PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
UNESCO deplora retirada das contribuições dos Estados Unidos devido à adesão da Palestina
Paris, França (PANA) – A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) lamantou que a decisão da administração norte-americana de suspender as suas contribuições esta agência onusina "enfraquecerá e comprometerá a sua capacidade de construir sociedades livres e abertas".
A diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, fez esta advertência quarta-feira ao reagir à decisão da administração do Presidente Barack Obama de suspender as suas contribuições para a UNESCO « com base em leis adotadas nos anos 90, proibindo o financiamento das agências da ONU que aceitem a adesão a entidades que não tenham um estatuto de Estado de pleno direito».
"Num período marcado pela crise económica e pelas transformações sociais, acho que o trabalho vital da UNESCO com vista a promover uma estabilidade mundial e os valores democráticos está no centro mesmo dos interesses norte-americanos", disse, acrescentando que os Estados Unidos "sempre foram um parceiro essencial para o trabalho da UNESCO".
Ela falou dos benefícios do financiamento norte-americano "que ajudou a UNESCO na criação e na manutenção duma imprensa livre e competitiva no Iraque, na Tunísia e no Egito".
No Afeganistão, prosseguiu, o apoio dos Estados Unidos ajudou a UNESCO a alfabetizar milhares polícias, enquanto programas similares noutras zonas de conflito continuam a dar às populações instrumentos de pensamento crítico e a confiança de que elas precisam para lutar contra o extremismo violento e manter o espírito democrático da Primavera Árabe.
A UNESCO forma igualmente jornalistas em cobertura objetiva das eleições, enquanto assume, no mundo inteiro, a defesa de cada jornalista agredido ou assassinado, "pois somos a agência da ONU que tem por missão proteger a liberdade de expressão", explicou.
Ela lembrou que, em Washington, no início deste ano, entregou o Prémio da Liberdade de Imprensa da UNESCO a Ahmad Zeidabadi, um jornalista iraniano detido.
Bokova declarou que a UNESCO é a única agência das Nações Unidas mandatada para promover a educação sobre o Holocausto no mundo, e que graças a fundos concedidos pelos Estados Unidos e por Israel ela desenvolve programas escolares para fazer com que este acontecimento nunca seja esquecido.
"Em fevereiro último, efetuei uma visita histórica ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau com mais de 150 responsáveis políticos e religiosos essencialmente de países árabes e muçulmanos", afirmou.
A UNESCO congratulou-se com o facto os Estado Unidos continuarem membro da agência onusina e espera que uma solução relativa ao financiamento seja brevemente encontrada.
No entanto, indicou, "será impossível mantermos o nosso nível de atividade autal, uma vez que a suspensão anunciada da contribuição norte-americana para 2011 afetará imediatamente a nossa capacidade de manter os nossos programas em domínios críticos".
De acordo com a responsável máxima da UNESCO, trata-se de programas consagrados ao alcance da educação primária universal, ao apoio às novas democracias e à luta contra o extremismo.
Sediada em Paris, a UNESCO tornou-se na primeira agência onusina a admitir a Palestina como membro de pleno direito, numa vitória diplomática para este país do Médio Oriente na sua busca de reconhecimento internacional enquanto Estado soberano.
Durante a votação na UNESCO, a adesão da Palestina foi apoiada por 107 dos 195 Estados-membros da organização, enquano 52 países se abstiveram e 14 votaram contra.
Com esta nova adesão, o número de Estado-membros da UNESCO eleva-se para 196.
Ao reagir à admissão da Palestina, a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, declarou que « a votação pelos Estados-membros da UNESCO para admitir a Palestina como membro é deplorável, prematura e compromete o novo objetivo comum duma paz global, justa e duradoura no Médio Oriente ».
Os Estados Unidos contribuem com 22 porcento para o orçamento da UNESCO, concedendo anualmente cerca de 80 milhões de dólares americanos.
-0- PANA PR/VAO/FJG/TBM/SOC/FK/IZ 03nov2011
A diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, fez esta advertência quarta-feira ao reagir à decisão da administração do Presidente Barack Obama de suspender as suas contribuições para a UNESCO « com base em leis adotadas nos anos 90, proibindo o financiamento das agências da ONU que aceitem a adesão a entidades que não tenham um estatuto de Estado de pleno direito».
"Num período marcado pela crise económica e pelas transformações sociais, acho que o trabalho vital da UNESCO com vista a promover uma estabilidade mundial e os valores democráticos está no centro mesmo dos interesses norte-americanos", disse, acrescentando que os Estados Unidos "sempre foram um parceiro essencial para o trabalho da UNESCO".
Ela falou dos benefícios do financiamento norte-americano "que ajudou a UNESCO na criação e na manutenção duma imprensa livre e competitiva no Iraque, na Tunísia e no Egito".
No Afeganistão, prosseguiu, o apoio dos Estados Unidos ajudou a UNESCO a alfabetizar milhares polícias, enquanto programas similares noutras zonas de conflito continuam a dar às populações instrumentos de pensamento crítico e a confiança de que elas precisam para lutar contra o extremismo violento e manter o espírito democrático da Primavera Árabe.
A UNESCO forma igualmente jornalistas em cobertura objetiva das eleições, enquanto assume, no mundo inteiro, a defesa de cada jornalista agredido ou assassinado, "pois somos a agência da ONU que tem por missão proteger a liberdade de expressão", explicou.
Ela lembrou que, em Washington, no início deste ano, entregou o Prémio da Liberdade de Imprensa da UNESCO a Ahmad Zeidabadi, um jornalista iraniano detido.
Bokova declarou que a UNESCO é a única agência das Nações Unidas mandatada para promover a educação sobre o Holocausto no mundo, e que graças a fundos concedidos pelos Estados Unidos e por Israel ela desenvolve programas escolares para fazer com que este acontecimento nunca seja esquecido.
"Em fevereiro último, efetuei uma visita histórica ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau com mais de 150 responsáveis políticos e religiosos essencialmente de países árabes e muçulmanos", afirmou.
A UNESCO congratulou-se com o facto os Estado Unidos continuarem membro da agência onusina e espera que uma solução relativa ao financiamento seja brevemente encontrada.
No entanto, indicou, "será impossível mantermos o nosso nível de atividade autal, uma vez que a suspensão anunciada da contribuição norte-americana para 2011 afetará imediatamente a nossa capacidade de manter os nossos programas em domínios críticos".
De acordo com a responsável máxima da UNESCO, trata-se de programas consagrados ao alcance da educação primária universal, ao apoio às novas democracias e à luta contra o extremismo.
Sediada em Paris, a UNESCO tornou-se na primeira agência onusina a admitir a Palestina como membro de pleno direito, numa vitória diplomática para este país do Médio Oriente na sua busca de reconhecimento internacional enquanto Estado soberano.
Durante a votação na UNESCO, a adesão da Palestina foi apoiada por 107 dos 195 Estados-membros da organização, enquano 52 países se abstiveram e 14 votaram contra.
Com esta nova adesão, o número de Estado-membros da UNESCO eleva-se para 196.
Ao reagir à admissão da Palestina, a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, declarou que « a votação pelos Estados-membros da UNESCO para admitir a Palestina como membro é deplorável, prematura e compromete o novo objetivo comum duma paz global, justa e duradoura no Médio Oriente ».
Os Estados Unidos contribuem com 22 porcento para o orçamento da UNESCO, concedendo anualmente cerca de 80 milhões de dólares americanos.
-0- PANA PR/VAO/FJG/TBM/SOC/FK/IZ 03nov2011