PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
UE perspetiva adotar visto humanitário europeu
Bruxelas, Bélgica (PANA) – Uma cimeira extraordinária dos chefes de Estados e de Governos da União Europeia (UE) vai realizar-se quinta-feira em Bruxelas com vista a encontrar soluções para a tragédia da imigração no Mediterrâneo, anunciou a alta representante da UE para a Política Externa e Segurança Comum (PESC), Federica Mogherini, no termo da reunião do Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros em Luxemburgo.
Entre as soluções propostas figura a instauração dum visto humanitário europeu para permitir aos migrantes africanos serem acolhidos na Europa sem terem de tentar atravessar clandestinamente o Mediterrâneo com o risco de perder as suas vidas.
Uma outra solução proposta é posicionar navios militares europeus no Mediterrâneo, face à Líbia, para perseguir as embarcações obsoletas que transportam os passageiros clandestinos para a Europa.
Atualmente, barcos europeus da operação Atalanta estão a combater com êxito os piratas que atuam no Oceano Índico, em frente da Somália.
Enquanto se realizava o Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros ocorreu uma dupla tragédia no Mar Mediterrâneo após o naufrágio duma jangada com quase 100 passageiros clandestinos próximo da ilha de Rhodes, na Grécia, e dum barco não longe da ilha de Malta, onde quase 29 pessoas foram salvas.
Os líderes europeus vão reunir-se para decidir reforçar os meios com barcos, aviões e pessoais da operação Triton.
A operação Triton sucedeu à Mare Nostrum, da qual a Itália tomou a iniciativa e que conseguiu salvar 170 mil pessoas em 2014.
Roma teve de abandonar a operação devido ao seu custo muito elevado de três milhões de euros por mês.
Yaya Diallo, conselheiro de origem sengalesa do Presidente francês, François Hollande, deplorou que os líderes europeus não tenham ouvido as advertências lançadas em 2011 pelos Presidentes congolês, Denis Sassou Nguesso, equato-guineense, Teodoro Obiang Nguema Mbassogo, então Presidente em exercício da União Africana (UA), de não atacar a Líbia para destituir o seu líder, Muamar Kadafi, cujo regime garantia ao país estabilidade e ajudava financeiramente muitos países africanos.
Ele criticou também o filósofo francês Bernard Henri Levy, que convenceu o ex-Presidente francês, Nicolas Sarkozy, a lançar a guerra contra Kadafi depois de « forçar », apressadamente, o Conselho de Segurança da ONU a adotar uma resolução para atacar a Líbia.
Na Europa, a opinião pública está muito cética sobre a capacidade da UE de pôr termo aos naufrágios repetitivos de migrantes que fazem do Mediterrâneo um « mar morto » como intitulou o diário francês « Libération ».
-0- PANA AK/JSG/FK/TON 21abril2015
Entre as soluções propostas figura a instauração dum visto humanitário europeu para permitir aos migrantes africanos serem acolhidos na Europa sem terem de tentar atravessar clandestinamente o Mediterrâneo com o risco de perder as suas vidas.
Uma outra solução proposta é posicionar navios militares europeus no Mediterrâneo, face à Líbia, para perseguir as embarcações obsoletas que transportam os passageiros clandestinos para a Europa.
Atualmente, barcos europeus da operação Atalanta estão a combater com êxito os piratas que atuam no Oceano Índico, em frente da Somália.
Enquanto se realizava o Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros ocorreu uma dupla tragédia no Mar Mediterrâneo após o naufrágio duma jangada com quase 100 passageiros clandestinos próximo da ilha de Rhodes, na Grécia, e dum barco não longe da ilha de Malta, onde quase 29 pessoas foram salvas.
Os líderes europeus vão reunir-se para decidir reforçar os meios com barcos, aviões e pessoais da operação Triton.
A operação Triton sucedeu à Mare Nostrum, da qual a Itália tomou a iniciativa e que conseguiu salvar 170 mil pessoas em 2014.
Roma teve de abandonar a operação devido ao seu custo muito elevado de três milhões de euros por mês.
Yaya Diallo, conselheiro de origem sengalesa do Presidente francês, François Hollande, deplorou que os líderes europeus não tenham ouvido as advertências lançadas em 2011 pelos Presidentes congolês, Denis Sassou Nguesso, equato-guineense, Teodoro Obiang Nguema Mbassogo, então Presidente em exercício da União Africana (UA), de não atacar a Líbia para destituir o seu líder, Muamar Kadafi, cujo regime garantia ao país estabilidade e ajudava financeiramente muitos países africanos.
Ele criticou também o filósofo francês Bernard Henri Levy, que convenceu o ex-Presidente francês, Nicolas Sarkozy, a lançar a guerra contra Kadafi depois de « forçar », apressadamente, o Conselho de Segurança da ONU a adotar uma resolução para atacar a Líbia.
Na Europa, a opinião pública está muito cética sobre a capacidade da UE de pôr termo aos naufrágios repetitivos de migrantes que fazem do Mediterrâneo um « mar morto » como intitulou o diário francês « Libération ».
-0- PANA AK/JSG/FK/TON 21abril2015