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Agência Panafricana de Notícias
UE financia projeto de água e saneamento em Cabo Verde e Guiné-Bissau
Praia, Cabo Verde (PANA) - Um projeto denominado "Reforço das Capacidades das Autoridades Locais na Melhoria das Condições Sanitárias da Praia e Bissau", financiado pela União Europeia (UE) com um milhão e 350 mil euros foi apresentado segunda-feira, na capital cabo-verdiana, Praia.
Trata-se de um projeto conjunto que visa colmatar as deficiências no abastecimento de água, saneamento e tratamento de resíduos sólidos nas capitais de Cabo Verde e da Guiné-Bissau.
No caso da Praia, contemplado com um financiamento de 760 mil euros, o projeto vai beneficiar 13 bairros (oito mil 516 habitantes), atualmente abastecidos de forma intermitente através de chafarizes públicos e levados a evacuar os excrementos a céu aberto.
Para ultrapassar esta situação, prevê-se que sete mil e 106 habitações sejam ligadas à rede pública de água e mil e 410 à rede pública de esgotos.
O projeto prevê ainda a realização de ações de formação de 800 agentes.
Cerca de 45,2 porcento dos quase 140 mil habitantes da cidade da Praia ainda recorrem aos chafarizes, dos quais 5,4 porcento em casas de vizinhos, quatro porcento por autotanque e os restantes 45,4 porcento pela rede pública de distribuição de água.
Em termos de saneamento, 41,5 porcento dos agregados familiares não possuem casas de banho e apenas 14,8 porcento estão ligados à rede pública de drenagem de águas residuais, sendo 35,1 porcento das habitações servidas por fossa séptica e 64,9 porcento dos agregados não dispõem de adequado sistema de evacuação dos fluentes domésticos.
O presidente da Câmara Municipal da Praia, Ulisses Correia e Silva, considera que o projeto tem grande pertinência, dado o nível de deficiências existentes na cobertura de abastecimento domiciliário de água, saneamento e gestão dos resíduos sólidos urbanos na capital cabo-verdiana
Falando na sequência da apresentação do projeto, a que assistiu também o seu homólogo de Bissau, Correia e Silva indicou que as atividades na cidade da Praia decorrem a "bom ritmo", tendo já sido iniciado o fornecimento de tubagens e acessórios para as mil e 512 ligações domiciliárias de água e 300 de esgotos.
Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Bissau, Armando António Napoco, que não apresentou os dados relativos à sua cidade, disse que a experiência da Praia pode inspirar a capital guineense no domínio da legislação ambiental e dos instrumentos de gestão camarária.
"O aspeto do saneamento não pode ser vencido apenas com os nossos meios. Tem de ser um trabalho de todos. E o projeto está a facilitar a tarefa de Bissau", disse Napoco.
O presidente da Câmara de Bissau explicou que este financiamento irá servir para garantir a melhoria das condições de vida dos munícipes.
De acordo com o autarca guineense, o financiamento irá reforçar as capacidades dos serviços de saneamento municipal, na prestação eficaz da limpeza pública, da gestão e do tratamento dos resíduos sólidos.
-0- PANA CS/IZ 27fev2012
Trata-se de um projeto conjunto que visa colmatar as deficiências no abastecimento de água, saneamento e tratamento de resíduos sólidos nas capitais de Cabo Verde e da Guiné-Bissau.
No caso da Praia, contemplado com um financiamento de 760 mil euros, o projeto vai beneficiar 13 bairros (oito mil 516 habitantes), atualmente abastecidos de forma intermitente através de chafarizes públicos e levados a evacuar os excrementos a céu aberto.
Para ultrapassar esta situação, prevê-se que sete mil e 106 habitações sejam ligadas à rede pública de água e mil e 410 à rede pública de esgotos.
O projeto prevê ainda a realização de ações de formação de 800 agentes.
Cerca de 45,2 porcento dos quase 140 mil habitantes da cidade da Praia ainda recorrem aos chafarizes, dos quais 5,4 porcento em casas de vizinhos, quatro porcento por autotanque e os restantes 45,4 porcento pela rede pública de distribuição de água.
Em termos de saneamento, 41,5 porcento dos agregados familiares não possuem casas de banho e apenas 14,8 porcento estão ligados à rede pública de drenagem de águas residuais, sendo 35,1 porcento das habitações servidas por fossa séptica e 64,9 porcento dos agregados não dispõem de adequado sistema de evacuação dos fluentes domésticos.
O presidente da Câmara Municipal da Praia, Ulisses Correia e Silva, considera que o projeto tem grande pertinência, dado o nível de deficiências existentes na cobertura de abastecimento domiciliário de água, saneamento e gestão dos resíduos sólidos urbanos na capital cabo-verdiana
Falando na sequência da apresentação do projeto, a que assistiu também o seu homólogo de Bissau, Correia e Silva indicou que as atividades na cidade da Praia decorrem a "bom ritmo", tendo já sido iniciado o fornecimento de tubagens e acessórios para as mil e 512 ligações domiciliárias de água e 300 de esgotos.
Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Bissau, Armando António Napoco, que não apresentou os dados relativos à sua cidade, disse que a experiência da Praia pode inspirar a capital guineense no domínio da legislação ambiental e dos instrumentos de gestão camarária.
"O aspeto do saneamento não pode ser vencido apenas com os nossos meios. Tem de ser um trabalho de todos. E o projeto está a facilitar a tarefa de Bissau", disse Napoco.
O presidente da Câmara de Bissau explicou que este financiamento irá servir para garantir a melhoria das condições de vida dos munícipes.
De acordo com o autarca guineense, o financiamento irá reforçar as capacidades dos serviços de saneamento municipal, na prestação eficaz da limpeza pública, da gestão e do tratamento dos resíduos sólidos.
-0- PANA CS/IZ 27fev2012