PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
UNICEF publica relatório sobre situação alimentar no Corno de África
Nairobi, Quénia (PANA) – A grande resposta internacional a favor da sobrevivência das crianças no Corno de África mostrou resultados positivos, mas muita coisa tem de ser feita ainda, afirma o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) num relatório divulgado terça-feira em Nairobi, a capital do Quénia.
O relatório mostra a imperiosa necessidade de salvar centenas de milhares de crianças que correm o risco de morrer de desnutrição e de doença na Somália.
"Salvamos muitas crianças na Somália, nos campos de refugiados nos países vizinhos, bem como nas outras regiões atingidas pela seca prolongada no Quénia, na Etiópia e em Djibouti», disse o diretor regional do UNICEF para a África Oriental e Austral, El hadj As Sy.
"Elas foram igualmente atingidas pela subida dos preços dos produtos alimentares e pelos conflitos. Dada a amplitude da crise humanitária, temos de aumentar a nossa resposta imediata e lançar as bases de um desenvolvimento a longo prazo para prevenir a repetição de uma catástrofe similar", acrescentou.
"Precisamos de apoio acrescido para estender as nossas intervenções integradas em matéria de saúde, de nutrição, de segurança alimentar, de água e de saneamento, de educação e de proteção da infância para construir um melhor futuro a favor das crianças do Corno de África", prosseguiu.
Cerca de 13,3 milhões de pessoas precisam de ajuda e mais de 450 mil Somalís fugiram para os campos de refugiados perto de Dadaab, no norte do Quénia, dos quais 100 mil desde junho.
Outros 183 mil Somalís fugiram para a Etiópia, dos quais 120 mil, nos campos de refugiados de Dollo Ado, 20 mil refugiados no Djibouti, indica o relatório da UNICEF.
Milhares de crianças já morreram, enquanto mais de 320 mil padecem de severa desnutrição. Elas podem morrer nas próximas semanas e nos próximos meses se as operações não forem rapidamente intensificadas.
Graças a todo este apoio, o UNICEF e os parceiros obtiveram durante os últimos três meses importantes resultados no Corno de África.
Cerca de 10 mil toneladas de ajuda vital foram encaminhadas pelo UNICEF no Corno da África via aérea e marítima.
Cerca de 108 mil crianças vítimas de desnutrição aguda são tratadas nos centros de nutrição terapêutica, enquanto 1,2 milhão de crianças foram vacinadas contra o sarampo.
O relatório sublinha que os sistemas comunitários como o programa de proteção social e o programa de vulgarização sanitária na Etiópia desempenharam um papel na prevenção de uma taxa mais elevada de mortalidade.
Na Somália central e meridional, onde o acesso das agências humanitárias é limitado, o UNICEF distribuiu suplementos nutritivos a 350 mil pessoas e refeições a cerca de 30 mil famílias, no seu caminho para os campos de refugiados no Quénia e na Etiópia.
As previsões para a estação de chuvas de outubro a dezembro indicam que a segurança alimentar pode melhorar no Quénia e na Etiópia, onde as chuvas começaram recentemente.
Todavia, a experiência mostra também que as chuvas após uma seca prolongada aumentam o risco de inundações e epidemias de doenças mortais como a cólera, o paludismo e a pneumonia.
-0- PANA DJ/BOS/ASA/AAS/SOC/C/CJB/TON 26out2011
O relatório mostra a imperiosa necessidade de salvar centenas de milhares de crianças que correm o risco de morrer de desnutrição e de doença na Somália.
"Salvamos muitas crianças na Somália, nos campos de refugiados nos países vizinhos, bem como nas outras regiões atingidas pela seca prolongada no Quénia, na Etiópia e em Djibouti», disse o diretor regional do UNICEF para a África Oriental e Austral, El hadj As Sy.
"Elas foram igualmente atingidas pela subida dos preços dos produtos alimentares e pelos conflitos. Dada a amplitude da crise humanitária, temos de aumentar a nossa resposta imediata e lançar as bases de um desenvolvimento a longo prazo para prevenir a repetição de uma catástrofe similar", acrescentou.
"Precisamos de apoio acrescido para estender as nossas intervenções integradas em matéria de saúde, de nutrição, de segurança alimentar, de água e de saneamento, de educação e de proteção da infância para construir um melhor futuro a favor das crianças do Corno de África", prosseguiu.
Cerca de 13,3 milhões de pessoas precisam de ajuda e mais de 450 mil Somalís fugiram para os campos de refugiados perto de Dadaab, no norte do Quénia, dos quais 100 mil desde junho.
Outros 183 mil Somalís fugiram para a Etiópia, dos quais 120 mil, nos campos de refugiados de Dollo Ado, 20 mil refugiados no Djibouti, indica o relatório da UNICEF.
Milhares de crianças já morreram, enquanto mais de 320 mil padecem de severa desnutrição. Elas podem morrer nas próximas semanas e nos próximos meses se as operações não forem rapidamente intensificadas.
Graças a todo este apoio, o UNICEF e os parceiros obtiveram durante os últimos três meses importantes resultados no Corno de África.
Cerca de 10 mil toneladas de ajuda vital foram encaminhadas pelo UNICEF no Corno da África via aérea e marítima.
Cerca de 108 mil crianças vítimas de desnutrição aguda são tratadas nos centros de nutrição terapêutica, enquanto 1,2 milhão de crianças foram vacinadas contra o sarampo.
O relatório sublinha que os sistemas comunitários como o programa de proteção social e o programa de vulgarização sanitária na Etiópia desempenharam um papel na prevenção de uma taxa mais elevada de mortalidade.
Na Somália central e meridional, onde o acesso das agências humanitárias é limitado, o UNICEF distribuiu suplementos nutritivos a 350 mil pessoas e refeições a cerca de 30 mil famílias, no seu caminho para os campos de refugiados no Quénia e na Etiópia.
As previsões para a estação de chuvas de outubro a dezembro indicam que a segurança alimentar pode melhorar no Quénia e na Etiópia, onde as chuvas começaram recentemente.
Todavia, a experiência mostra também que as chuvas após uma seca prolongada aumentam o risco de inundações e epidemias de doenças mortais como a cólera, o paludismo e a pneumonia.
-0- PANA DJ/BOS/ASA/AAS/SOC/C/CJB/TON 26out2011