prolongamento", declarou Kamanda durante os debates da conferência regional sobre "Educação para Paz" que decorre de 14 a 16 deste mês em Mombasa.
O ministro reagia a algumas intervenções sobretudo de representantes da sociedade civil que tentaram imputar aos políticos africanos e às potências ocidentais o fomento das guerras em África.
Sem descartar porém tal responsabilidade da classe política africana e do Ocidente, Kamanda instou os participantes a discutir também, com profundidade, o papel da sociedade civil e sobretudo das ONG na prevenção e resolução de conflitos em África ou no fomento delas.
Segundo ele, as ONG estão envolvidas na continuação das crises porque estas "garantem a sua sobrevivência pela manutenção dos financiamentos dos doadores sob o pretexto de assistir as suas vítimas".
"O prolongamento dos conflitos em África assegura-lhes fontes de financiamento e o seu fim implicaria o desemprego", afirmou indicando que esta experiência já foi vivida em países como Angola, Uganda, RD Congo e Quénia e que ainda persiste noutros como o Sudão.
Sem no entanto citar nomes de tais organizações, o ministro lembrou que essas situações obrigaram, por exemplo, o chefe de Estado ugandês, Yoweri Museveni, a expulsar recentemente algumas ONG que operavam no país à semelhança do que aconteceu no Sudão.
Kamanda denunciou inclusive que muitas das ONG assistem directamente as rebeliões armadas sobretudo no transporte do armamento que é utilizado nos conflitos que provocam o sofrimento das populações.
Por seu turno, uma das intervenientes cuja dissertação provocou a reacção de Kamanda, reconheceu existirem certas ONG de má fé que acabam por manchar o bom nome das demais mas insistiu que, apesar disso, "existem outras que têm feito um grande trabalho que está à vista de todos".
A conferência regional de Mombasa, uma cidade turística e portuária no sudeste do Quénia, foi co-organizada pela Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA) e pelo Ministério queniano da Educação.
O objectivo do encontro dirigido aos países africanos em situação de conflito ou pós-conflito é oferecer um espaço de diálogo e de troca de experiências sobre o papel da Educação na prevenção e resolução de conflitos.
Os seus promotores acreditam que o sistema de educação e ensino pode servir de instrumento de prevenção de crises, inculcando nos membros da sociedade valores e princípios geradores da cultura da paz.