Agência Panafricana de Notícias

UE revê Acordo de Schengen sobre vistos

Bruxelas- Bélgica (PANA) -- A União Europeia (UE) deverá rever alguns artigos do Acordo de Schengen que permitiram à Suíça estabelecer uma lista negra de 180 dirigentes líbios proibidos de estada na Europa, declarou quinta-feira à imprensa em Bruxelas o director do Serviço de Imigração e Fronteiras da Comissão Europeia, Jean-Louis de Brouwer.
Como medida de retorsão, a Líbia decretou a proibição de viagem e a interdição de vistos para todos os cidadãos dos 22 Estados membros da UE signatários do Acordo de Schengen.
A Suíça, que se recusa a tornar-se membro da União Europeia, aderiu, contudo, ao Acordo de Schengen sobre os vistos.
A Suíça recusou a sua filiação na UE devido ao sigilo bancário, que faz deste país um paraíso fiscal.
"Não há nenhuma razão para que os cidadãos europeus sofram dos efeitos das más relações entre a Suíça e a Líbia", declara num comunicado entregue à imprensa Simon Busutil, eurodeputado de Malta.
Iniciada há três semanas, a crise de vistos entre a Líbia e a Suíça está a durar e os cidados europeus do Espaço Schengen permanecem proibidos de vistos de entrada na Líbia.
O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, Miguel Angel Moratimos, cujo país assume a presidência da UE, foi recebido segunda-feira em Tripoli pelo guia líbio, Muamar Kadafi, a quem ele entregou uma mensagem do Rei Juan Carlos da Espanha.
O comunicado publicado no termo da reunião não faz menção à questão dos vistos, mas, segundo um membro da delegação espanhola recebida em Tripoli, a Líbia estaria disposta a aceitar uma mediação para resolver a crise.