Agência Panafricana de Notícias

UE oferece bilião de euros ao Níger para lutar contra migração clandestina

Bruxelas, Bélgica (PANA) – O Níger vai receber uma ajuda de desenvolvimento de um bilião de euros da União Europeia (UE), para o ajudar nos esforços de luta contra a migração clandestina, enquanto principal país de trânsito dos migrantes africanos a caminho da Líbia.

A oferta foi anunciada esta quinta-feira pelo comissário europeu para a Ajuda Internacional, Neven Mimica, durante a abertura no mesmo dia, em Bruxelas, duma cimeira europeia em que a crise migratória foi um dos pontos da agenda.

Trata-se assim de ajudar o Níger a fazer face aos múltiplos desafios com que está confrontado, nos domínios da segurança, da migração, do ambiente, da demografia, do desenvolvimento e da situação humanitária, indicou Mimica.

Neste sentido, a UE pretende mobilizar todos os instrumentos disponíveis para reforçar as capacidades do Governo nigerino nos domínios da governação, da segurança, da luta contra a migração irregular, do tráfico de seres humanos, das ações humanitárias e do desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões.

O Níger representa o principal país beneficiário do Fundo Fiduciário de Emergência para a estabilidade e para a luta contra as causas profundas da migração irregular e das pessoas deslocadas em África.

Nove ações serão realizadas no quadro do Fundo Fiduciário de Emergência, visando, nomeadamente, proteger os migrantes, facilitar a reintegração, reforçar as capacidades do Governo de lutar contra as redes criminosas e melhor gerir as suas fronteiras e apoiar as populações com alternativas económicas para aquelas que vivem de atividades ligadas às migrações irregulares.

Outros projetos relativos à migração no Níger são o programa "Mecanismo de Riposta e Recursos para os Migrantes", bem como a Iniciativa FFU-OIM para a Proteção e Reintegração dos Migrantes e que visa apoiar a riposta ao Níger aos fluxos migratórios que atravessam o seu território, nomeadamente, ao promover o desenvolvimento económico e social através das migrações circulares.

-0- PANA AK/JSG/FK/IZ 14dez2017