PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
UNESCO denuncia vandalismo de património cultural e religioso na capital líbia
Tripoli, Líbia (PANA) – A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) condenou, quarta-feira, uma série de atos de vandalismo do património cultural e religioso da capital líbia, Tripoli, exposta ao caos de segurança há vários meses.
« Condeno com firmeza os recentes ataques contra instalações do património cultural e religioso da velha cidade de Tripoli », declarou a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, num comunicado de imprensa.
Precisou que « a pilhagem e o tráfico ilícito de objetos culturais só podem aprofundar as chagas da sociedade líbia, que luta pelo regresso à normalidade e para se relevar ».
« Eu quero felicitar todos os cidadãos e os benévolos que protegeram a mesquita Darghout », indicou Bokova, acrescentando que « estes ataques não podem ser considerados de forma isolada ou como danos colaterais. Eles inscrevem-se num contexto global de ataques repetitivos e deliberados contra o património cultural, na Líbia e noutras zonas, que ameaçam a coesão social e alimentam a violência e a divisão no seio da sociedade ».
A 7 de outubro último, um grupo de homens armados assaltaram e saquearam a mesquita Karamanli, uma das mais bonitas e célebres de Tripoli, construída por Ahmed Pacha em 1738, arrancando os ladrilhos de cerâmica e as decorações internas de mármore e o soalho.
Madrasa (escola) histórica Othman Pacha, ao serviço da comunidade sufista de Tripoli, foi destruída e saqueada quatro dias mais tarde por homens armados.
No mesmo dia, uma tentativa de vandalizar a mesquita Darghout, a célebre mesquita dedicada ao primeiro governador otomano de Tripoli, foi frustrada, graças a benévolos locais que protegiam as instalações forçando assim os assaltantes a partirem.
A UNESCO indicou ter lançado um apelo a todos os parceiros nacionais e internacionais para reforçar as ações e a vigilância a fim de proteger o património cultural da Líbia num contexto de turbulências crescentes e de insegurança.
Segundo a agência onusina, os edifícios religiosos históricos da antiga cidade de Tripoli representam um património comum de todos os Líbios, mas eles são cada vez mais alvo de vandalismo deliberado e submetidos aos riscos de pilhagem e de tráfico ilícito.
A UNESCO afirmou o seu compromisso de trabalhar com as autoridades líbias, para reforçar as medidas de emergência para a proteção do património cultural.
Uma formação sobre as situações de emergência e prevenção dos riscos será realizada nas próximas semanas para permitir às autoridades procederem a uma avaliação rápida, documentar e controlar o património.
Desde a destituição do regime de Muamar Kadafi em agosto de 2011, após 42 anos de poder absoluto, vários atos de profanação foram perpetrados em monumentos religiosos, nomeadamente mausoléus e sepulturas de líderes sufistas em Tripoli e em várias províncias do país.
-0- PANA BY/IS/FK/DD 16out2014
« Condeno com firmeza os recentes ataques contra instalações do património cultural e religioso da velha cidade de Tripoli », declarou a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, num comunicado de imprensa.
Precisou que « a pilhagem e o tráfico ilícito de objetos culturais só podem aprofundar as chagas da sociedade líbia, que luta pelo regresso à normalidade e para se relevar ».
« Eu quero felicitar todos os cidadãos e os benévolos que protegeram a mesquita Darghout », indicou Bokova, acrescentando que « estes ataques não podem ser considerados de forma isolada ou como danos colaterais. Eles inscrevem-se num contexto global de ataques repetitivos e deliberados contra o património cultural, na Líbia e noutras zonas, que ameaçam a coesão social e alimentam a violência e a divisão no seio da sociedade ».
A 7 de outubro último, um grupo de homens armados assaltaram e saquearam a mesquita Karamanli, uma das mais bonitas e célebres de Tripoli, construída por Ahmed Pacha em 1738, arrancando os ladrilhos de cerâmica e as decorações internas de mármore e o soalho.
Madrasa (escola) histórica Othman Pacha, ao serviço da comunidade sufista de Tripoli, foi destruída e saqueada quatro dias mais tarde por homens armados.
No mesmo dia, uma tentativa de vandalizar a mesquita Darghout, a célebre mesquita dedicada ao primeiro governador otomano de Tripoli, foi frustrada, graças a benévolos locais que protegiam as instalações forçando assim os assaltantes a partirem.
A UNESCO indicou ter lançado um apelo a todos os parceiros nacionais e internacionais para reforçar as ações e a vigilância a fim de proteger o património cultural da Líbia num contexto de turbulências crescentes e de insegurança.
Segundo a agência onusina, os edifícios religiosos históricos da antiga cidade de Tripoli representam um património comum de todos os Líbios, mas eles são cada vez mais alvo de vandalismo deliberado e submetidos aos riscos de pilhagem e de tráfico ilícito.
A UNESCO afirmou o seu compromisso de trabalhar com as autoridades líbias, para reforçar as medidas de emergência para a proteção do património cultural.
Uma formação sobre as situações de emergência e prevenção dos riscos será realizada nas próximas semanas para permitir às autoridades procederem a uma avaliação rápida, documentar e controlar o património.
Desde a destituição do regime de Muamar Kadafi em agosto de 2011, após 42 anos de poder absoluto, vários atos de profanação foram perpetrados em monumentos religiosos, nomeadamente mausoléus e sepulturas de líderes sufistas em Tripoli e em várias províncias do país.
-0- PANA BY/IS/FK/DD 16out2014